Uma pedra barra-cordense
com cara de meteorito

jornal Turma da Barra

 


Meteorito ou quartzo de Barra do Corda

 

Quem passa em frente a casa da dona Oclair Patury  (esposa do ‘seu’ Moreno), 
no centro da cidade, de frente ao centro comercial dos fradres capuchinos, observa uma pedra lisa, para mais de 100 quilogramas, que ora se assemelha a um animal parecido com cachorro, ora com o nariz de uma águia. Mas é uma pedra com cara de meteorit
o

 

A pedra que está exposta no corredor da casa da dona Oclair “Moreno” Patury, no centro da cidade, na rua Irmã Helena, foi encontrada há mais de 30 anos à beira do rio Mearim, no lugar chamado Espeto, perto da Volta Grande, em direção ao Seridó e Catete.  Fica uns 20 quilômetros do centro de Barra do Corda rio Mearim acima.

Segundo dona Oclair, o marido Moreno, que já faleceu foi pescar com o Delfino, que trabalhava como técnico agropecuário e outros amigos, e viram essa pedra na beira do rio, pediram permissão aos moradores e trouxeram para Barra do Corda. Isso tem mais de 30 anos.

Dona Oclair lembra que assim que o Moreno colocou a pedra no corredor, o seu filho mais velho, Henrique Orleans, então estudante em São Luís, chegava de madrugada e confundiu a pedra com um animal, chamou a mãe e disse. – Juro que pensei que um bicho.

No final de 2013, conta dona Oclair, um senhor viajante ao avistar a pedra, ficou admirado com a sua beleza e disse: - Essa pedra é um meteorito. E tirou fotografias e mais fotografias.

O ambientalista Enio Pacheco lembra que no local onde foi encontrada a pedra não tem outras pedras parecidas. Então, ele calcula que pode ser um meteorito. – Naquela parte do rio Mearim é um areão maior.

Enio Pacheco lembra que no início do século 20, caiu um meteorito naquela região, pois os mais velhos contavam que houve um grande estrondo, uma bola de fogo que veio do céu, espécie de uma língua de fogo e desapareceu. Segundo Pacheco, o senhor Milton Nava sempre contava a história desse meteorito, que ele chamava de “Baque”.

O TB enviou três fotos da pedra de diferentes ângulos ao barra-cordense Roberto Borges, ele é geólogo formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O geólogo Borges depois de observar as fotos escreveu: “Trata-se provavelmente de uma variedade de quartzo que ocorre nas bacias sedimentares (caso do Maranhão). Acredito que seja a variedade denominada Sílex.”

Disse mais: “A morfologia arredondada é em função do transporte pelas águas dos rios.”

Acrescentou que sobre  “a possibilidade de este fragmento ser um meteoro, somente uma análise da estrutura interna. Se o interior parecer um pedaço de vidro fosco esbranquiçado é certamente uma variedade de SiO2 (sílica), provavelmente Sílex.” E conclui que a pedra “é a maior que já vi.” Mas “meteorito é muito pouco provável.”

O TB voltou a casa da dona Oclair do Moreno, a pedra é realmente arredondada, para ser meteorito teria que ser áspera, e no interior não vimos o vidro fosco enbranquiçado, recomendado pelo geólogo Borges. Mas que é uma pedra bonita,  isso ela tem de sobra.

 

 


Meteorito ou quartzo de Barra do Corda

 


Meteorito ou quartzo de Barra do Corda

 


Meteorito ou quartzo de Barra do Corda

 

(TB13mai2014)