Artigo
Mocidade para Cristo
de Barra do Corda

jornal Turma da Barra

 

A MPC procura levantar seguidores de Jesus por toda a vida, e que levarão o cristianismo com seriedade, devoção, oração, e paixão em compartilhar o amor de Cristo. A MPC está presente no Brasil há mais de 60 anos, através de diversas filiais em todo o país e sua sede em Belo Horizonte MG

            A Mocidade para Cristo é composta de dezenas de milhares de obreiros de tempo integral, obreiros de tempo parcial e voluntários, em mais de 130 países, e que trabalham em conjunto para dar, a todos os jovens, a oportunidade de ser um seguidor de Jesus Cristo.
            A MPC procura levantar seguidores de Jesus por toda a vida, e que levarão o cristianismo com seriedade, devoção, oração, e paixão em compartilhar o amor de Cristo. A MPC está presente no Brasil há mais de 60 anos, através de diversas filiais em todo o país e sua sede em Belo Horizonte MG.
            Em 1990, após a Geração 90, a MPC alcançou o Nordeste do Brasil abrindo filiais em Teresina, Campina Grande, Natal e Caxias. Desde então, temos trabalhado em nossa cidade de forma ininterrupta, tendo como carro chefe os ministérios com estudantes e os impactos evangelísticos.
            A missão do grupo é atuar no Corpo de Cristo, dedicados e comprometidos com a evangelização de jovens, apresentando-lhes a pessoa, a obra e os ensinamentos de Jesus Cristo, e discipulando-os a tornarem-se membros ativos da igreja.
            Este trabalho consiste na evangelização de jovens e adolescentes, na faixa etária compreendida entre 13 e 25 anos prioritariamente. Entendemos que foi este o ministério que o Senhor nos confiou. Na verdade a salvação de vidas depende totalmente do Pai, possível através do sacrifício do Filho e gerenciado pelo Espírito Santo. Somos apenas cooperadores nessa obra. E desejamos ser fiéis.
            Já na cidade de Barra do Corda - MA, a Mocidade para Cristo com o projeto escola da vida iniciou no mês próximo passado, na Unidade Integrada Maria Emidia Brandes Caldas, no bairro COHAB. Um grupo formados por jovens das igrejas evangélicas de Barra do Corda com a proposta de falar os temas atuais, mais com uma linguagem dinâmica e acessível aos alunos. Esse projeto desenvolve atividades contemporâneos, tais como: Palestras, lanche para professores, concurso de redação, eventos culturais e reunião com os pais...
            Durante a semana, os temas abordados na escola citada, foram: Prevenção as Drogas, Violência e Gangues, Sexualidade, Auto-Estima, Caráter e relacionamento, Vocação e Vida profissional, " Mude os hábitos mude o mundo", etc.
            Como professor, que acompanhei o evento na escola na qual eu trabalho, venho parabenizar publicamente tal iniciativa, que a juventude atendida, tenha assimilada as mensagens repassadas por esse maravilhoso grupo evangélico.
            Em nome da Unidade Integrada Maria Emidia Brandes Caldas que tem como gestora, a senhora Darlene Resplandes, através da qual venho agradecer as atividades pedagógicas executadas por este grupo de jovens conhecido como a Mocidade para Cristo ( MPC ).


A diretoria é formada por:

 

Edna Oliveira Silva - Líder da MPC de Barra do Corda - MA.

Aline da Silva Pompeu – Vice

Greyce Marques do nascimento – Tesoureira

Voluntários:

Juacy Vieira Amorim

Maurício Andrade Silva

Sarah Oliveira Costa

Dinah Oliveira Costa

Joquebede Oliveira Carvalho

Joyce Oliveira Carvalho

Keilane Carvalho Martins

Wilker Delleon da Silva Sirqueira

Jane Cleia dos Santos Sirqueira

Jaynara da Silva Santos

Amanda Lethicya da Silva

Mateus Alves Mota Leite

Melissa Lima

Moises Alves dos Anjos

Kayronn Sá Silva

Nadia da Silva Barros

Davi Ferreira Amaral Pinto

Lauzane Silva Abreu

Lais Pereira Pontes

Raissa Gomes Vieira

Ana Beatriz Oliveira

Samara dos Santos da Silva

Timoteo Lima Viana

Sergio Luiz Silva Reis Junior

Kelly Araújo Reis

Jessica Araújo Reis

Anderson da Silva Reis

Izaiane

            Esse grupo tem como lema “Ao compasso dos tempos, mas ancorada na Rocha.”

*Joab Ferreira é professor, mora em Barra do Corda (MA)

(TB31out2014)

 

Artigo
A ocorrência do assoreamento
e degradação nas margens
dos rios Corda e Mearim

jornal Turma da Barra

 


Joab Ferreira

'Faz-se urgente à tomada de medidas que revertam o processo de deterioração dos rios Corda e Mearim, como a realização de projetos de educação ambiental que conscientizem os moradores do local da importância de seu papel na conservação do rio.'

*Joab Ferreira


            Esse artigo trata sobre o assoreamento e a degradação das matas ciliares dos rios Corda e Mearim.
            A preocupação como especialista em Educação Ambiental (EA), eu Joab Ferreira vem através desse artigo sensibilizar não só as autoridades competentes mais sim, o principal instrumento para evitar o assoreamento e a degradação das matas ciliares que é a consciência da população ribeirinhas e ação através das políticas públicas voltadas para tal.
            Devido a não consciência dessa e a falta de ações públicas voltadas para a essa questão, é que a realidade é cruel e visível a olhos de todos. Por isso é que nossos rios CORDA e MEARIM dão sinais de pedido de SOCORRO.
            Se nós barra-cordenses não se conscientizarmos a tempo para tal questão citado, nossas futuras gerações como nossos filhos, netos etc não vão desfrutar dessas belezas naturais.
            Tendo como base a grande problemática ambiental nos rios Corda e Mearim, a ação antrópica é a que mais se ver nas calhas dos rios.
            Como evitar e corrigir o assoreamento e a degradação dos rios Corda e Mearim. Primeiro, conscientizar a população, segundo, a desassoreamento, terceiro, o reflorestamento das matas ciliares que na nossa linguagem de ambientalista chamamos de Impacto Positivo e, o ultimo processo, a ajuda e a sensibilização do poder público de Barra do Corda - MA.
            Faz-se urgente à tomada de medidas que revertam o processo de deterioração dos rios Corda e Mearim, como a realização de projetos de educação ambiental que conscientizem os moradores do local da importância de seu papel na conservação do rio. Com a realização deste trabalho, percebeu-se a importância da conscientização da população para a resolução de problemas ambientais.
            Quero aqui parabenizar e ao mesmo tempo aplaudir o professor Benones, pela a sua iniciativa de instigar a população de Barra do Corda, a cuidar dos nossos sofridos rios Corda e Mearim. Através do seu programa Difusora no Tempo Real, que vai ao ar de segunda a sexta-feira a partir das 9h30 às 11h da manhã. Obrigado querido professor Benones, por colaborar com a Educação Ambiental (EA).
            S.O.S os rios CORDA e MEARIM imploram!...


*Joab Ferreira é professor, mora em Barra do Corda (MA)

(TB10set2014)

 


Artigo
A experiência em grupos de jovens católicos
jornal Turma da Barra

'O desafio de se desenvolver ações em grupo faz com que os jovens experimentem a vida social a partir das suas contradições, mas também a partir das suas potencialidades de transformação. O tempo em que um grupo de jovens se mantém na ativa é correspondente à sua capacidade de encontrar respostas criativas para os dilemas que se colocam no cotidiano da vida grupal e social.'

*Joab Ferreira

            A experiência de vida em grupo parece ser inerente à condição humana. Para o bem ou para o mal, a humanidade só é o que é por conta da vivência em grupo. É essa vida grupal que nos torna seres sociais, pois nos possibilita ao mesmo tempo experimentar os sentimentos de igualdade e diferença. A ação desenvolvida está pautada na forma como esse grupo se identifica e concebe as questões sociais que o atravessam.
            Há grupos abertos e fechados, democráticos e autoritários, anarquistas e nazistas... A experiência em grupo por si só não significa que seus integrantes terão uma ação mais ou menos solidária ou tolerante entre si ou com membros de outras comunidades ou grupos. A participação mais ativa em um grupo é orientada por certa visão de mundo (guiada por posicionamentos políticos, sociais, ideológicos, religiosos etc.) que este grupo assume. De acordo com esta visão de mundo assumida, os sentimentos de igualdade e diferença experimentados por seus membros podem tomar variados significados.
            Ao ter contato com um grupo, uma pessoa, obviamente, encontra outras pessoas com rostos diferentes, personalidades diferentes, ideias diferentes das suas. Ou seja, internamente, há uma série de diferenças entre os integrantes de um mesmo grupo que, para quem participa, torna-se evidente. No entanto, externamente, na relação com outras pessoas que não pertencem ao grupo, há um sentimento de igualdade entre seus pares, tanto para quem a ele pertence, como para quem observa de fora.
            Porém a igualdade pode ser concebida como hipervalorização do grupo, pois o encontro com o diferente experimentado na vivência grupal pode fortalecer uma dicotomia entre nós e eles (já que agora encontrei os meus iguais). Por outro lado, se esta orientação apontar para outro rumo, a igualdade pode se transformar em desejo de justiça e solidariedade social, e a relação com o outro no grupo criar um sentimento altruísta de respeito e tolerância à diversidade.

            O grupo de jovens

            Os jovens se aproximam de um grupo, geralmente, através de sua rede de sociabilidade por convite ou mesmo curiosidade. Os motivos desta aproximação são dos mais variados, desde a busca por novas relações afetivas até afinidades ideológicas. A relação que o jovem tem com um grupo, de início, é sempre de experimentação: experimentam-se relações, concepções, desejos, expectativas... É com o passar do tempo que esta experimentação torna-se identificação.
            Com os jovens, o grupo tem uma função de formação identitária mais intensa do que em outra faixa etária. Em meio às diversas experimentações nas quais os jovens estão imersos (primeiras experiências com o trabalho, com a sexualidade, com as relações fora do núcleo familiar, definição dos estudos...), o grupo pode auxiliá-los na elaboração de suas identidades. Para muitos jovens, a vivência grupal torna-se uma mediação com o mundo, reforçando ou rechaçando valores veiculados pelos meios de comunicação, pelo pensamento religioso ou pelas expressões culturais estabelecidas.

            A Pastoral da Juventude

            O desafio de se desenvolver ações em grupo faz com que os jovens experimentem a vida social a partir das suas contradições, mas também a partir das suas potencialidades de transformação. O tempo em que um grupo de jovens se mantém na ativa é correspondente à sua capacidade de encontrar respostas criativas para os dilemas que se colocam no cotidiano da vida grupal e social.
            A ação da Pastoral de Juventude (PJ) revela-se em uma organização de jovens que tem por eixo central de sua ação o trabalho desenvolvido pelos grupos de base. As lideranças da PJ, em geral, iniciam sua militância no grupo de jovens e lá experimentam esses dilemas.
            Enquanto a PJ continuar a se orientar por um referencial identitário de uma igreja libertadora, que faz opção preferencial pelos pobres e aposta numa estrutura horizontal de participação social e eclesial, o grupo de base continuará a ser instrumento de resistência e anúncio de uma nova sociedade possível. A PJ continuará a formar pessoas autônomas, críticas e solidárias na medida em que permanecer assumindo sua vocação pastoral de contribuir com a formação de profetas e profetizas de um novo céu e uma nova terra.
            Este artigo analisa o discurso e a prática de jovens da Igreja Católica (IC) para apresentar uma versão das experiências e diálogos presentes no catolicismo contemporâneo. Aqui em Barra do Corda, muitos jovens participam de grupos com o idealismo de igualdade, fraternidade e liberdade.


*Joab Ferreira é professor, mora em Barra do Corda (MA)

(TB21ago2014)

 

Artigo
A importância da Geografia
no cotidiano das pessoas

jornal Turma da Barra

 

'É a Geografia que garante um espaço específico 
para o tratamento das questões sociais e ecológicas dentro das escolas, permitindo que os problemas do mundo sejam discutidos nas salas de aula.
'

*Joab Ferreira

            Ela pode nos ser útil na leitura, no entendimento desse mundo que nos rodeia, e somos cobrados a participar das soluções de seus inúmeros problemas, buscando soluções para os problemas do nosso ambiente doméstico, para nossa cidade , região , país e o mundo. Afinal estamos sempre desejando um mundo melhor.
            O campo de preocupações da Geografia é o espaço da sociedade humana, onde vivem homens e mulheres e, ao mesmo tempo, produzem modificações neste espaço, que esta em permanente (re)construção.
            Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações e muitos outros elementos constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive.
            É a Geografia que garante um espaço específico para o tratamento das questões sociais e ecológicas dentro das escolas, permitindo que os problemas do mundo sejam discutidos nas salas de aula.
            Quando os meios de comunicação mostram incessantemente imagens de terroristas agindo nos mais recônditos cantos do planeta, é possível que a escola ignore isso? E quando o clima do planeta dá sinais de alterações perturbadoras, talvez por influência da atividade industrial humana, é aceitável deixar de discutir isso? É claro que não, a não ser que a escola desista de ter entre os seus objetivos o de ajudar a entender o mundo.
            "A geografia se resume na capacidade de se entender um pouco do tudo, até mesmo do que as outras ciências não entendem." 


*Joab Ferreira é professor, mora em Barra do Corda (MA)

(TB15jul2014)

 

Artigo
A importância da educação para o desenvolvimento humano
jornal Turma da Barra

 

'A educação vem à tona como forma, sobretudo, tanto de integrar o homem a sociedade a que pertence quanto para lhe dar a oportunidade de interferir no meio em que vive'

*Joab Ferreira

            Ninguém vive sem educação. Esta é a síntese do que pode caracterizar a sociedade contemporânea, uma vez que ela está baseada no conhecimento e suas variações, a educação, portanto torna-se um fator indispensável na vida das pessoas no que diz respeito a sua inserção e interação com o meio. Afinal, o que seria da sociedade sem educação?
            Algo notoriamente presenciado é que aprender e ensinar, não importando qual o meio, está intimamente ligado com a formação e desenvolvimento do ser humano que está sempre em busca de algo, preocupado com o amanhã, sua formação, entre outros. Desta forma, a educação torna-se o ponto chave desse desenvolvimento, uma vez que ela veio exatamente para isto, suprir esses anseios, extrair do outro, completar e por tabela somar.
            De certo, é possível notar que desde os primórdios o homem viu-se nessa circunstância de “inacabamento”, o que possibilitou o seu desenvolvimento. Sócrates seria um bom exemplo disto, uma vez que quanto mais afirmava sua ignorância, mais se abria a novas ideias e lhe permitia um maior aprendizado, uma busca constante pelo saber.
            Nesse aspecto, a educação vem à tona como forma, sobretudo, tanto de integrar o homem a sociedade a que pertence quanto para lhe dar a oportunidade de interferir no meio em que vive, uma vez que diferente dos animais o homem não se adapta ao meio, mas adapta o meio para si, prova disto, pode ser notavelmente presenciada ao nosso redor no que diz respeito aos processos evolutivos em geral.
            Diante disto, podemos notar quão significativo e essencial é a educação na vida das pessoas, e que sem ela, a sociedade e o homem não teriam se desenvolvido de tal modo como às vemos atualmente. Dessa forma, o desenvolvimento do homem em seus diversos fatores sociais, culturais, políticos entre outros, faz-se necessário irrefutavelmente à educação.

*Joab é professor, mora em Barra do Corda (MA)

 

(TB20mar2014)

 

Artigo
A vida vale quanto?
jornal Turma da Barra

 

"Vendo e vivenciando, a grande violência que está a predominar ou predominou nossa querida cidade de Barra do Corda (MA), deixo aqui minha opinião e indignação"

*Joab Ferreira

            Refiro-me a vida humana, onde pretendo levar há uma pequena reflexão desse valor, onde por qualquer motivo, uma briga, uma discussão, pode levar ao falecimento de um jovem, um pai, uma mãe, um idoso, um trabalhador. A violência é grande, mas tem os seus motivos, a desestruturação de uma família, a falta de urbanização de bairros, a falta de cuidado com a educação formal e informal de jovens, fazem a vida humana ter valores insignificantes, onde uma garrafa de cerveja pode ser um motivo de um homicídio.
            Aqui em Barra do Corda ( MA) está a mercê da violência. Precisamos de regras, assim como, de tolerância, talvez a palavra mais sentida ou necessitada, não há como viver em comunidade sem haver tolerância, paciência, respeito as diferenças, inclusive de pensamento. O meio onde uma pessoa está inserida influencia, se não há perspectivas de futuro, certamente essa pessoa irá ser mal conduzida, e provavelmente será uma agente do terror, ou da desvalorização da vida.
            Mas eu acredito na perspectivas de futuro melhor pra nossa querida Barra do Corda, eu como educador, tenho que acreditar, tenho que lutar para que os nosso jovens tenha uma vida melhor, que tenha mudanças, que tenha evolução, que tenha crescimento interior, e acima de tudo uma valorização da vida. Essa perspectiva de futuro traduz-se em realização profissional, conquista de residência própria, boa formação educacional, estrutura familiar, convivência boa entre amigos e vizinhos, preenchimento do vazio por Deus, ou seja, uma religião. Os conflitos internos precisam de uma vazão, seja através de uma poesia, conto, música, esporte, precisam de espaço para serem expressados de forma sadia. As “drogas” é uma péssima conselheira.
            A escola é um dos grandes agentes de socialização, além de fornecer conhecimento formal, ensina a dar vazão a violência através de prática de esporte, e o seguimento de suas regras, aprendendo desde cedo a ganhar e a perder, sem terminar em brigas, assim como, na produção de textos, o aluno tem a oportunidade de desabafar algo que queira. A área de exatas leva ao aprofundamento do pensamento lógico, abstrato, induzindo o aluno a pensar em temas mais complexos, a solucionar problemas difíceis.
            As igrejas possuem um importante papel na valorização da vida, fazendo-a ter sentido, de modo que as frustrações sejam substituídas por serviços voluntários, ou comprometendo pessoas a ajudarem os mais necessitados, desviando o foco central do ser interno, da vaidade. É um papel importante, pois é onde se trabalha com a espiritualidade, valorizando a vida como um todo, até mesmo sendo um projeto divino, desautorizando qualquer ser humano a retirar a vida de um outro.
            Sem dúvida alguma, lutar pela vida digna em coletividade ainda é um caminho possível, com resultados à curto prazo. Vai depender da vontade de cada um.
            Vendo e vivenciando, a grande violência que está a predominar ou predominou nossa querida cidade de Barra do Corda (MA), deixo aqui minha opinião e indignação.


*Joab é professor, mora em Barra do Corda (MA)

 

(TB10fev2014)

 

Artigo
O processo de ocupação
do território maranhense

jornal Turma da Barra

 

D o artigo abaixo,
explica Joab Ferreira:

“Essa pequena síntese, foi uma pesquisa que fiz para que os cordinos conheça a origem,
ou seja, o ciclo do processo do território maranhense.
E, também para todos interessados pela história do Maranhão.
A minha pesquisa foi através do maior geógrafo e historiador do Estado do Maranhão, e um dos melhores da região norte-nordeste.
Doutor José de Ribamar Trovão, Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. E também primo legitimo do nosso eterno médico, amigo, irmão Dr: Edeomilio Salgado Trovão,
conhecido como Dr: Trovão.

*Joab Ferreira

            Se consideramos a ocupação do espaço brasileiro, especialmente do litoral, a do Maranhão se processou bem depois, embora haja registro da pirataria europeia no século 17.
            Entretanto, a vasta extensão do litoral, o cenário fisiográfico, onde o relevo colaborou para a concentração da foz dos rios no golfão maranhense, os problemas enfrentados pelas três expedições dos sucessivos donatários, a ocupação só se processou oficialmente com a presença francesa, legitimando-se no entanto após três anos, com a posse definitiva da Coroa Portuguesa.
            Os recursos marinhos fluviais e lacustres, centraram os primeiros núcleos, nos estuários do litoral ocidental e timidamente avançaram à montante dos rios, provocando um povoamento totalmente linear-ribeirinho, no máximo até os vales médios dos grandes rios: Itapecuru, Mearim, Grajaú e Pindaré.
            Um século depois foi a vez do sertão que, atravessando o Parnaíba, embora tenha tido como prioridade as pastagens também não se afastou dos rios.
            Desse modo, acentuou-se grande vazio demográfico entre o sertão de um lado e os vales úmidos e o litoral do outro.
            Coincidentemente, praticamente só após um século é que esse vazio, representado pela Amazônia Maranhense e pela mata tropical de transição, foi lentamente conquistado, no sentido leste-oeste, deixando no seu rastro de lavoura itinerante e fixação semi-nômade, caminhos ou picadas, que devido a rizicultura foram utilizados pelos caminhões: O arroz chamou os caminhões e estes forçaram a precariedade de rodovias que pelo estratégico avanço, deixaram de lado São Luís, que isolada, entrou em decadência econômica.
            Em contrapartida, o arroz revitalizou a economia rural, uma vez que os espaços vazios do algodão foram preenchidos, ao mesmo tempo que as cidades portos-fluviais se reequilibraram pelo escoamento da produção que só foi deixado de utilizá-las com a interiorização da rizicultura, fazendo surgir os pequenos povoados rurais, cuja cultura e hábitos tipicamente nordestinos se diferenciaram dos costumes de origem portuguesa. Isto criou dois perfis sócio-humanos. O antigo, português e de herança escravocrata; o novo de “virtudes”, nordestinas especialmente cearenses e piauienses.
            A cidade de São Luís sofreu, mas lucrou com essa realidade. O caos econômico sofrido pela capital fez com que a indiferença da dinâmica da ocupação urbana não se manifestasse.
            Diferente de Salvador, que teve grande parte do seu patrimônio arquitetônico comprometido pelo comercio do cacau. E de São Paulo, cujos palacetes grã-finos baseados na arquitetura francesa haviam sido destruídos para dar lugar a edifícios de gostos duvidosos, devido ao impulso provocado pela cafeicultura, São Luís, distante do espaço do arroz e tendo perdido a sua condição de cidade de exportação pelas rodovias que dela não partiram, estagnou no tempo. Isso, no entanto, teve seu grande valor, pois os seus sobradões azulejados foram conservados, as moradas – internas e meias – moradas ensolaradas e ventiladas ficaram de pé.
            Só bem mais tarde, quando as multinacionais foram atraídas pelo Porto do Itaqui, a cidade voltou a se reestruturar economicamente; entretanto, o surgimento das leis de conservação do patrimônio, de órgãos oficiais como o IPHAN, protegem a arquitetura. Sem saída, a expansão urbana atravessou a foz dos rios Anil e Bacanga e no outro lado, se verticalizou, se modernizou.
            Como resultado de tudo isso surgiu uma cidade impar, com espaços distintos entre o antigo e o novo, cuja harmonia não foi prejudicada, graças à suavidade da foz dos rios já citados.
            Desse modo, a ocupação que se processou pelo Golfão e pelo Sertão, embora tenha isolado a capital, como “arrependida” voltou-se para a ilha, para a ilha do Amor- Patrimônio Cultural da Humanidade e Capital Brasileira do “ reggae”, justa homenagem àqueles que a construíram com o seu suor – os negros.

*Joab é professor, mora em Barra do Corda (MA)

 

(TB1fev2014)

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