Artigo
Popilas estão de volta
com nova formação

jornal Turma da Barra


O sábado 19, marcou a volta em definitivo do conjunto musical Os Populares do Ritmo, que sacudiu o clube da Maçonaria com o que há de melhor em matéria de músicas que marcaram os anos 60, 70, 80 e 90, agora com nova formação, sob o comando empresarial do professor e radialista Artur Arruda. Leia mais: Clique aqui
            Os Popilas iniciou o show dançante às 22h00 e só terminou às 03h30. O lendário conjunto animou a festa com os seguintes componentes: Espetinho  (bateria), Yuri (baixo), John (guitarra e vocal), Washington Boré (vocal), Danilo (teclado), Artur Galvão (piston), Paulo Filho (piston), Arturzinho (piston), Paulo Mandioca (trombone de vara). O filho de John participou nos vocais com a interpretação de oito músicas.
            E para provar que retornaram com força total, já foram agendados shows em Presidente Dutra e Grajaú no mês de dezembro e na AABB, em Barra do Corda no dia 14/01/2012. 
            Nota da Redação: O TB deseja sorte aos Popilas nesse novo ciclo do conjunto.

(25nov2011)

 

 

Artigo
Cidadania em ação
jornal Turma da Barra

*Paulo Roberto Nava


            O estado do Maranhão e em especial nossa cidade de Barra do Corda passa por várias dificuldades, principalmente nos itens de saúde, educação e geração de emprego e renda.
            Mesmo sabedores de que os governantes têm a responsabilidade de zelarem pela melhoria de vida de seus habitantes, somos sabedores que os mesmo pouco têm feito, cabendo a cada um de nós exigirmos dos dirigentes, investimentos em todas as áreas necessárias para a melhoria de vida dos nossos conterrâneos, indo desde a educação, saúde, infraestrutura, moradia, geração de emprego e renda, dentre tantos outros.
            Cabe à sociedade cobrar do prefeito, vereadores, governadora, deputados estadual, deputados federal e senadores a melhor aplicação de verbas federais/estaduais e municipais no nosso Estado e principalmente na nossa Barra do Corda.
            Talvez pedidos individuais sejam difíceis de serem atendidos. Mas pedidos através de organizações, tais como sindicatos, associações, câmara de dirigentes lojistas, cooperativas, dentre outras, têm com certeza seu atendimento mais facilitado.
            Está na hora do Maranhão e de Barra do Corda reverter seus índices sofríveis de má distribuição de renda. Está passando da hora de exigirmos os nossos direitos de cidadãs e cidadãos.
            Apresentamos abaixo alguns dados estatísticos do estado do Maranhão. São sofríveis, mas infelizmente são a realidade.
            O Governo Federal, com o intuito de diminuir o desnível sócio econômico das famílias que se encontram abaixo da linha da pobreza, instituiu o Programa Social Bolsa Família, cujo pagamento é definido por estimativa de pobreza calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, dados atualizados em abril de 2009 mostram que o Maranhão tem 833.084 famílias que atendem ao critério, ou seja, possuem renda per capita mensal por integrante de até R$ 137,00.
            Segundo o Ministério do Planejamento, 791.449 maranhenses estão recebendo atualmente benefícios no total de R$ 75,5 milhões. Esse atendimento significa 95% do total de famílias que se enquadram no perfil no Estado.
            Proporcionalmente, o Distrito Federal é a unidade da federação que menos tem pessoas recebendo o benefício. Apenas 6% da população total, que é de aproximadamente 2,6 milhões.
            No Estado do Maranhão são quase 3,2 milhões de pessoas contempladas com o Bolsa Família, ou seja, 50% da população total do estado (6,3 milhões).
            Segundo dados do IBGE, com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2007, o Maranhão tem a segunda maior taxa de mortalidade infantil do país. De cada mil nascidos no estado por ano, 39 não sobreviverão ao primeiro ano de vida. Vários fatores contribuem para o alto índice de mortalidade infantil no estado, dentre eles o fato de que apenas metade da população tem acesso à rede de esgoto e quase 40% não tem acesso à água tratada.
            O Maranhão também apresenta o maior percentual de domicílios urbanos (43%) com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 272,50). Ainda de acordo com o IBGE, o estado possui atualmente o maior número de crianças entre oito e nove anos de idade analfabetas. Quase 40% das crianças do estado nessa faixa etária não sabem ler e escrever, enquanto a média nacional é de 11,5%.
            Os maranhenses ainda apresentam a segunda menor expectativa de vida entre os brasileiros: 67,6 anos. A esperança de vida média no Brasil é de 72,7 anos. Segundo o IBGE, o Estado também tem o segundo pior PIB per capita do Brasil, atrás apenas do Piauí.
            Ao entrar no Programa Bolsa Família, a família se compromete a cumprir as condições do programa, tais como manter a freqüência escolar das crianças e adolescentes e cumprir os cuidados básicos em saúde. A presença na escola deve atingir 85% para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos e 75% para adolescentes entre 16 e 17 anos. Os pais também devem assumir a responsabilidade de manter constante acompanhamento do estado de saúde da criança, além de prestar informação semestralmente sobre o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de sete anos, pré-natal das gestantes e acompanhamento das nutrizes.
            Mesmo com a exigência de freqüência escolar das crianças, o estado do Maranhão continua com a triste estatística de cerca de 40% de suas crianças de oito a nove anos analfabetas.
            Os governantes estão no poder porque foram eleitos por nós. Falta sabermos nos unir para exigirmos nossos direitos.

*Paulo Roberto Milhomem Nava é Engenheiro Agrônomo, barra-cordense, mora em Cuiabá (MT)

 

 

Artigo
Sarney se despede da Folha
jornal Turma da Barra

Depois de 20 anos como colunista em todas às sextas-feiras do jornal Folha de S.Paulo,
 um dos mais importantes do país, 
o senador José Sarney (PMDB-AP) publicou nesta sexta 8 sua última coluna:
 "Encerro meus 20 anos de “Sexta-feira, Folha”. Agradeço aos meus generosos leitores. Não gosto de dizer adeus; uma pausa", disse Sarney.

Sexta-feira, Folha

Por José Sarney

“Vou buscar na sabedoria bíblica palavras para escrever este artigo, feito com lágrimas. Dizia o rei Salomão que há no mundo tempo para tudo. Há tempo de começar, há tempo de parar. Cheguei a esse dilema e não foi fácil a decisão.

Há 20 anos, meu querido amigo Octavio Frias de Oliveira me convidava para escrever esta coluna. Já se vai um quarto da minha vida. Sem faltar uma só semana, com o gosto de quem ama as palavras, estive presente. Foram anos de felicidade para mim, o gosto de escrever na Folha.

Presidente do Congresso, José Sarney

Octavio Frias, inúmeras vezes, ligou-me para elogiar o texto e dar-me notícia das pesquisas entre leitores. Eu ficava vaidoso e cheio de gratidão.

Depois de sua morte, tão sentida por mim, seus filhos, à frente o nosso talentoso diretor de Redação, Otavio Frias Filho, continuaram a amizade e minha colaboração. Deles sempre recebi o mesmo carinho e o mesmo tratamento.

Agora, neste semestre, completei 20 anos nesta “Sexta-feira, Folha”. Minha última coluna, a da semana passada, foi comentário e até manchete de um grande jornal.

Deu-me a convicção de que estava viva e lida. Ajudou-me na decisão de parar.

Ela já me rendeu oito livros, volumes publicados com as crônicas que aqui escrevi, e mais uma antologia, “Tempo de Pacotilha”, que tiveram boa receptividade editorial.

Escrevi sobre todos os assuntos, nunca tratei de problemas pessoais, embora sempre exposto à guerra e à crueldade da luta política.

Nunca recebi sugestão ou restrição do jornal, exemplar no seu compromisso com a liberdade. Assim é a Folha, que deve ter recebido muitas pressões. Otavio Frias Filho convida-me a continuar a escrever na Folha onde e quando desejar. Assim farei.

Tratei do cotidiano -o cronista é o historiador do dia a dia-, de ideias, de filosofia, de política interna e de política externa, da visão do mundo presente e do futuro. Nenhum tema que me despertasse a atenção deixei passar.

A crônica é uma arte difícil. É literatura e é jornalismo. Pega-se o assunto, dá-se tudo para que o leitor dele não fuja e vá até o fim. A luta para afastar o lugar-comum, expulsar adjetivos e advérbios não convidados. Ser conciso, ser breve, buscar a leveza do texto e, às vezes, contar histórias.

De 1991 até agora, o mundo se transformou. Comecei com o fim das ideologias e termino com um presidente negro nos EUA, uma mulher na Presidência do Brasil, o iPad, o smartphone, o YouTube, os blogs, o Twitter e este ciclone que é o mundo da internet.

Minha despedida: diz-se que o século 21 será da China; eu penso: será do Brasil.

Encerro meus 20 anos de “Sexta-feira, Folha”. Agradeço aos meus generosos leitores. Não gosto de dizer adeus; uma pausa.”

(TB9jul2011)

 

 

Artigo
Escravidão e Liberdade
jornal Turma da Barra

*Euclides Vieira Silva


            A história dos negros no Brasil, desde a chegada do continente africano, é surpreendente e emocionante para quem se aventura a conhecê-la um pouco mais profundamente.
            Surpreendente porque, em seus meandros, há aspectos pouco divulgados, restritos aos historiadores e àqueles que, por interesse espontâneo, se detêm na leitura de estudos específicos elaborados sobre o tema. Emocionante, porque se trata, em verdade, da saga de milhares de homens e mulheres arrancados à força de seus territórios de origem, de suas raízes geográficas, culturais e étnicas, de seus valores, devoções e amores, de seu chão e do seu mundo, para enfrentar novas realidades, e diga-se, realidade assustadora. A eles, foi imposta uma nova vida como num piscar de olhos. Um rompimento tão brusco e violento que se torna inimaginável para qualquer um de nós. Talvez apenas os seus descendentes carreguem na alma, geração após geração, o terrível sentimento da escravidão.
            Perseverando na preservação da sua identidade, sua ‘impressão digital’. Os negros foram escravizados por quase quatro séculos, maltratados e excluídos socialmente, considerados raça inferior, não merecedora da confiança dos brancos, de suas conquistas sociais e de suas oportunidades.
            Muito tempo se passou desde essa época. Muitos fatos ‘novos’ aconteceram no Brasil desde então.
            A escravidão foi oficialmente banida em 1888. O Estado brasileiro evoluiu pouco a pouco, rumo à consolidação de sua soberania, emancipação política e se enquadra no modelo estatal democrático de direito contemporâneo, em 1988, com a nova Constituição Federal.
            Um grande avanço e também um Instrumento de reparação do povo negro foi a alteração da lei de diretrizes de base da educação, com a Lei nº 10.639/2003, com vistas a superação das desigualdades raciais na educação. Outro fato não menos importante e talvez o mais ousado do governo ‘LULA’ tenha sido a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, ligado ao gabinete presidencial.
            Portanto, de tudo isto, cabe a nós, negros e negras e descendentes continuarmos a luta para garantir a implantação e ampliação dos direitos legais e constitucionais.

*Euclides Vieira Silva é Administrador de Empresas, cordino, mora em Brasília (DF)

 

(TB18/mai/2011)

 

Artigo
Pão e circo
Panis et circenses

jornal Turma da Barra

*Manoel Messias Rodrigues


            A origem de Roma se encontra envolto de muitas lendas e figuras nebulosas, com imprecisões cronológicas e bibliográficas. Mas para além das lendas e mitologias os historiadores afirmam que a fundação de Roma é o resultado da mistura de três povos que foram habitar a região da península Itálica: os gregos, os etruscos e os italiotas.
            A história da Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida por esta civilização. Uma pequena cidade que conquistara o mundo.
            De cidade a império. Com suas conquistas colossais, Roma tornou-se sem dúvida nenhuma o império mais poderoso de toda a história antiga e, talvez, o império com os mais graves problemas sociais e escândalos políticos desse período.
            Com as conquistas vieram os problemas sociais em todo o império: falta de emprego; de saneamento; habitação; doenças; fome e miséria que assolavam as populações por todo o território romano.
            Era necessário desviar as atenções das populações que habitavam os domínios romanos para que os mesmos não se envolvessem em revoltas. Nasciam assim os grandes espetáculos, como meio de alienação política.
            Uma urbe que dependia das esmolas do estado, e nem se quer se davam conta, pois estavam ocupados de mais com suas diversões no coliseu e nos circos, para cobrarem seus direitos, pois o imperador providenciava tudo para a satisfação do povo romano, e nunca deixava faltar – pão e circo.
            Vivemos um momento de profunda crise no cenário econômico, político, ético e moral. O desemprego soma altíssimas taxas, os políticos perderam o senso da moralidade e da honestidade e extravasam na corrupção juntando para si verdadeiros impérios num verdadeiro maquiavelismo político.
            Vemos nossos jovens cada vez mais cedo descerem e serem vitimados pelas drogas, as escolas abarrotadas de alunos assistidos na sua maioria por profissionais que é resultado de cabide de emprego e promessas eleitorais e que estão interrompendo o sonho de milhares de crianças, adolescentes e jovens deste país e desta cidade.
            Não podemos nos alienar pelo sonho irreal de um carnaval bom, tranqüilo, sem confusão, com bandas maravilhosas. Pagar para alienar-nos e assim esquecer a corrupção generalizada, do dinheiro desviado do cidadão, dos escândalos, do absolutismo. Pois é assim que eles querem que façamos, nos anestesiamos com suas políticas de pão e circo e assim não sejamos capazes de ter uma visão reflexiva.
            Brinque o carnaval mais não se aliene, exija, cobre, lute, reivindique, seja um cidadão participativo e que não se conforma com a injustiça. Vamos mudar para melhorar nossa cidade.

Manoel Messias R. dos Santos é formado em filosofia e cursa pedagodia na UEMA

(TB27fev2011)

 

 

Artigo
Dois estudantes cordinos ganham prêmios em São Luís
jornal Turma da Barra


            O Programa Darcy Ribeiro – programa de educação à distância em parceria com a UEMA que visa a formação superior de professores, bem como oportunidades para futuros educadores- realizou um encontro acadêmico no Rio Poti Hotel, em São Luís, nos dias 17,18 e 19 de novembro, onde ocorreram palestras, conferências, simpósios simultâneos em áreas específicas do conhecimento, mesas redondas e apresentação de trabalhos científicos.
           
O evento acadêmico, intitulado “Ciência e Vida 2010”, reuniu universitários  e coordenadores de diversos pólos do Maranhão onde o Programa Darcy Ribeiro atua. Vários trabalhos científicos foram analisados por especialistas. Barra do Corda venceu dois prêmios: Melhor trabalho científico na área de física – Lâmpadas incandescentes , fluorescentes e LEDS: Economia e Ecologia – apresentado pelo estudante Adilon Pontes da Silva e a aluna Ana Priscila de Sousa Sampaio venceu o prêmio de melhor aluna de matemática ao apresentar o  trabalho científico de história “Análise econômica dos anos 80: Uma década perdida”.
            A caravana de Barra do Corda foi acompanhada pela coordenadora do Programa Darcy Ribeiro no município, dona Chiquinha Galvão. Os estudantes ficaram hospedados na casa de praia do deputado estadual Rigo Teles (PV). 
            O reitor da universidade Estadual do Maranhão, professor José Augusto Silva Oliveira, e a coordenadora geral do Programa Darcy Ribeiro, Andrea Azevedo, em seus respectivos discursos, enfatizaram a importância do programa para melhoria do ensino no estado, através da formação superior de professores e declararam ainda que o programa deverá se estender para outras cidades do Maranhão.
           
Encontros acadêmicos como este realizado pelo Programa Darcy Ribeiro, em parceria com a UEMA, produz um efeito positivo nos acadêmicos. A troca de experiências, esclarecimento de dúvidas e propostas de ensino enriquecem os conhecimentos e incentiva os universitários a tomarem uma posição mais crítica, ativa e científica diante da realidade.

Nota: Wennes Mota, redator da matéria acima, também participou do encontro em São Luís (MA). 

(TB22nov2010)