História
José Beliza
Bisneto de Melo Uchoa lembrado em foto
jornal Turma da Barra



José Maria de Miranda Uchôa, o Lapa ou José Belisa
Ao fundo, à esquerda, o historiador Sidney Milhomem

Aniversário de Barra do Corda
jornal Turma da Barra

O poema abaixo Último Fundador 
é uma homenagem do Mário Helder
 a José Maria de Miranda Uchôa, o Lapa ou José Belisa, 
que era bisneto do fundador de Barra do Corda, Melo Uchôa

*Mário Helder Ferreira

            Ao completar 177 anos de sua fundação neste 3 de maio, quero homenagear Barra do Corda na figura marcante de um homem simples, inteligente, autoditada, o José Maria de Miranda Uchôa, o Lapa ou o José Belisa, a quem chamei num poema em 1970, três anos, portanto, antes do seu falecimento de 'O Último Fundador'.
            Quando escrevi em Brasília esse poema, o José Belisa estava numa luta incansável para conseguir uma pequena aposentadoria, para seu sustento, através do município, foi quando mostrei para ele o que tinha escrito, na mesma hora pediu-me para tirar cópias, que lhes foram entregues prontamente e na oportunidade ele e o Justino Soares encarregaram-se de afixar essas cópias nas portas do Cartório, da Câmara Municipal e da Prefeitura, fato que veio corroborar sobremaneira com a decisão dos vereadores em aprovar projeto de lei criando esse benefício, que foi prontamente sancionado pelo então prefeito Galeno Brandes.
            José Maria de Miranda Uchôa, faleceu em 1973 todo envolto a um lençol que tinha o desenho do mapa das ruas bem tracejadas do centro da cidade. Foi sepultado no Cemitério Campos da Paz ao lado do seu irmão, conhecido como “Manoelzinho das Varas”.


O Último Fundador

*Mário Helder


Rua Pedro Braga
Bem pertinho da praga
Numa cabana pobre
Mora um homem nobre.
Vive enfermo
Mas sempre soberbo
Dono de versos
Versos sem fim
Alguns desses versos
Quero pra mim
Matar a saudade
Daquela cidade
Cidade que mora
Um povo que agora
Tem uma tônica
A Transamazônica
Que veio trazer
Promessas de outrora.
O sonho que tive
Falou de quem vive
Vive sem dono
Quase sem pano
Mas terra tão boa
Torrão de UCHÔA
Não deixem que morra
Que mora de fome
O último homem
Que quase sem nome
Vive à toa.

*Mário Helder Ferreira é poeta e escritor barra-cordense, mora em São Luís (MA)

 

 

 

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(TB06mai2012)