Artigo
Aviação Regional
Reforma e ampliação dos aeroportos

jornal Turma da Barra

 


Lucídio Brandes e esposa

*Lucídio Brandes

            Como relatamos em matéria anterior o Plano de Aviação Regional prevê, em uma primeira fase, a reforma e a ampliação de 270 aeroportos regionais em todo o país, com investimentos federais no valor de R$ 7,3 bilhões. Os objetivos do plano incluem a integração do território nacional, o desenvolvimento dos pólos regionais e o fortalecimento dos centros de turismo. O programa será desenvolvido em parceria com os governos estaduais e municipais, aos quais competirá responder pelo custeio e gestão dos aeroportos. Dentre os aeroportos selecionados encontra-se o da Barra do Corda/MA.
            Porém, só após o tão esperado estimulo aos vôos nos aeroportos reformados por parte do governo, com os subsídios às empresas para rotas regionais, a falada suplementação tarifária, e a efetiva reforma/ampliação dos aeroportos, aí sim, é que poderá despontar regionais viabilizando os aeroportos.
            Demonstro abaixo algumas das aeronaves e suas características que devem operar nesses aeroportos.
            Obs: Se a pista da Barra não for ampliada de seus atuais 1.550m para pelo menos 2.100 metros, a operação ficará restrita a exemplo das aeronaves: Grand Caravan; Embraer EMB-120 Brasília; LET e ATR-42 e 72. Que, diga-se de passagem, com os ATRs, já estaremos muito bem servidos.

Cessna 208 Grand Caravan é uma econômica e robusta aeronave monomotor turboélice de asa alta.
Capacidade (no Brasil): 9 passageiros (versão simples);
• Velocidade de cruzeiro: Aprox. 320 km / h;
• Alcance: Aproximadamente. 1.650 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);

 

 


Avião

 

Embraer EMB-120 Brasília
Capacidade: 30 passageiros
Velocidade máxima de cruzeiro: Aprox. 585 km/h
Alcance / Advanced ER: Aprox.
1.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas)

 

 


Avião

 

LET L-410
Fabricante : LET, República Tcheca
• Capacidade : 2 tripulantes + 19 passageiros (possível até 20 passageiros, 2+20)
Velocidade de cruzeiro : 209 nós (388 km/h)
Alcance Máximo : 1.317km
A sua configuração de asas altas permite operações em pistas curtas, o modelo é largamente utilizado em todo o mundo, principalmente nas rotas regionais.

 

 


Lucídio Brandes e esposa

 

O ATR-42 e 72 são uma aeronave de médio porte e propulsão turboélice combinada com asas altas, fabricada a partir da década de 1980 na França pela ATR - Avions de Transport

• Capacidade : no 42 são 46 assentos (média-densidade) ou 50 assentos (alta-

densidade); Já no ATR 72 capacidade de transportar 68 passageiros (média densidade) ou 72 passageiros (alta densidade).
• Pista de pouso: Aprox. 1.500 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
• Velocidade de cruzeiro (ATR-42-300): Aprox. 485 km/h; e no ATR 72 Velocidade de cruzeiro: Aprox. 500 km / h;
• Teto de operacional: Aprox. 8.500 metros (25.000 mil pés);

• Alcance (ATR-42/72): respectivamente Aprox. 1.650 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas) e 1.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);

 

 


Lucídio Brandes e esposa

 

Foto:

 

Fokker 100 ou Fokker MK-28
Capacidade de Assentos 122 (1 classe - máximo), 107 (1 classe - típico), 97 (2 classes)
Velocidade Máxima de Cruzeiro 845 km/h (525 mph, 456 nós), Mach 0.77
Alcance nm (2.450 km)


 


Avião

 

Embraer 145
Capacidade: 50 passageiros
Velocidade cruzeiro: Aprox. 830 km/h
Pista de pouso: Aprox. 2.100 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios)

 

 


Avião

 

Embraer 170
Passageiros 78 Uma Classe e 70 Duas Classes
Autonomia 3 892 km
Velocidade Máxima 890 km/h (481 kt, Mach 0.82)

 

 


Avião

 

Embraer 175
Passageiro 88 Uma Classe e78 Duas Classes.
Autonomia 3 706 km (2 000 nm)
Velocidade Máxima 890 km/h (481 kt, Mach 0.82)

 

 


Avião

 

Embraer 190
Passageiros 114 Uma Classe e 96 Duas Classes
Autonomia 4 448 km (2 400 nm)
Velocidade Máxima 890 km/h (481 kt, Mach 0.82)

 

 


Avião

 

Embraer 195
Passageiros 124 Uma Classe 108 Duas Classes
Autonomia 4 077 km (2 200 nm)
Velocidade Máxima 890 km/h (481 kt, Mach 0.82)

 

 


Avião

 

Poderiam me perguntar, e o EMB-110 Bandeirante?

Maldosamente chamado de “desinteira família”, brincadeiras a parte, mais esse avião deixou marca indelével nas décadas de 70 e 80 foram os primeiros a desbravar e fazer a integração nacional em todos os rincões desse Brasil continental. Como não poderia deixar de ser, o Bandeirante que, honrando o nome recebido, desbravou um terreno ainda desconhecido com passos firmes, levando em suas asas os sonhos de grandes visionários que remontam a Santos-Dumont e culminando com a decolagem não apenas de uma empresa, mas de um país que se orgulha das origens aeronáuticas que cultiva.

Aqui deixamos nossas homenagens a um dos maiores êxitos da aviação civil e militar brasileiras, um verdadeiro best-seller. Infelizmente para a aviação regional atual, tornou-se técnica, operacionalmente, e economicamente inviável.

 


Avião

 

 


Avião

 

*Lucídio Brandes é barra-cordense, piloto Esportista/Recreio, mora em São Luís (MA)

(TB
14fev2014)