Artigo
A torre de Babel chamada oposição
jornal Turma da Barra

"Essa situação criada pela oposição (antagonismo político puro), 
causa-nos desconforto quanto ao futuro de nossa cidade e do nosso povo. Ávidos por mudanças não podemos ficar a olhar para o picadeiro onde os verdadeiros palhaços estão mesmo é na plateia. 
Sentiu-se ofendido? Mas é assim que me sinto. 
Está nas mãos deles (grupo de Oposição) o nosso futuro e o de nossos filhos e netos. 
Futuro esse que está sendo tratado como uma reles mercadoria, 
um prêmio que se quer conquistar?” 
 

*Sergio Barbosa

            Estamos assistindo com mais intensidade, nas eleições deste ano, uma verdadeira aula de amadorismo político e velada ambição visando o interesse próprio, em detrimento do coletivo, por parte do grupo de oposição. Cada um escondendo do outro sua “agenda secreta”.
            Cada pré-candidato tenta convencer seus pares de que é a melhor opção para enfrentar o indicado pelo atual administrador municipal que, a princípio será o vereador, do “alô”, Carlito Santos. A principio por conta da insatisfação e o mal estar provocado dentro do grupo situacionista, por conta dessa indicação, de Pedro Teles, a qual ainda poderá ser modificada visto a possível entrada, na disputa, do vereador Marquinhos devidamente apadrinhado pelo deputado Rigo Teles. Lembremos que citado Deputado conseguiu, pelas vias do “molha-mão”, reverter sua (Marquinhos) situação de inelegibilidade e assim tirá-lo da relação dos fichas sujas.
            De repente teremos mais de um candidato pela situação, onde a polarização familiar deverá nos apresentar verdadeiras cenas de canibalismo por interesses próprios, mais uma vez em detrimento do bem estar coletivo do povo cordino.
            Voltando para o grupo de Oposição, pode-se verificar que os pré-candidatos estão achando fácil ganhar a eleição por alguns motivos, como por exemplo: a) Don Carecone não poderá concorrer; b) Nilda, que era uma arma para afundar a oposição, também não pode ser candidata por impedimento legal; c) A falta de um nome de peso que convença o eleitorado a ponto de torná-lo favas contadas na eleição; d) A aparente fragilização da credibilidade do Prefeito frente aos recentes escândalos policiais em que se envolveu e os processos contra ele pendentes de julgamento, dentre outros motivos que podem ser suscitados.
            Ledo engano dos virtuais pré-candidatos oposicionistas. O velho Nenzin e os filhos Pedro e Rigo Teles têm um cabo eleitoral muito forte representado pelas cifras monetárias de que dispõem. Cifras essas, diga-se de passagem, alimentadas, ao longo dos anos, pela sangria dos cofres públicos (relembrem a operação Astiages da Polícia Federal); a “religiosidade” do famoso 1/3 nas licitações de obras públicas conveniadas; a fábrica de notas frias para obterem vantagens, e por aí vai. Friso que isso não sou eu que estou dizendo. Repito, lembrem da Operação Astiages, das fiscalizações do TCE, TCU e CGU. Dinheiro esse também que vem comprando, contumazmente, a impunidade por conta dos julgamentos de ‘habeas corpus’, pois não é brincadeira não o que devem estar gastando com seus advogados. Quanto custaria um Ministro então?
            Mais uma vez, voltemos para a torre de Babel em que se transformou o grupo de Oposição. Os caras estão no mesmo barco só que não se apercebem, ou não querem fazer ver, que estão remando cada um para o lado que quer, a bel-prazer de seus interesses. Estão no meio do oceano rodando o barco sem saírem do lugar. Vão terminar afundando e morrendo abraçados. Ouçam o que estou dizendo!
            Sei que jogar todos os pré-candidatos da oposição na vala comum pode cheirar a injustiça. Sei também que lá temos nomes que transparecem coerência no seu discurso. Nomes que dariam pra contar nos dedos da mão esquerda do ex-presidente Lula. Mas é bom que se diga que eles estão sendo julgados como um grupo. Ou seja, uma laranja podre pode comprometer todo o saco.
            Essa situação criada pela oposição (antagonismo político puro), causa-nos desconforto quanto ao futuro de nossa cidade e do nosso povo. Ávidos por mudanças não podemos ficar a olhar para o picadeiro onde os verdadeiros palhaços estão mesmo é na plateia. Sentiu-se ofendido? Mas é assim que me sinto. Está nas mãos deles o nosso futuro e o de nossos filhos e netos. Futuro esse que está sendo tratado como uma reles mercadoria, um prêmio que se quer conquistar? Eu fico indignado!
            Portanto, senhores pré-candidatos da oposição, se definam logo quanto ao rumo que vocês querem dar ao futuro de Barra do Corda. Escolham em ser coerentes, inteligentes e comprometidos com o povo. Ou então, continuem disputando egos e interesses próprios enquanto a carruagem passa. E assim, cavarem o abismo sob seus pés (Cartola)!

*Sérgio Barbosa é funcionário público federal, mora em Barra do Corda (MA)

(TB16jun2012/nº2)

 

 

Artigo
Cidadania: Um direito meu, seu e de todo mundo
jornal Turma da Barra

Sérgio Barbosa torna-se a partir da publicação deste artigo articulista do TB.
Ele se tornou conhecido nos grupos de Barra do Corda no facebook por sua luta em defesa sobretudo da cidadania.
Assim, na estreia no TB, ele escreve sobre cidadania, onde diz que “temos que ter a consciência de que nossa cidadania não se encerra quando depositamos o voto na urna, como se estivéssemos nos livrando de uma obrigação incômoda. Na verdade, a partir daí é que devemos nos preocupar com os desdobramentos seguintes. A consequência do nosso voto.” 
 

*Sérgio Barbosa

            Exercer a cidadania, no Brasil, no Maranhão e especificamente em Barra do Corda, pode parecer algo inatingível e perigoso, uma vez que agindo assim poderemos estar indo de encontro a interesses que se incomodam e se acham contrariados.
            Isso ocorre porque o Poder Público não está acostumado a ser confrontado quando o cidadão resolve reivindicar seus direitos e com isso nos deparamos com uma série de entraves, a começar pela ignorância total de agentes públicos, por exemplo, que geralmente não têm a mínima e vaga idéia dos direitos do cidadão estampados na Constituição Federal e demais ordenamentos. Afinal, fazer valerem direitos e respeito a costumes socialmente determinados, a leis que equilibram a convivência social, sempre vão esbarrar em interesses de casta, classe e, principalmente, em interesses pessoais.
            Mesmo a despeito disso, temos que ter a consciência de que nossa cidadania não se encerra quando depositamos o voto na urna, como se estivéssemos nos livrando de uma obrigação incômoda. Na verdade, a partir daí é que devemos nos preocupar com os desdobramentos seguintes. A consequência do nosso voto.
            Pois bem. Fazendo a minha parte e, amparado pela Lei Federal nº 12.527 de 18/11/2011, que trata do acesso a informação pública, dei entrada, em 13 de março deste ano em uma correspondência junto ao Ministério Público Estadual – Promotoria de Justiça da Comarca de Barra do Corda, onde eu solicito informações acerca de demandas que dizem respeito a interesses da coletividade cordina e que foram discutidas, no ano de 2011, num grupo que faço parte da rede social do Facebook.
            As demandas permeavam os seguintes assuntos:
            1) Nome de pessoas vivas dado a bens e logradouros públicos;
            2) Desdobramentos quanto a Portaria nº 003/2011-PJBDC, do Ministério Público, quanto as ações a serem desenvolvidas para combater a poluição causada pela fábrica de asfalto instalada na Trisidela;
            3) Revisão do Plano Diretor Participativo do nosso município;
            4) TAC – Termo de Ajustamento de Conduta quanto a realização de um novo concurso público, uma vez que o último foi anulado por vícios em sua aplicação;
            5) Problemas quanto ao abastecimento d’água em nossa cidade, com ações em tramitação contra a CAEMA;
            6) Cumprimento, por parte do Prefeito, de decisão judicial quanto ao combate ao NEPOTISMO;
            7) Desdobramentos jurídicos quanto a desaprovação, das contas da Prefeitura alusivas aos exercícios de 2006 e 2008, pelo Tribunal de Contas do Estado;
            8) Precarização do atendimento na área da saúde;
            9) Cumprimento, por parte da Administração Municipal; das seguintes Leis Federal: Lei nº 12.527 de 18/11/2011 – Acesso a Informação Pública – Direito de todo Brasileiro e Lei nº 12.305/10 – Politica Nacional de Residuos Sólidos; e, 10) Informações acerca da morosidade na operacionalização do Programa Minha Casa Minha Vida em nosso município;
            10) Informações acerca da morosidade na operacionalização do Programa Minha Casa Minha Vida em nosso município.
            Em 20 de abril recebi resposta apenas da 2ª Promotoria, na pessoal do competente e inexorável promotor Jorge Ribeiro, quanto aos assuntos tratados nos itens 2, 4 e 5 acima. Em sua missiva, o Promotor nos informa o andamento das questões e os procedimentos que ainda estão sendo implementados para uma resposta mais satisfatória para a sociedade. Ademais, a citada correspondência foi divulgada aqui neste periódico virtual.
            Quanto às demais questões, ainda estamos aguardando o pronunciamento do titular da 1ª Promotoria.
            Destarte, ficaremos vigilantes e acompanharemos o desenrolar das demandas, tudo com o fulcro precípuo no exercício da cidadania plena que, repito, é direito meu, seu e de todos.
            Creio que, agindo assim, estarei dando minha contribuição para que nosso povo viva numa Barra do Corda mais justa e igualitária, que proporcione qualidade de vida a seus cidadãos.
            Cidadania, não devemos esquecer, é um direito meu, seu e de todo
mundo.

*Sérgio Barbosa
 é funcionário público federal, mora em Barra do Corda (MA)

(TB28abr2012)