TB Especial

90 anos de Nonato Silva
jornal Turma da Barra

 

 


Nonato Silva é homenageado pelo MEC
Ministro Fernando Haddad
ao cumprimentá-lo é observado pelos secretários
foto de Nonatinho

 

 

Nesta quarta-feira, 13 de agosto,
o professor Nonato Silva completa 90 anos de idade,
que está vivo, bem vivo, produzindo e trabalhando intelectualmente,
ora colaborando com os conterrâneos barra-cordenses,
com a confecção da Revista da Literatura Barra-Cordense,
ora com Brasília, que ele viu nascer, o primeiro jornalista a pisar em solo brasiliense.
O professor Nonato Silva tem uma biografia estupenda,
ninguém nascido em terras cordinas tem uma biografia melhor e maior do que a dele:
graduações, mestrados e doutorados em diversos cursos,
fala dez línguas, mas é ainda e sobretudo aquele barra-cordense simples,
muito simples, que vez por outra gosta de pescar,
vez por outra, gosta de caçar,
vez por outra sai dirigindo seu automóvel,
aos sábados, pelas ruas de Brasília, para beber um caldo de cana na feira do Guará.
Esta página especial festeja os 90 anos do professor Nonato Silva,
uma homenagem em forma de reflexão, porque com certeza daqui a outros 100 anos
há muito ainda do que dizer sobre este barra-cordense que
está a brilhar, ainda em vida, como muito poucos.
O TB tem a honra de cumprimentá-lo pelos 90 anos.
Mais ainda: de tê-lo como colaborador, incentivador e orientador.
É o nosso decano.
Com muita honra saudamos os seus 90 anos.
Nossa homenagem em forma de artigos, poemas e notas,
tentando dizer do significado desse homem para Barra do Corda,
o Maranhão, o Brasil e o mundo:
Parabéns, Nonato Silva!

 

 

MEU MESTRE


*Nonato Nunes da Silva


            Orgulhoso de ler tantos depoimentos de pessoas admiradoras de Meu Mestre, enaltecendo seus conhecimentos compartilhados e ensinados durante anos de magistério, gostaria de aproveitar este momento para agradecê-lo.
            Mesmo com a responsabilidade de ensinar seus mais altos conhecimentos, foi capaz de achar tempo e paciência para ensinar-me coisas simples como: fazer e empinar uma pipa, pescar, caçar, andar de bicicleta sem as rodinhas, dirigir e muitas outras coisas.
            A fé e a capacidade de Meu Mestre em compreender os desígnios de Deus ajudou-me muito a superar grave enfermidade anos atrás.
            Avô dedicado e moderno, Meu Mestre foi o maior incentivador de sua neta que, aos 17 anos havia passado no vestibular em outro Estado, e teria que encarar o desafio de morar sozinha.
            Meu Mestre, exemplo de vitalidade, capaz de, durante sua festa de 90 anos, achar tempo para conchavar com outro jovem senhor, meu sogro de 87 anos, uma pescaria para o final de semana seguinte, a 450 Km de Brasília.
            Parabéns, Meu Mestre, e muito obrigado Meu Pai.

*Nonato Nunes da Silva, o Nonatinho, é filho do professor Nonato Silva, mora em Brasília

(TB/17/ago/2008)

 

 

NONATO SILVA
SIMPLES E GRANDIOSO


*Heider Moraes

                Depois de longos anos de convivência, é possível dizer algo em torno da vida do professor Nonato Silva. Creio que as palavras fé, cultura e Barra do Corda são as palavras chaves, onde possivelmente se pode explicar o porquê desses 90 anos entrelaçados de simplicidade e grandiosidade.
                A dedicação diuturna à igreja Católica, o incomensurável apego ao conhecimento e esse jeito especial e permanente de gostar de Barra do Corda é talvez a força maior desse homem que chamo de professor, de mestre, doutor “phd” e, queiram me perdoar, meu querido amigo.
                Travar amizade com o professor Nonato Silva, no meu caso, é um exercício prazeroso de estar sempre convivendo com o conhecimento, com a informação quente, da hora, como se diz hoje: online. De um jeito especial, sabe perguntar explicando-nos e ainda encontra jeito para motivar-nos à procura de outras boas respostas, como se a informação fosse um jogo bonito, como é de fato. Mas às vezes é dura obtê-la.
                Falo com freqüência com o professor. Quando passamos uma semana mudos, ele abre a conversa pelo telefone brincando: “pensei que estivesse viajando, você me abandonou”. E dar um jeito de incluir a expressão lapidar: “um minutito, por favor”. Esse “minutito” me faz sempre sorrir.
                Um outro exemplo interessante é quando retorno de viagem. Os nossos telefonemas demoram um pouco mais. Se a viagem é de Barra do Corda, mais ainda. O professor afável vai aprofundando o bate-papo e perguntando sobre todos os assuntos: da política à vida comezinha, da situação cultural a dos rios Corda e Mearim, da população da cidade, dos bairros, do homem do sertão, do interior, aquela coisa um pouco de tudo. É um homem que procura estar bem informado sobre sua cidade natal.
                Assim, se algum jornal for fundado, estiver circulando na Barra, ele quer obter e ler imediatamente, custe o que custar. Quantas vezes, ao concluir uma edição do jornal Turma da Barra, ao receber pelos Correios, ligava-me imediatamente para um bate-papo mais profundo, como a descobrir fatos de bastidores que não tinham sido publicados.
                Nos últimos tempos, com freqüência, costumo imprimir artigos e matérias que são publicados no TB na internet. Às vezes, são mais de 50 páginas impressas. Deixo-os com o professor no início da noite. Não tarda, lá pelas 22h, o professor a me telefonar perguntando sobre todos os assuntos constantes das matérias e artigos. Ele tem leitura dinâmica e sua curiosidade sobre os assuntos que tratam de Barra do Corda é algo impressionante.
                Como é bom ver o entusiasmo, a sua vibração, quando ele constata um novo nome, quando de repente o TB revela talentos na arte de escrever. De cara ele diz: “Esse tem jeito pra coisa”. E explica: “Barra do Corda sempre foi uma terra de bons jornalistas, escritores, poetas”.
                Outro dia ele me disse que gosta muito, mas muito mesmo de jornalismo e educação. São as suas duas bandeiras em torno de muitos assuntos que lhe são interessantes. Numa linguagem mais atual eu diria que ele é doido por jornais e pela arte de educar, a velha e boa educação.
                Tenho que confessar com orgulho que ele adora conhecer pessoalmente os novos talentos barra-cordenses. No meu caso, quando proponho uma visita simples de alguém do TB, ele imediatamente recebe-nos em seu apartamento de uma maneira especial. Uns quitutes suculentos e aquele vinho de padre para amolecer as conversas.
                Falei de padre, é bonita ouvir sua história de frade franciscano. Ordenou-se, deixou a batina, casou-se duas vezes, teve dois filhos, mas nunca abandonou a igreja Católica. Nunca me confessou, mas tenho certeza que é uma das paixões.
                Também não é pra menos. Na igreja Católica ele estudou em Roma. Na igreja, teve uma riquíssima experiência enquanto frade no interior do Maranhão, dias e dias em lombos de animais em desobrigas pelo sertão maranhense. Aqui registro, palavras minhas, que é uma pena que a igreja não consiga aproveitar padres casados com profunda cultura como é em quase todos os casos.
                Fecho esse assunto de igreja dizendo que uma das melhores missas que assisti foi no apartamento do professor Nonato Silva em comemoração aos 50 anos do seu sacerdócio há uns três anos. Certamente é um ato não reconhecido pela igreja. Mas me lembrou àquelas missas das catacumbas, que eram proibidas pelo império romano, que nos tornam mais próximos de Deus.
                Mas o professor é acima de tudo um barra-cordense. Para se entender o que é na prática ser barra-cordense conforme Nonato Silva, uma certa feita ele me disse que “enquanto estiver vivo, tudo farei por Barra do Corda”.
                Plena verdade. O professor participou da fundação das duas agremiações culturais da Barra: da ABL (Academia Barra-Cordense de Letras) e da ABC (Arcádia Barra-Cordense).
                Doou livros e mais livros, enciclopédias, obras de literaturas, de ciências, alguns raros, ele já enviou as bibliotecas cordinas.
                Tem mais: com dificuldade extrema continua a publicar a LBC (Revista da Literatura Barra-Cordense), que já ultrapassou 30 edições somente com assuntos literários.
                Do meu lado, com o jornal TB, ele é um eterno incentivador, tornou-me tão próximo que às vezes em dificuldades da vida da redação procuro-o pra lhe perguntar sobre as nuances da língua portuguesa.
                Uma certa vez, o vi de longe dirigindo o seu velho automóvel, um fiat uno nas proximidades da feira do Guará, em Brasília, que religiosamente vai aos sábados para saborear caldo de cana. De longe, eu lhe acenei e me veio à memória que estava em frente de alguém especial, de uma imensa cultura, um poço inesgotável de fé e um ser humano de primeira qualidade.
                A partir daquele dia, coloquei entre as minhas intenções jornalísticas, que estava diante de um dos maiores barra-cordenses que terras de Melo Uchoa viram nascer, que ele por sinal é descendente do fundador. Se há alguém com certeza será lembrado daqui a 100 anos em Barra do Corda, esse alguém se chama Nonato Silva. Em Brasília também, dado o seu pioneirismo, o primeiro jornalista brasileiro a pisar em solo candango.
                Caro professor: parabéns pelos 90 anos.
                Parabéns pelos seus ensinamentos de que é possível ser correto com a humanidade e reto com o ser humano, um ficha limpa como se diz atualmente, sem nenhuma nódoa perante a história.
                Parabéns, professor, sobretudo pela sua grandiosidade misturada com simplicidade.

*Heider Moraes é jornalista

(TB/16/ago/2008)

 

 

19 DE FEVEREIRO
UM DIA INESQUECÍVEL


*Raphael Castro

            Há aproximadamente três anos, o professor Nonato Silva veio aqui em São Luís. Acho que era para realizar pesquisas na biblioteca pública. Já havia tempos que eu esperava conhecê-lo e, quando soube que essa oportunidade estava muito perto de realizar-se, não tardei em tentar procurá-lo. Mas já era tarde, o professor tinha ido a Barra do Corda.
            Dois dias depois da sua partida, eu também estava com uma viagem marcada pra Barra do Corda. Mas, destino inconveniente, cheguei lá e ele, de novo, já havia viajado, voltado para Brasília, de forma que não nos encontramos.
            Confesso que fiquei frustrado. Como já sabia da idade avançada do professor, pensei: não acredito que esse homem vai morrer sem que eu o conheça!
            Mas quis o destino que em meados de fevereiro deste ano eu fosse ao Distrito Federal. De férias da faculdade, aproveitei para passear nessa cidade que às vezes me atrai, me fascina e, ao mesmo tempo, me causa certo repúdio.
            E claro, não poderia deixar de conhecer o professor. O Heider marcou a visita ao seu apartamento e me levou para conhecê-lo. Subi o elevador com o coração já apertado de emoção.
            Um homem simples nos esperava. Cabelos brancos (de uma beleza encantadora), camisa de algodão, short, os pés saltando para fora do chinelo. Recepciona-nos com o maior carinho esse bisneto do fundador de Barra do Corda. Quando perguntado, relembra episódios de sua juventude, e os lembra com tamanha precisão que fala até quais foram os dias que os fatos lhe ocorreram.
            Eu me surpreendo com tudo, a precisão dos detalhes, a beleza dos cabelos, a inteligência, a lucidez, a simplicidade, a humildade, o encanto, a biblioteca, o tipo dos livros, as coleções.
            Tiramos algumas fotos para que eu guardasse de lembrança. Não nos demoramos, fizemos uma visita rápida, mas o suficiente pra ser guardada como uma das melhores recordações desde ano.
            Professor Nonato sem dúvida é um dos personagens mais importantes da história de Barra do Corda, e melhor ainda, está vivo. Eu tive o prazer e a honra de conhecê-lo e gozar de sua doce companhia, mesmo que por alguns instantes.
            Saí de lá mais emocionado ainda do que quando entrei, uma sensação gostosa de dever cumprido e uma ânsia de ter a oportunidade de em breve reencontrá-lo.
            Nesta data tão especial, desejo-lhe com todo carinho os meus parabéns, e que venham mais dez, vinte, trinta...

*Raphael Castro é estudante de Ciências Sociais da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), mora em São Luís.

(TB/15/ago/2008)

 

 

CARTA ABERTA
PARA NONATO SILVA


*Francisco Brito

            Não poderia omitir minha singela e afetuosa congratulação, no limiar dos 90 anos de existência terrena de Raimundo Nonato da Silva, quando ao lume fulgura a luz fosforescente da sua personalidade. Seu nome abreviado para Nonato Silva, isenta quaisquer acepções à sua imensurável atividade intelectual.
            Ainda jovem iniciou sua trajetória como homem de Deus, servindo ao ministério eclesiástico, onde conheceu os percalços da vida celibatária. Morou e estudou por mais de dez anos na cidade dos mandatários da igreja romana, onde tornou-se poliglota e aprofundou seus conhecimentos nas Escrituras Sagradas.
            Como homem das letras, embrenhou-se nas "matas" opulentas da literatura e ao ensino pedagógico. Poeta, jornalista, compositor, maestro, mestre. Humildemente Nonato Silva. Cordino. Maranhense. Brasileiro. Cidadão do Mundo!
            Ao iniciar sua nova caminhada - meu jovem noventão -, pode bradar no alto de sua lida, e sacramentar como o apóstolo Paulo fala a Timóteo: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição". (II Tm. 4:7,8)
            Que Deus ilumine sua verve inesgotável, continuando a alçar vôo rumo ao eldorado da eternidade.
            Com um abraço fraternal do seu "Benjamin".

*Francisco Brito de Carvalho é escritor e poeta, mora em São Luís

(TB/15/ago/2008)

 

 

NONATO, MEU QUERIDO AMIGO


*Carlos Augusto Franco


            Que bom completar 90 anos, com belos serviços prestados em vários seguimentos, e sempre com a vida bem vivida. Nestes tempos de valores tão distorcidos e efêmeros, é alegria se dispor de amigos, pois, que tudo e todos exigem eficiência e firmeza .
            Meu caro, considero-o como um dos meus melhores amigos. As vezes o caminho da vida se nos apresenta com espinhos diante de encruzilhadas que nos faz esmorecer, mas, com amigo, como você o é, nos encoraja nesses embates no caminho e na forma de viver.
            Praticar o hábito de pensar em alinhamento com seus sonhos, é equilíbrio. Assim, você o faz.
            Um pensador dizia: "Aquele que vem fazer o bem bate à porta, aquele que ama encontra a porta aberta". A paz interior como é cultivada por você, é campo fértil para a semente do amor, coadjuvando assim, para a notória intelectualidade que você, é portador.
            Caro amigo, a sua presença entre nós é alegria, e como não dizer, é orgulho. È com certeza que nossa Barra do corda, sente-se honrada por tê-lo como filho. Aquela terra tão querida e amada por todos nós. Que saudades....
            Meu caro, que Deus o abençoe, nos dando ainda o seu convívio por muitos anos.
            Parabéns!

*Carlos Augusto Araújo Franco é amigo de infância de Nonato Silva, mora em Brasília

(TB/14/ago/08)

 

 

CARA A CARA
COM O PROFESSOR

 

*Urias Matos

            Caríssimo professor Nonato Silva,
            Em algumas culturas, principalmente as orientais, o respeito a velhice é total, e o resumo dessa atitude se reflete na simbologia dos cabelos brancos, estes, quanto mais abundantes mais inspiram respeito, denotam sabedoria.
            Quem o conhece pessoalmente o professor sabe da abundância deles em sua vasta cabeleireira, isso seria mais que suficiente para que o respeitássemos da forma que o fazemos, mas os cabelos brancos inspiram muito mais que isso.
            A raiz incrustada no couro cabeludo se pudesse ser transformada em dados e informações, traria a luz um cabedal de histórias, ricas em detalhes, em fatos, em situações que lhe conferem tamanhos títulos e honrarias.
            Por sorte, não precisaremos recorrer a esse expediente capilar, por sorte e ventura, seus escritos e sua história de vida, tão cantada e decantada são uma prova mais do que plausível do seu tamanho significado tanto para Barra do Corda, sua terra mãe, quanto para Brasília, a jovem capital-mãe de todos nós, cidades que foram transformadas, sem nenhum exagero, com largos pitacos de tamanha sabedoria, perseverança e porque não dizer alegria, uma alegria esboçada na simplicidade de seus gestos, embora que eles por vezes escondam um ritual quase místico.
            Nesses 90 anos, nobre mestre, nada mais conveniente do que, entre tantos títulos, a palavra "Professor" tenha se tornado um adendo a seu nome próprio, justa simbiose, Professor Nonato, nome "artístico", tornou-se mestre de tantas e tantas gerações, inclusive a nossa, que sorveu e sorve sempre que possível suas palavras e ensinamentos.
            Evidentemente, é preciso reconhecer as pedras do caminho, parafraseando o decantado poema de Carlos Drummond, aliás, tendo a poesia como amante, somente o mais belo dos poemas, preferencialmente um perfeito soneto poderia descrever a vida, a luta e a história desse homem que já não requer adjetivos para sublimá-lo, pois seus atos, sua história e sua vida já o puseram no panteão-mor dos maiores homens já emanados da terra de Maranhão Sobrinho.
            Aceite meus mais sinceros parabéns, e obrigado por tudo nobre Professor, desse mesmo distante seu admirador e dileto amigo.

*Urias Matos é poeta e escritor, mora em Barra do Corda

 

 

PARABÉNS, TIO NONATO

*Venuzia Braga

            O Professor Nonato Silva, o Mestre Nonato, meu Tio Nonato completa noventa anos, neste 13 de agosto.
            Tudo que se possa dizer sobre ele, dele é pouco diante de suas qualidades, qualidades sem limites e que o passar dos anos comprovou-as, nunca desmentiu nenhuma. o que é raríssimo entre os melhores dos melhores.
            Parabéns Tio Nonato.
            São homens como senhor que nos orgulha, que nos faz acreditar na justiça, na solidariedade, no amor, na amizade e na paz entre os homens.
            Que Deus continue a iluminar o seu caminho, este caminho de solidariedade, de desapego às coisas materiais e de muito amor ao próximo.

*Venuzia Braga é sobrinha do professor Nonato Silva, mora em São Luís

(TB/13/ago?2008)

 

 

GRANDE MESTRE

*Mário Helder Ferreira

            Nascido em Barra do Corda a 13 de agosto de 1918, o nosso querido Raimundo Nonato da Silva, o Nonato, o Professor Nonato Silva, o Maestro Nonato, o Frei Paulo, o Padre Nonato, saiu do povoado de Brejo dos Porcos nas asas dos borboleta para fazer sucesso no mundo.
            Estudou na Itália, ajudou fundar Brasília, ocupou cargos importantes na República, educador de primeira linha, ouvido afinado, sensibilidade a flor da pele, caráter invejável, conduta ilibada, comportamento exemplar, estandarte de ouro, estirpe do bem, probidade a toda prova.
Mas diante de todos esses “predicativos“ nada é mais nítido e implacável na personalidade do Nonato que.a SIMPLICIDADE.
            Entendo que a simplicidade do Nonato é voluntária e acaba tornando em sua principal virtude, pois ter uma vida mais simples é uma questão de escolha, é ser seguro do que queremos, portanto não devemos confundir simplicidade com pobreza, uma vez que simplicidade é escolha, pobreza não, por isso costuma gastar seu tempo com coisas e pessoas que lhe dão prazer e energia. A simplicidade do Nonato também não nega os avanços tecnológicos tornando-o um homem moderno e atual.
            Hoje dia do seu aniversário quem ganha presente somos nós, que temos a oportunidade de privar do seu convívio e da sua sabedoria, sendo ele uma enciclopédia ambulante devemos está sempre atentos para seus profundos ensinamentos.
            Sendo o Nonato gente como agente, ele também tem suas tiradas de bom humor, onde tive a oportunidade de anotar algumas:
            Apresentando os filhos – Estes dois alemães são meus filhos, este amarelinho é sobrinho;
Viajando com carona - lá vai poeira;
            Na sala de aula Elefante Branco – lá vai cebola;
            Analisando processo – com esta frase pequei o próprio presidente;
            Bateu com a cabeça no vidro – quebrou o vidro meu filho;
            Olhando mulher no trânsito – ou mulher horrorosa;
            Gostando da paquera – é uma rede de arrasto;
            No trânsito – não dou água a pinto;
            Acordando filhos para escola – com um acorda rapaz, com o outro iça fiin;
            Como pescador, para variar – só pego os grandes;
            Com respeito a mulher – ô velhinha.....
            Depois desta pequena descontração, quero finalmente dizer que é com uma alegria imensurável que participo desta justa homenagem, onde abraçamos o nosso querido professor, pai, tio e amigão pela passagem do seu nonagésimo aniversário.
            Que DEUS continue abençoando-lhe e proporcionando essa beleza de qualidade de vida. Obrigado meu Mestre.

*Mário Helder Silva Ferreira é economista, sobrinho do professor Nonato Silva, mora em São Luís

(TB/13/ago/2008)

 

 

PARABÉNS, MESTRE
 

*Yuri Heider Carvalho Fabbrini

            Prometo que vou ser inversamente proporcional ao currículo do eminente professor e tio Nonato Silva.
            Antes de tudo, é uma grande honra para mim está aqui, neste momento, podendo deixar meu registro simplório para um grande vitorioso da vida. Vida não fácil, mas que com muita luta, suor e, acima de tudo, força de vontade, conseguiu chegar onde todos nós sabemos.
            Como professor, não tive o prazer de ter sido seu aluno. Por questões, naturalmente, temporais. No entanto, o que fica para mim é uma sensação de que, acima de tudo, ele sempre foi um pedagogo humanista.
            Dotado de uma excelência intelectual sem igual, Tio Nonato, hoje é referência teórico por todo nosso Brasil anil. Não bastasse seu profissionalismo, como pessoa, é muito humilde, alegre, de bem com a vida.
            Sempre mantivemos contatos indiretos, através do Heider Moraes, editor do nosso turmadabarra. No entanto, vou confessar para vocês que tinha vergonha e, pouca audácia, com toda sinceridade, em chegar e falar com o Mestre.
            Superando toda essas minhas "besteiras", chego a Brasília, nesta terça-feira, para seu aniversário. Estarei realizando um sonho. Sonho esse de conversar, senti-lo, apreender um pouco sobre o Mestre. Um pouco de sua sabedoria.
            Não é qualquer um que chega aos 90 anos com tamanha serenidade e força.
            Poderia passar mais tempo falando, mas de que iria adiantar?! Nada do que eu falar poderá acrescentar mais do que nossos nobres colegas proferiram sobre o Mestre. Acho que, talvez, um livro poderia dizer quem foi tio Nonato e sua história de vida. E eu me proponho, com toda a humildade, a escrever este livro sobre o Mestre(depois de estudar sua vida, claro).
            Mas, chega de "blá-blá-blá". Nesses noventa anos, gostaria de desejar muita SAÚDE, PAZ, FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA AINDA, E QUE DEUS ESTEJA EM NOSSOS CORAÇÕES SEMPRE, SEMPRE. Exclui a palavra Sucesso porque seria redundante aplicá-la diante de um NOME, UMA PERSONALIDADE chamada: Nonato Silva.
            PARABÉNS! FICA COM DEUS! E ATÉ MAIS!

*Yuri Heider Fabbrini, 18, é estudante de Direito, sobrinho do professor Nonato Silva, mora em Teresina

(TB/13/ago/2008)

 

 

HOMENAGEM AOS 90 ANOS
 

*Mauro Heider Silva Ferreira

            Nesta “Homenagem aos 90 anos do Professor Nonato Silva”, permitam-me saudá-lo na data de seu aniversário de nascimento.
            A dimensão do seu currículo como homem, pai de família, professor, mestre, doutor, escritor, jornalista, músico e poeta, não comporta nos limites da minha singela homenagem.
            A admiração que tenho por meu tio Nonato vem desde os meus primeiros sinais de entendimento da vida, quando ainda estudante da escola primária tive a oportunidade de saber, através de conversas e comentários proferidos por familiares e professores, da sua admiração pela cultura que o embalou desde a sua infância.
            A sua maneira de viver, com serenidade e simplicidade, fez do Professor Nonato Silva um homem notável em toda a sua vida dedicada à família, à igreja, aos estudos e ao trabalho.
            Ao longo dos seus anos de vida sempre soube aprender e também ensinar. Pelo trabalho intelectual realizado, as comunidades de Brasília e de Barra do Corda têm consciência de que muito devem ao Professor Nonato Silva.
            Parabéns por tantas virtudes que sempre conquistaram todos os que estão ao seu redor.
            Você pode, sem receio, orgulhar-se de suas qualidades que são infinitas e incontestáveis.
            Comemore pra valer, pois você é uma pessoa muito especial.
            PARABÉNS!!!
            FELICIDADES E QUE DEUS O ABENÇOE SEMPRE.

*Mauro Heider Silva Ferreira é bacharel em Direito, sobrinho de Nonato Silva, mora em Teresina -   Piauí

(TB/12/Ago/2008)

 

 

AO MESTRE COM CARINHO
 

*Norton Luis de Sousa

            Falar de nosso querido Nonato Silva, o “Mestre”, como o chamamos carinhosamente, pode ser repetitivo, afinal como homem público que é, tem um legado respeitável e ímpar, alcançado por poucos, então vou falar de dois aspectos, que me tocam diretamente.
            Pioneiro como meu pai, da turma que aqui chegou em 57, “comeu muita terra vermelha” deste cerrado. Eu, brasilense que sou, formado desta mesma terra vermelha, tenho primeiro que agradecê-lo por ter contribuído com a construção de minha cidade, que a época foi muito combatida, mas por ele defendida ferrenhamente, e como foi o primeiro barra-cordense por aqui, incentivou outros a virem e possibilitou conhecer meu grande amor, Kadyja.
            Avó dedicado de Lorena e Eduardo, meu afilhado, tenho com ele convivido inicialmente pela proximidade com seu filho Nonato, e nos últimos anos pela presença constante e fundamental no grupo Maverick, confraria formada por um grupo de amigos para discutir temas importantíssimos: malhar os políticos e jogar conversa fora, falar de futebol e mu.... (melhor não completar senão.....), tomar uma cerveja ou um vinho, ele como volta para casa dirigindo, só um guaraná, estamos sempre juntos, eu, Luciano, Luiz Fernando, Nonato, Robertinho, Ivan, Sergio e os de fora Flávio, Mário, Pimentel e Arnaldo.
            Ou seja, o mestre é apenas um amigo e como todo amigo é sempre uma referência para nossas vidas, e que referência! Mas antes de mais nada um amigo.
            Parabéns meu caro amigo, e até domingo no pastel.

*Norton Luis de Sousa é brasiliense, Analista de Sistemas, mora em Brasília e amigo do Mestre Nonato Silva

(TB/12/Ago/2008)

 

 

AO MESTRE...
 

*Renilton Barros

            Tendo em vista que nesta semana o TB, familiares e amigos comemoram o aniversário do professor Nonato Silva, quero neste espaço dizer que não tive a oportunidade ou o privilégio em conhecê-lo e nem ter sido seu aluno. Por isso falar ou tecer algum comentário sobre quem não se conhece, pode-se cometer injustiças ou não corresponder à altura de um expoente tão marcante e importante na história de Barra do Corda.
            Entretanto, pelo que pude notar entre os escritos apresentado no TB e pelas conversas que tive com algumas pessoas, quero externar minha gratidão e, além das homenagens que já foram feitas, fazer menção de pessoa tão ilustre entre nós neste espaço onde os cordinos se encontram.
            Contemplar em todas as áreas e principalmente no cenário acadêmico e identificar pessoas que se destacam pelo histórico de vida que construíram e nesse histórico deparar-se com uma biografia como a apresentada pelo nosso homenageado, está cada vez mais difícil, por isso que o TB e todos que participam dessa festa só tem a ganhar em ter esse ícone como referencial de vida.
            A sua história já está sendo contada pela própria história, e nessa mesma direção muitos outros exemplos já se tornaram filmes ou enredo para inspirar qualquer escritor, mas destaco que no caso do professor Nonato sua história virará lenda.
            Lenda não no sentido imaginário ou ficcional, mas sim, no sentido real de sua essência e, futuramente, quem ouvi-la, e se não teve o fortuito de conhecê-lo, pensará que se trata de um conto ou uma criação literária tirada apenas da fantasia.
            Palavras por palavras não podem traduzir ou dar significado aos seus 90 anos de idade ou de história, e o que mais se aproximará em relatar com fidelidade a sua vida são suas próprias marcas nas mentes e nos corações das pessoas que fazem parte de seu convívio social, marcas estas que entendemos como amor, dedicação e prazer em viver e fazer valer a pena uma existência e que serve como referencial para muitos de nós como exemplo de persistência.
            Chegar aos 90 anos nos nossos dias não é tarefa fácil, tens todos os motivos para seres feliz, dentre eles: realização pessoal, orgulho para a família e amigos e incentivo para todos que desejam trilhar pelo mesmo caminho que você ainda trilha.
            Receba, pois, nossos cumprimento e felicitações por mais essa data, parabéns!

**Renilton Barros tem graduação em Letras e cursa pós-graduação em Matemática na UnB, mora em Brasília

(TB/12/ago/2008/nº25)

 

 

NONATO SILVA SEGUNDO GALENO BRANDES
 

No livro "Barra do Corda na História do Maranhão",
o professor Galeno Brandes (1930-1994) escreveu o perfil de Nonato Silva.
O livro foi publicado em 1995.



            "Raimundo Nonato Ribeiro da Silva deveria ser o nome correto, vez que seu pai se chamava José Ribeiro da Silva. Tem 73 anos (atual 90 anos) de idade, esse barra-cordense de currículo riquíssimo e figura humana de invejável humildade no exercício das atividades profissionais e intelectuais.

            "Do lado paterno, descendia dos Ribeiro da Silva, onde se destacaram em nossa vida, no campo político, intelectual e econômico, o cidadão Fortunato Ribeiro Fialho, egresso do estado do Ceará e, mais tarde, seu filho, o ilustre professor Olímpio Ribeiro Fialho.

            "Incentivado por Frei Adriano de Zânica, deixa a terra natal aos 13 anos de idade e começa a preparar-se para a vida, no estado dos seus ancestrais: o Ceará. Pesquisador de primeira mão, em todos os campos, sobretudo na área de jurisprudência e do ensino. Bacharel em Ciências Jurídicas, há ocupado em Brasília, onde é pioneiro, os mais importantes cargos da administração e promoção da cidade.

            "É membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal. Como divulgador da nova capital da República, preparou exposições sobre Brasília nas grandes capitais do mundo, citando Roma, Londres, Nova Iorque e Tóquio (vide jornal Folha de Barra do Corda).

            "Licenciado em Filosofia, Letras Neolatinas, Clássicas e Psicologia. Nos meios barra-cordenses, onde nasceu o grande mestre, é conhecido por Frei Paulo. Ordenado sacerdote, exercera as atividades de padre durante 13 anos, após o que objetivaram, em Roma, licença para casar-se.

            "É músico, estilista e poeta. Suas obras, certamente, a Academia Barra-Cordense de Letras, cuja fundação está defendendo com o melhor dos seus esforços, fará vir à luz. (Obras publicadas: Histórias do Hino Nacional Brasileiro - Emprego do Hífen em Compostos Prefixais e vários trabalhos didáticos de grande alcance intelectual)."

(TB/11/ago/2008)

 

 

 

Nonato Silva
O GRANDE MESTRE

 

*Cezar Braga

            Considero-me uma pessoa de muita sorte. Tive excelentes professores e sou amigo de um grande mestre, o eminente Professor Nonato Silva.
            Alguém pode dizer não fazer diferença entre professores e mestres.
            Eu acredito que exista. Realmente eu acredito nesta diferença.
            Enquanto os primeiros nos ensinam com muita competência, dedicação e, às vezes, com brilhantismo, a descobrir coisas novas, a criar o gosto pelo saber, a assumir e desenvolver nossa capacidade criativa na compreensão e resolução de problemas; também nos estimulam a buscar conhecimentos mais complexos e, eventualmente, a fazer deles bom uso.
            Aos segundos também são creditados esses atributos, porém eles vão além, pois demonstram uma grande sensibilidade e são generosos para com os demais.
            O Mestre Nonato Silva, ao longo de sua vida, mostrou a grandeza de um sábio, ao manifestar essa sensibilidade de uma maneira aberta que abriga a alteridade, no texto que escolhe, no pensamento que constrói, nas palavras ditas ou não ditas; a generosidade marca a razão e a forma como acolhe o outro, compartilha o que sabe, compreende a insegurança e a pequena vaidade talvez defensiva do outro, e como lança o olhar carinhoso de quem aposta e aguarda que dali vai emergir algo especial.
            Como outros grandes mestres é um homem de fé, acredita no ser humano e na possibilidade concreta de construção de um mundo melhor sem, contudo, retirar do homem a sua natureza humana.
            É fácil falar sobre ele, mesmo sem tê-lo conhecido a vida toda, assim come é fácil falar com ele.
            É um homem que vive com seus estudos e com os outros, de uma maneira simples, natural, discreta e generosa.
            Coexistem em Nonato Silva duas obras: a que ele escreve, o que ele diz e a que ele é; não é possível separá-las. Ele está em tudo o que escreveu e escreve, no que disse e no que diz, na inquietação que o animou e o anima em cada época, na vontade que provocou e provoca em outros para conhecerem mais, no destemor de criticar mesmo sob o risco de ficar sem chão debaixo dos pés, no exemplo de dedicação e amor que marca sua relação com os alunos, orientandos, colegas e amigos.
            É um homem erudito, no entanto, sua erudição não afasta o outro; é um homem íntegro, embora a correção de seu caráter não sucumba à tentação moralista; é um homem leal, entretanto sua lealdade não inibe a crítica; é um homem intelectualmente ousado, porém sua ousadia não é assustadora nem irresponsável.
            E é um homem, não um deus!
            Homenageá-lo pelos seus noventa anos não é difícil, aliás, é bem fácil.
            E é fácil porque nós, seus amigos e admiradores, conseguiram, o que muitos não conseguem, ter nossos nomes associados a algo positivo, belo, correto e justo, como esta homenagem que lhe prestamos na passagem dos seus noventa bem vividos anos.
            É fácil por que enquanto o celebramos, brindamos a nós mesmos por meio da identificação;
            É fácil porque vemos alguém que admiramos ser admirado e respeitado por todos, irmanamo-nos a esse todo;
            É fácil porque ao vermos brilhar alguém que amamos, somos também iluminados por esse brilho.
            Fui aceito como seu amigo e muito me orgulho disso.
            Dedico-lhe incondicional amizade e carinho.
            O Mestre Nonato é e sempre será, para mim, a referência de uma pessoa inteira, que sabe que o lado profissional á apenas uma parte importante da vida, não é tudo.
            Vejo no Mestre um homem, que não será embrutecido pelo que é ou possa vir a ser, e sim um homem de fé em palavras, em silêncio, gestos e ações.
            Sou, realmente, uma pessoa de sorte por tê-lo conhecido, poder privar de sua amizade e absorver sua sabedoria.

*Cezar Braga é engenheiro civil, casado com Venúzia Ferreira, sobrinha do professor Nonato Silva, moram em São Luís (MA).

 

 

Nonato Silva
ADMIRAÇÃO INDESCRITÍVEL

 


*Venísia Silva Ferreira


            Tenho uma admiração indescritível por Nonato Silva ou, simplesmente, meu tio Nonato... A intimidade, própria do ambiente familiar, não macula o sentimento de respeito, por isso, peço venia aos oradores e escritores da família para sair do meu humilde silêncio e deixar transparecer o grande apreço que tenho por esse ser tão precioso.

            Difícil é traduzir e/ou resumir em palavras o que ele representa para mim, aliás, para o nosso país, pois não podemos dizer que tio Nonato pertence à família SILVA, somente, mas, o cidadão barra-cordense, simples, humilde, porém detentor de  uma inteligência invejável, alçou os mais altos vôos de competência emocional, intelectual e cultural, conquistando o espaço merecido no elenco dos que compartilharam seus dons e talentos em benefício da população...  faz parte da história do  Brasil...

            O Mestre, como o chama Mário, é protagonista da arte de viver bem e para o bem... Seu jeito dinâmico me deixa encantada e com esperança de ter herdado, geneticamente, a longevidade recheada com os sabores de sonhos realizados.

            Não tenho receio em afirmar que Nonato Silva  é um dos homens mais sábios e cultos do planeta, e o melhor disso tudo, é que tamanha sabedoria não ficou enclausurada ou individualizada, no sentido mais egoísta da palavra... Os conhecimentos do Mestre foram e são transmitidos através do seu exemplo de vida e de sua contribuição generosa na cultura; religião; música; literatura; política etc.

            Celebrar 90 (noventa anos) é realmente uma dádiva, mas o presente somos nós, que o conhecemos e amamos, que estamos recebendo... Beber desta fonte inesgotável de sensibilidade artística, cultural e de espiritualidade madura e profunda é um privilégio imensurável!

            Agradeço a Deus pela vida do tio Nonato e por todas as suas lições de fraternidade, inteligência, doação, dedicação, perseverança, afetividade, amor ao Pai e à família que nos ensina com a sua mais pura didática de discípulo de Jesus.

            Muitos anos de vida ao Mestre Nonato Silva!!!

            Carinhosamente,

*Venísia Maria Silva Ferreira é sobrinha de Nonato Silva, advogada, mora em São Luís

(TB/10/ago/2008)

 

 

Nonato Silva
AMIGO E IRMÃO

 


*Murilo Milhomem


            Usualmente, quando se fala de Nonato Silva, surge logo a figura do grande intelectual que inegavelmente o é. Existe, no entanto, um outro lado, perceptível apenas para aqueles que se encontram mais próximos dele, que gostaria de ressaltar.

            Conheci Nonato no ano de 1985, quando ingressei na diretoria da Casa do Maranhão. Por lá, ele já se encontrava já há muito tempo, pois sempre teve seu nome estreitamente ligado à nossa gente.

            Até então eu nunca havia tido contato com o ilustre professor, de quem já ouvira falar na época de criança. Não como Nonato Silva mas como Frei Paulo.

            De lá para cá, a nossa amizade só tem se consolidado. Em parte por causa da origem comum. Em parte porque temos o mesmo ponto de vista, quando se trata de questões relativas ao querido Maranhão.

            Um outro fato que nos uniu ainda mais, tem tudo a ver com educação. Durante quase toda a sua vida, Nonato Silva trabalhou no ministério da Educação, onde presto serviço atualmente.

            No MEC, quem conhece o professor Nonato afirma que só deixou amigos. É por causa deles que o coral da casa sobrevive até hoje às duras penas, já que não conta com o apoio dos dirigentes de plantão. Se não fossem os amigos, o grupo talvez nem existisse.

            E é por causa dos amigos que a data dos 90 anos do professor não irá passar em branco. No MEC, haverá homenagens para ele. Na colônia barra-cordense também. A começar por esta que o Turma da Barra faz, outras com certeza virão.

            É coisa de amigo, conforme trecho da bela canção de Milton Nascimento: “Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito / Mesmo que o tempo e a distância digam não / Mesmo esquecendo a canção / o que importa é ouvir a voz que vem do coração”.

            Parabéns, Nonato Silva!

*Murilo Milhomem é jornalista barra-cordense, mora em Brasília

(TB/10/ago/2008)