Aviação Regional
“Sete” opera em duas cidades maranhenses
jornal Turma da Barra

 


Avião da Sete

A aviação regional dá sinais que se aproxima de Barra do Corda, 
a cidade da área central com maior PIB e que há mais de 30 anos tinha voos regulares para São Luís, Brasília, Rio e São Paulo

*Lucídio Brandes

A Sete começa no dia 21 de outubro a oferecer voos diretos de Imperatriz (MA) para Marabá (PA). As duas cidades serão atendidas com um voo em cada sentido as terça, quintas e sábados. Se a compra das passagens for feita com 20 dias de antecedência é possível encontrar passagens por R$ 159. As taxas de embarques não estão incluídas.

Os voos serão no avião Embraer EMB-120 com 30 lugares. A companhia Sete concentra os seus voos em Goiânia. Entre as cidades atendidas pela empresa estão Macapá (AP), Brasília (DF), Palmas (TO), Altamira (PA), Redenção (PA) e Itaituba (PA).

Sobre a SETE

A Sete foi fundada em 1976 como empresa sivamente de fretamento executivo (Taxi Aéreo). A base da empresa era o Aeroporto Santa Genoveva em Goiânia. Em 2006 a Sete iniciou voos regionais interligando Centro e o Nnorte do país. Desde setembro de 2010, a frota da empresa começou a operar com o Embraer EMB-120. Nas outras rota a companhia sua o C-208 (Caravan) com seis assentos.

(TB30out2014)

 

Artigo
Aviação Regional
Não basta reformar aeroportos

jornal Turma da Barra

 


Avião modelo Avro
que pousava em Barra do Corda

"A nossa torcida e pelo êxito do programa, 
afinal a invenção do avião e o advento de aeronaves mais confiáveis e de maior capacidade proporcionam maior segurança, diminuição do tempo de viagem, e, em alguns casos, menores tarifas em relação às praticadas até no transporte rodoviário."

*Lucídio Brandes

            É certo que a reforma e construção de aeroportos é uma condição necessária para oferta de vôos regionais no interior. Mas é suficiente?
            Para estimular os vôos nos aeroportos reformados, o governo anunciou no ano passado que pretendia dar subsídios às empresas para rotas regionais. Um ano depois, ainda não há definições claras de como será calculado esse subsídio.
            Sem essa definição poucas aéreas regionais irão se aventurar em vôos que não se vislumbre a viabilidade econômica, pois no modelo atual fica claro que não são rentáveis.
            As empresas escolhem as cidades onde vão operar com base em um cálculo de demanda das rotas, que define se os vôos serão lucrativos ou não. A Azul, por exemplo, pediu autorização da Anac para fazer vôos diários a Imperatriz. Motivo, a inauguração de uma fábrica da Suzano na cidade, que deve gerar 3,5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos.
            Uma das premissas para a viabilidade do plano para a aviação regional é sem duvida a adoção de medidas de incentivo (a companhias aéreas menores), uma delas é o subsidio financeiro aquela companhia regional, quando a linha explorada não é viável economicamente. Trata-se da suplementação tarifária, tema do Projeto de Lei 7199/02, do Senado, que tramita na Câmara.
            Todo o plano pretendido pelo governo tem que ser transparente, é preciso divulgar a sociedade como se fundamentaram a escolha dos aeroportos/cidades, estudos econômicos prévios, do impacto sobre a concorrência entre as pequenas e grandes empresas aéreas; e se foram analisados aspectos concorrenciais e de mercado nos aeroportos regionais dentro do raio de 100 km e quais as probabilidades de sobrevivência desses aeroportos no longo prazo.
            Estudos já demonstraram que não faz sentido investir em aeroportos muito próximos, pois companhias aéreas fazem previsão de capacidade com base na captura da demanda das cidades localizadas em um raio de cem quilômetros. Investimentos em aeroportos regionais com distância inferior a 100 km entre si podem inviabilizar a sustentação econômico-financeira de pelo menos um deles, acarretando desperdício de recursos públicos.
            A nossa torcida e pelo êxito do programa, afinal a invenção do avião e o advento de aeronaves mais confiáveis e de maior capacidade proporcionam maior segurança, diminuição do tempo de viagem, e, em alguns casos, menores tarifas em relação às praticadas até no transporte rodoviário. O transporte aéreo é ágil e rápido. São inúmeras as vantagens na utilização deste modal, sobretudo, o transporte com urgência – seja de pessoas e/ou mercadorias.
            Em que pese às suspeitas e duvidas que recaiam em nossos governantes e representantes, devemos ser sempre otimistas, o que não se deseja jamais é se deparar com saguões de aeroportos transformados em bares e salões de festas, situação vivida em certo momento pelo Aeroporto da Barra.

*Lucídio Brandes é barra-Cordense e piloto esportista/recreio, mora em São Luís (MA)


(TB
5fev2014)