Especial
Aviões da Votec na história da aviação barra-cordense
jornal Turma da Barra

 


Avião da Votec

A cidade de Barrra do Corda, 
depois dos aviões Avros, da Varig, 
passou a receber voos regulares da Votec, entre 1976 a 1986. 
O barra-cordense Lucídio Brandes lembra que a rota da Votec era São Luís - Barra do Corda – Balsas - Carolina, três vezes por semana, as escalas na Barra aconteciam pela manhã e a tarde, 
quando do retorno a São Luís. 
Também traz detalhes do acidente fatídico em Imperatriz
 entre duas aeronaves da Votec

Votec passava na Barra
três vezes por semana

Por Lucídio Brandes

            Colaborando com o relato do meu primo, Costa Neto, sobre os voos dos Avros, que chegavam do sul do país até Barra do Corda na década de 70, convém informar aos leitores que não se encerrou por aí o período glorioso da aviação regional nas décadas de 60, 70 e 80, mesmo com aviões de menor porte, ainda fomos servidos pela Votec – (Vôos Técnicos e Executivos).
            Os serviços da Votec começaram 1976 com o estabelecimento pelo governo federal do Sistema Integrado de Transporte Aéreo Regional (SITAR), com uma frota de oito aviões Embraer 110 Bandeirante, três Fokker 27-200 e dois Islander.
            A sua área de atuação compreendia os estados de Goiás, Distrito Federal, Pará, Maranhão, Minas Gerais além de serviços de conexão para o Rio de Janeiro e de São Paulo.
            Em 17 de fevereiro de 1976, a identidade de Votec Táxi Aéreo foi mudada para Votec Serviços Aéreos Regionais S A, uma empresa aérea regional autorizada a operar serviços regulares.
            A Votec cresceu rapidamente e em 1978 serviu dezenas de cidades e operava voos fretados para empresas estatais como Petrobras (com helicópteros, na Bacia de Campos no Rio de Janeiro) e aos Correios.

           
Barra do Corda

            Em Barra do Corda, o despachante foi meu pai, senhor Carlile Brandes, o trecho operado pelo avião Britten-Norman Islander, era São Luís - Barra do Corda – Balsas - Carolina, três vezes por semana, as escalas na Barra aconteciam pela manhã e a tarde quando do retorno a São Luís.
            A aeronave tinha capacidade para dois tripulantes mais nove passageiros. Observação: A Votec, nos Islander, por não ser obrigatório (bimotor a pistão), não existia a figura do co-piloto, assim era comum na falta de vaga, voarmos nesse assento.
            Só para se ter uma idéia do quanto era importante a aviação regional, já naquela época, 35 anos atrás, se emitia bilhete internacional a partir de Barra do Corda. O padre Bruno voou para Roma, ida e volta: Barra do Corda/São Luís/São Paulo/Roma (Itália), obviamente o trecho a partir de São Luís era feito em parceria com a Varig.
            Em um segundo momento, passou a ser o despachante o Célio Pacheco, agora a Votec já operava com o Embraer (EMB 110 – Bandeirante): Avião turbo-hélice com capacidade para 21 passageiros.

            Acidente em Imperatriz

            Em 1983 começaram os problemas de administração, o que levou à redução da frota, culminando ainda com o fatídico acidente do dia 18 de abril de 1984, quando o avião EMB-110 Bandeirante PT-GJZ, procedente de São Luís colidiu com outro Embraer EMB-110 Bandeirante, PT-GKL que decolara cedo de Belém, ambos da Votec, durante aproximação para pouso na cidade de Imperatriz.
            O avião Bandeirantes PT-GJZ caiu e matou os dezoito ocupantes. O PT-GKL ainda conseguiu pousar forçado no rio Tocantins e apenas um passageiro morreu dentre os 18 ocupantes.
            Em janeiro de 1986 foi o fim dos serviços regulares da Votec. Em junho de 1986, a TAM – (Transportes Aéreos Regionais) adquiriu a Votec, que foi então renomeada Brasil Central Linhas Aéreas.

*Lucídio Brandes, barra-cordense, mora em São Luís (MA)

 


Avião
 


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(TB31mar2013)