Artigo
Emancipações já
clama o povo do interior

Jornal Turma da Barra

"Nós não temos uma universidade federal ou estadual, bem como não temos outros bens de grande relevância por falta de importância política, pois em Barra do Corda, com seus 80 mil habitantes, é um considerável curral eleitoral que possui apenas dois lados, que ambos em sua maioria votam no governo, e por tanto, não merece nenhuma melhoria" diz Paulim Bandeira

*Paulim Bandeira


            Ao ler os e-mails de Eduardo Galvão e do amigo Celio Pacheco confesso que fiquei muito triste com a opinião formada por eles, tanto, que resolvi contra argumentar e mesmo respeitando sua opinião venho tentar convencê-los do contrário, bem como a todos os leitores que compartilham do mesmo ponto de vista, a fim de iniciar um fórum ou debate dentro deste espaço tão lido pelos barra-cordenses, o que acredito que contribuirá para população entender mais sobre este assunto ainda tão confuso para o povo em geral.
            Inicialmente quero declarar que não tenho nada contra nenhum dos dois, mas, espero de certa forma contribuir e mudar a visão dos amigos quanto aos processos de emancipações já existentes. Daí, imaginem o seguinte cenário:
            1° - Hoje Barra do Corda possui aproximados 83 mil habitantes e destes estima-se que apenas 35% tem residência fixa na zona rural, o que reflete o quadro de desenvolvimento habitacional de nosso município;
            2º - A Barra do Corda durante a década de 70 foi a segunda maior produtora de ARROZ do estado, mas devido o péssimo estado das estradas vicinais que ligam nosso interior ao grande centro populacional deixou de produzir e hoje é um dos maiores importadores de arroz do Tocantins e do mato Grosso;
            3° - É bem verdade que haverá um maior beneficio a classe polítíca, mais em contrapartida, o povo permanecerá em seu interior prosperando mesmo que em meio à corrupção local, que ainda assim será muito menor que a imperante em Barra do Corda, pois só aqui foram mais de 50 milhões nas mãos de uma única família que por sinal está apelidada pela imprensa nacional de família metralha;
            4º - Quando emancipada, a nova localidade terá os meios para se desenvolver, e o custo será o mesmo, pois a exemplo, se eu consumo hoje em Barra do Corda cerca de um mil reais por mês, não é por que emancipou que eu irei consumir o dobro ou o triplo, mas, atente que a arrecadação será a mesma e quem realmente sentirá com estes novos municípios são os governos federais e estaduais, que também passaram a arrecadar mais, pois todos os comércios informais terão com o tempo de se enquadrar para manter suas atividades;
            5° - Na parte educacional, os alunos do povoado Clemente que se obrigam a fretar uma camionete D-20 para poder ter aulas do ensino médio no povoado Cajazeiras BR, por que o município não dispõe de um transporte digno e descente, o pior, é que aquela camionete (pau-de-arara) percorre três quilômetros em plena rodovia BR 226, expondo a saúde e principalmente a vida daqueles estudantes, que poderiam ser os nossos filhos ou netos.
            6° - Os cidadãos que vem de Santa Vitória, povoado a 97 km de Barra do Corda, e tem de andar mais de 10 km a pé para chegar no estreito e pegar um pau-de-arara para vir tentar a sorte no sistema de saúde de nossa tão amada Barra do Corda, e não sei se vocês já sabem mais em menos de 2 meses morreram em nossa cidade mais de três mulheres quando foram dar a luz, e nem chego a contar a quantidade de crianças perdidas em meio a este trânsito ineficiente desta gestão desumana e cruel, além de corrupta;
            7° - Quanto à população, quero lembrar a todos que nossa Barra do Corda teve o maior projeto de reforma agrária da América Latina, e hoje uma única família tem a posse de praticamente toda uma gleba com mais de 150 lotes rurais; 
            8º - Por pior que tenha sido as últimas emancipações, hoje o cenário é totalmente diferente daquele que se encontrava, pois em Fernando Falcão, nada havia, e hoje ao menos o povo de lá se mantém na lida diária sem migrar para outros centros, o que mais ocorre nos povoados de Barra do Corda, e compare, o Barro Branco de 20 anos atrás com o Jenipapo dos Resplandes, e hoje faça a mesma comparação e veja que teve mais desenvolvimento apesar da corrupção. Compare o povoado Jenipapo dos Vieiras com o povoado Ipiranga de 20 anos atrás e depois faça o mesmo com a cidade de hoje e o povoado que permaneceu;
            Para o inicio do debate, acredito que isto basta, mas, agora quero fazer minhas alegações sobre os motivos que me levam a ter esperança:
            1° - Pela importância geopolítica, pois, enquanto nossa amada Barra do Corda tem mais de 9.000 km², os maiores centros como São Luís tem apenas 942 km², Imperatriz tem pouco mais de 1200 km², daí a selva de pedras;
            2º - O estado de São Paulo é do tamanho de nossa região central (Grajaú, Barra do Corda, Presidente Dutra e outros municípios circunvizinhos) e tem  mais de 400 cidades e lá é muito mais desenvolvida;
            3º - Haverá uma maior divisão política e econômica, bem como será realizada uma melhor e maior distribuição de rendas entre a população;
            4º - Nós não temos uma universidade federal ou estadual, bem como não temos outros bens de grande relevância por falta de importância política, pois em Barra do Corda, com seus 80 mil habitantes, é um considerável curral eleitoral que possui apenas dois lados, que ambos em sua maioria votam no governo, e por tanto, não merece nenhuma melhoria a mais, diferente de Presidente Dutra que possui uma região que incorpora mais de 20 cidades circunvizinhas e cada uma delas tem sua liderança política para ser agraciada e agradada, trazendo para ela muito mais desenvolvimento e progresso do que para nossa Barra do Corda;
            5º - A 60 ou 80 anos quando foram emancipadas as cidade de Esperantinópolis, Presidente Dutra, Tuntum, e no caso mais recente, anterior as emancipações de 96, como a cidade de Açailândia emancipada em 1982, nenhuma tinha asfalto ou condições de sediar uma cidade e se fossemos pensar na corrupção que sempre existiu e que temos que sempre combate-la, nunca existiriam como cidade, talvez fossem hoje um grande povoado de Grajaú, ou mesmo, um imenso povoado de Pastos Bons, nosso município avô.
            6º - Por ultimo a euforia das emancipações se dá pelo desejo de libertação que toma os corações desse povo tão injustiçado, abandonado e ignorado, pela a esperança de se ver uma gestão mais digna e mais próxima, de ter um prefeito que trabalhe pela comunidade, e não só os explore, como é feito na cobrança de serviços como a Taxa de Iluminação Pública que nem sequer existe nos interiores, que zele o mínimo pela população daquela localidade, pois o que as últimas gestões estão fazendo é ignorar totalmente a existência destes cidadãos e suas necessidades.
            Estes são os motivos básicos que me dão incentivo para manter hasteada a bandeira do desenvolvimento, a bandeira do progresso, a bandeira da humildade, a bandeira da luta por dias melhores, e por fim, nossa bandeira de defesa contra gente arrogante e prepotente como os tiranos que por mero ciúme retiram uma homenagem feita a um grande ícone da história de nossa cidade o professor Galeno Brandes.
            Por isso o povo do interior clama por emancipações já, pois, se a administração publica atendesse seus anseios, logo não haveria tantos processos para desmembramento, o que vem transparecer a tamanha indignação de nossa população para com tanta corrupção.

*Paulim Bandeira é Contabilista e Comunista, mora em Barra do Corda (MA)

(TB16jun2011)

 

 

Artigo
Barra do Corda e seu presente de 176 anos
Jornal Turma da Barra

*Paulim Bandeira


            Barra do Corda completa 176 anos e como presente de aniversário novamente está nas páginas da revista ISTOÉ, não pela sua importância geopolítica, ou pelas suas belezas naturais, ou por seus recursos culturais, mais sim pela mancha da corrupção tingida pelo uso da máquina pública para apropriação de bens públicos e enriquecimento ilícito do Prefeito e família.
            A nova matéria relata que a maior parte do dinheiro desviado era do FUNDEB, o dinheiro da educação, dos professores, que faz e fará falta na formação de uma sociedade mais justa e melhor, que deixa nossas crianças mais próximas das drogas e da ruína, e aqui faço uma meditação:
            O preço de meu silêncio/medo pode custar a destruição do futuro de meus filhos (netos).
            Por isso, não tenham medo, não baixem a cabeça, não vamos deixar de acreditar, não vamos deixar de lutar.
            É hora de esperança e de conquistas, devemos lutar pelo direito à educação superior, e além da UFMA, buscar essa Universidade de Medicina já anunciada.
            Temos de lutar pelas novas emancipações que fortalecerá a região central e consequentemente dividirá o poder financeiro e político local desenvolvendo melhor nossa região e dando à nossa Barra do Corda um maior pólo de atuação.
            Temos de lutar por melhores acessos aos nossos interiores, por melhor atendimento nos hospitais públicos, enfim, por dias melhores e por situações melhores, mas, de forma coletiva e geral.
            Juntos somos fortes, e juntos podemos e devemos denunciar sempre estas ações, assim como democraticamente devemos participar e realizar manifestações contra a corrupção, assedio moral e a exploração dos servidores e trabalhadores de nossa cidade. Afinal, nossa população já possui tantos problemas e ainda tem de se preocupar com as perseguições desta gestão covarde e perversa da família política dominante que traz à frente nosso Prefeito Manoel Mariano de Sousa, o NENZIM, que tem em seu currículo qualificações de CORRUPTO e EX-FORAGIDO.
            Que este ano, em pleno aniversario da cidade irá REINAUGURAR a iluminação da Avenida Rio Amazonas, e a Concha Acústica do Espaço Cultural, ambas inauguradas no final de 2010, e que por falta do que mostrar fará um breve REPLAY para sociedade.
            Diz ainda que dará um presente aos professores nesta próxima semana, e estaremos aguardando seu anuncio na solenidade de inauguração da câmara municipal como por ele prometido. E sem querer cortar o barato, já sabemos que seu presente aos professores se trata de um salário base de aproximadamente R$ 1.187,00 (um mil cento e oitenta e sete reais).
            O problema é que o Prefeito menospreza a classe educadora bem como o faz com seus lacaios, e agora vem achar que a população ou é muito burra, ou que todos são ingênuos mesmo.
            Por tanto, queremos apenas que se CUMPRA A LEI SR. PREFEITO, não é mais que sua obrigação e todos já sabemos que o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve na quarta-feira (06/04/2011), por 8 votos a 1, a lei que criou o piso nacional de salário do professor, fixado em R$ 1.187,97 para este ano. A decisão considerou como piso a remuneração básica, sem acréscimos pagos de forma diversa pelos estados e municípios. Promulgada em 17 de julho de 2008, a norma estabelece que nenhum professor da rede pública pode receber menos que o piso nacional para uma carga horária de até 40 horas semanais. O que beneficia diretamente nossos professores no valor do salário.
            Temos de atentar que a medida leva em conta uma carga horária de até e não exatamente 40 horas semanais, haja visto o direito adquirido de apenas 20 horas semanais aprovado no plano de cargos e carreira de 2003, deve prevalecer.
            Temos de atentar para que nossos representantes do legislativo, tento à sua frente a nora do Prefeito NENZIM, Sra. NILDA BARBALHO, não revogue tal lei aprovando um aumento na carga horária, voltando a humilhar os professores da rede municipal.
            Como se pode notar, a LEI está em vigor desde 2008, e vem sendo contemplada de forma indevida por estados e municípios, já que no repasse ao INSS nunca foi realizado de forma integral, o que acarretará ao trabalhador um prejuízo no decorrer destes anos de gestão.
            É importante ressaltar que gostaríamos de ouvir do Prefeito Municipal propostas de progresso e desenvolvimento e que fossem dadas aos profissionais da educação, bem como a todos os demais servidores como presente nesta data, suas  respectivas lotações, para que não vivam emconstante estado de insegurança, ameaçados pelas inúmeras transferências e perseguições sofridas pela sua administração e até mesmo por gestões anteriores.
            Por tanto, Sr. NENZIM CARRETEL (já que está mesmo todo enrolado com a justiça) esperamos que faça sua parte e que dedique os créditos a quem realmente os faz por merecer, no caso e neste caso, aos professores que adquiriram mais este direito diante da mais nobre Corte do Judiciário, e sem debochar da população, ou tentando entrar via Justiça do Trabalho para furtar ou expropriar mais este direito da sociedade em geral.
            Pedimos também que se preocupe em responder pelos seus processos sem queimar o dinheiro público, pois toda viagem dessas, é paga diária e ajuda de custo pela Prefeitura tão sugada e sucateada por sua administração, afinal, o povo não tem culpa pelo nível de corrupção que se estabeleceu em sua gestão.

*Paulim Bandeira, Contabilista, filiado ao Partido Comunista Brasileiro – PCB, mora em Barra do Corda (MA)

(TB/2/mai/2011)

 

 

Artigo
A máfia e Barra do Corda
Jornal Turma da Barra

*Paulim Bandeira


            A palavra “Máfia” apareceu oficialmente pela primeira vez em 1865 num relatório do Prefeito de Palermo, Filippo Antonio Gualterio, e foi tirada do adjetivo siciliano “mafiusu” que tem suas raízes no árabe “mahyas”, que significa “Alarde Agressivo, Jactância”, ou “marfud” que significa “rejeitado”. Traduzido livremente, significa “bravo”. Referindo-se a um homem marfiusu, no século XIX significava alguém ambíguo, arrogante, mas destemido, empreendedor, orgulhoso, de acordo com o acadêmico Diego Gameta.
            Leopoldo Franchetti, um deputado italiano que viajou a Sicília e que escreveu um dos primeiros relatórios oficiais sobre a máfia em 1876, descreveu a designação do termo “máfia”. “O termo máfia encontrou uma classe de criminosos violentos pronta e esperando um nome para defini-la, e, dado ao caráter e importância especial na sociedade siciliana, eles tinham direito a um nome diferente do utilizado para definir criminosos comuns em outros países.”
            Nos Estados Unidos da América, no inicio do século XX, viveu Alphonsus Gabriel Capone, um mito ítalo-americano que chefiou uma Máfia (Quadrilha Organizada) mais rica, eficaz e temida de seu tempo. Al como era chamado pelo seu circulo intimo, liderou um grupo criminoso de contrabando e venda de bebidas entre outras atividades ilegais, durante a Lei Seca que vigorou nos EUA nas décadas de 20 e 30. Sendo considerado por muitos como maior Gangster dos Estados Unidos.
            Em 1929, Al Capone, como era conhecido, foi nomeado o homem mais importante do ano, junto com personalidades da importância de Albert Einstein e do líder pacifista Mahatma Gandhi. Capone controlava informantes, pontos de apostas, casas de jogos, Bordeis, Bancas de Aposta em corridas de cavalos, clubes noturnos, Destilarias e Cervejarias. Chegou a faturar 100 milhões por ano durante a lei seca.
            Em 1931 foi condenado a 11 (onze) anos de prisão pela Justiça norte-americana por fuga dos impostos, sendo acusado pela Receita Federal, por um furo no Imposto de Rendas.
            Agora qual a relação entre toda esta história com a Barra?
            Bem, assim como Al Capone, o prefeito de Barra do Corda, o Sr. Manoel Mariano de Sousa, vulgo NENZIM, além de calvo, também é líder de um grupo criminoso, que também tem informantes (por isso livrou-se da cadeia), que também tem assassinos, (quem não lembra do caso do Sem terra Miguelzinho que tem no Sr. Pedro Teles um réu confesso do mandato de assassinato?) que também tem políticos (Sete Vereadores só em Barra do Corda e um Deputado Estadual no Maranhão), que também lava dinheiro, que também se apropria de bens públicos e que também é uma associação criminosa muito poderosa e temida.
            Mais ao pé da letra, pode-se dizer que o “vulgo NENZIM”, como gangster é um perfeito mafiusu (mafioso), e como se não bastasse as comparações anteriores, também foi pego pelo furo em seu imposto de rendas.
            Já a justiça brasileira, diferente da americana, que além, de cega é ineficaz e mantêm todos esses bandidos fora da cadeia e em pleno uso do mandato que deveria estar afastado, já que não se licencia, pois não tem moralidade suficiente de agir como cobra, se mostrando tão inescrupuloso quanto aos gângsteres do passado.
            E por fim, à prova do que citou inúmeras vezes este gangster, agora em contradição consigo mesmo, vai ver infelizmente, uma Barra do Corda mandada por um vagabundo por mais algum tempo, e reiterando, um vagabundo fujão que se esconde da justiça para tentar corrompê-la.
            Diferente dos gestores que no passado se destacaram por transformar a Barra do Corda na maior área de assentamento da América Latina, feito dos saudosos Galeno Edgar Brandes, Lourival Pacheco e Fernando Falcão, ele transforma a Zona Rural em um grande latifúndio pertencente a sua família, além de adquirir grande parte dos imóveis urbanos em nome de laranjas, para depois se apropriar. E ainda utiliza a máquina pública municipal para o enriquecimento ilícito seu, de seus familiares e de uma pequena parcela da sociedade que os idolatram e lhes são submissos, dispostos a serem laranjas.
            Líder que invés de realizar um concurso publico para dar novas oportunidades a quem realmente as mereça pelo nível de instrução, realiza um concurso de apadrinhados políticos que entra na historia de nossa cidade como um escândalo anunciado devido a suas fraudes e já anulado pelo Ministério Público local, que além de tudo, mostra-se mais como uma novela a começar, onde nas esquinas da cidade ficam a sorrir e desdenhar do Ministério Público local.
            Que brincam com a cara do povo desafiando a lei e mostrando o grau de impunidade que a justiça trata os mais poderosos, nominando e intitulando todos os logradouros públicos com seus próprios nomes, sem atender o Ministério Público quanto ao Termo de Ajustamento de Conduta para retificação necessária.
            Venho aqui parabenizar a ação da Políia Federal, mas, repudio a ação do judiciário, e expressando o que muitos sentem, mas, infelizmente não tem coragem de manifestar, venho solicitar que sejam tomadas as devidas providencias pela Câmara Municipal, pelo Ministério Público e que haja alguma manifestação da OAB em relação ao caso no sentido da apuração dos crimes denunciados pela Polícia Federal.

*Paulim Bandeira é empresário, contabilista, político social e membro do Partido Comunista Brasileiro

(TB/15/fev/2011)