Entrevista: Cezar Braga
Instituições precisam sacudir pó da inércia
jornal Turma da Barra

 


Cezar Braga
Barra-cordense que nasceu na cearense Quixadá

 

            Nesta sexta 24, o engenheiro e cronista Cezar Braga será um dos empossados na Academia Barra-Cordense de Letras, o qual ocupará a cadeira nº 27, na vaga da professora Zenóbia Queiroz, na qual o patrono é Antonio da Rocha Lima, um comerciante-mecenas barra-cordense, que ajudou a fundar o jornal O Norte, o mais importante dentre todos os jornais barra-cordenses até hoje, o qual durou 50 anos.
            Para Cezar Braga, que também é presidente da Arcádia Barra-Cordense, as instituições culturais barra-cordenses, como ABL, Arcádia Barra-Cordense e Instituto Histórico e Geográfico de Barra do Corda “precisam sacudir o pó da inércia e fazer valer os conhecimentos de seus membros, cobrar deles mais dedicação.”
            Cezar Nobre Braga tem 61 anos, nasceu na cearense cidade de Quixadá, tem como pais Hilda Nobre e José Laurindo Braga, chegou em Barra do Corda há 37 anos, no ano de 1973. É pai de quatro filhos em dois casamentos. Atualmente é casado com a barra-cordense Venúzia Ferreira e com ela tem dois filhos. 
            Entre suas obras como engenheiro, estão os prédios do banco do Brasil de Barra do Corda e Grajaú. Em São Luís, além de conjuntos habitacionais como Parque Amazonas e Renascença, assina obras como a ponte sobre o rio Anil. Foi também professor de Ciência da Computação. É formado pela Universidade Federal do Ceará.
           
Cezar também é um apaixonado pela cozinha. Quem já experimentou suas guloseimas, sabe que ele tem uma mão santa. Na cozinha domina-a como ninguém e inventa novas e suculentas comidas. Virou mestre. Sobre esse hobbie ele confessa que tem "prazer de um orgasmo". 
            Outra das suas predileções são as crônicas. No jornal Turma da Barra vem escrevendo com extrema regularidade há oito anos. Já são quase 400 crônicas.
            Sobre sua relação com o mundo das letras, costuma dizer que foi um renascimento. Atribui ao poeta Urias Matos, também ao estudante de Medicina, Humberto Madeira e ao jornalista Heider Moraes o incentivo incondicional para escrever uma coluna no jornal Turma da Barra.
            Ainda no mundo das letras, ajudou a fundar a Arcádia Barra-Cordense e o Instituto Histórico e Geográfico de Barra do Corda, agora, eleito para o assento de nº 27 da Casa do poeta Maranhão Sobrinho.
           
Acrescenta Braga: “De 2003 até os dias de hoje, tenho escrito minhas emoções, meus desassossegos, meus encontros e desencontros, em forma de crônicas. Todas, ou quase todas, pois tenho algumas escondidas, outras publicadas pelo TB.
            Quanto à relação com a cidade barra-cordense, Cezar Braga costuma dizer: “Em 1973, aportei em Barra do Corda, me encantei e renasci.” Abaixo a entrevista:

ENTREVISTA

Turma - Qual o significado da sua chegada como membro da ABL? 

Cezar - Minha posse na Academia se reveste de um misto de orgulho, agradecimento e dedicação. De agradecimento, por fazer parte de uma entidade que visa resgatar a memória e incentivar o surgimento de novos valores; De agradecimento, pelo reconhecimento de um trabalho prazeroso, já que é fácil o conhecimento, difícil é o reconhecimento; De dedicação, que será, junto com o trabalho, minha labuta diária para ajudar a nortear as ações da ABL. 

Turma - O que se pode dizer da ABL e das outras instituições histórico-culturais no atual contexto cultural barra-cordense? 

Cezar – As instituições históricos-culturais da Barra do Corda, a própria ABL, a ARCÁDIA e o IHGBC, precisam sacudir o pó da inércia e fazer valer os conhecimentos de seus membros, cobrar deles mais dedicação e lutar por apoio institucional para desenvolver seus projetos e garantir a consecução dos seus objetivos. 

Turma - De imediato, qual a ideia que o novo membro vai defender na ABL? 

Cezar – Procurar apoio dos governos para ações necessárias da ABL e das outras instituições; fomentar o surgimento de palestras, encontros sócios-literários; Elaborar um calendário permanente de eventos que mexam com a sociedade civil, comprometendo-a com os nossos objetivos.

Turma - Qual a importância para a cultura barra-cordense de Rocha Lima e da professora Zenóbia Queiroz, um é fundador, outro ocupou a cadeira da ABL que ora estás assumindo? 

Cezar – Rocha Lima, comerciante, pode ser considerado o primeiro mecenas da cultura barra-cordense, e um mecenas que não visava ribalta, ajudava por amor à arte e a cultura; Zenóbia Silva Queiroz, uma educadora. A profissão docente sempre foi e será importante para a sociedade. Nenhuma grande personalidade atingiu o posto que hoje ocupa sem que tenha passado pelas mãos de uma professora “primária” ou de ensino fundamental. 

Leia também entrevista com o Álvaro Braga: Clique aqui

(TB23jun2011)