Especial
Fernando Falcão é homenageado pelos 30 anos
Amigos e simpatizantes de Fernando Falcão na praça Melo Uchoa
próximos ao busto na terça 9 de fevereiro
por Heider Moraes
Um grupo de barra-cordenses se reuniu às 17h da terça 9, na praça Melo Uchoa, para prestar homenagem ao prefeito Fernando Falcão (1973 a 1977), que faleceu na capital paulista há 30 anos, no dia 9 de fevereiro.
(TB10fev2010)
O grupo formou um círculo em torno de dona Rosita Falcão, esposa de Régis, irmão de Fernando, para rever fotos históricas e relembrar músicas da época do ex-prefeito cordino.
Em seguida, o ex-vereador Zezico tomou a palavra e disse que há 30 anos aquela praça estava com o coração dilacerado pela dor. “Fernando marcou a história como poucos”, afirmou.
Para o ex-vereador Adalberto Brasil, a data faz com todos lembremos que choramos a morte de um líder e que novos líderes, depois de 30 anos, ainda não encontramos.
A enfermeira, dona Raimundinha Abreu, lembrou que trabalhou com Fernando no Incra, e afirmou que que até hoje não apareceu ninguém igual: simples e carismático.
O vereador Adão Nunes (PDT), único vereador dos atuais presentes, disse que na época do falecimento do Fernando ele tinha dez anos e morava no Centro dos Ramos, mas viu de perto a pessoa que ele era.
Observou que Barra do Corda não teve um líder igual a Fernando. E concluiu: “Hoje o que predomina é o poder econômico.”
Enio Pacheco destacou que na década de 70 os barra-cordenses tinham direito a ser oposição. Hoje não podemos ser mais oposição, alertou.
Caboclinho que trabalhou com Fernando nos caminhões da família Falcão disse que o que aquele homem fez por mim ninguém fez mais.
Sidney Filho, que representava a Academia Barra-Cordense de Letras, assegurou que Fernando nasceu com a marca do ímpeto político.
O maestro Joaquim Bílio disse que na época do Fernando ele deu total apoio a música, juntamente com Jaldo Santos. Sublinhou que Fernando sabia conquistar amigos. Acrescentou que se ele existisse, a política estaria num ponto máximo em Barra do Corda.
O ex-vereador Tonheira disse que estava revestido de uma grande tristeza. Fernando era um lutador, um batalhador. Morreu em nome de todos.
Jaldo Santos, que foi secretário de administração de Fernando, disse que o prefeito Falcão era um grande amigo, primava pela liberdade e lembrou que juntamente com Fernando e Alcione construíram 16 colégios. E arrematou: “Hoje é um dia de saudades.”
Dona Rosita Falcão, que representou a família Falcão, disse que estava muito emocionada com as homenagens e que sentia “muita tristeza”. Afirmou que há 30 anos, a notícia do falecimento do Fernando foi recebida no seio da família como uma “tragédia”. E completou: “A partir do falecimento de Fernando, também dona Aurora começou a morrer também.
Observou que dona Aurora era muito forte, não sei como ela resistiu naquele dia em São Paulo, pois era também o seu aniversário.
Pelas ruas da Barra, o legendário locutor Iriodes Ramos Mandu, que há 30 anos anunciou a morte de Fernando num carro de som, mesmo adoentado quis repetir desta vez como uma homenagem particular.
No final da tarde de terça 9, Mandu saiu pelas ruas da cidade, de bairro em bairro, lembrando que àquele dia, há 30 anos, Barra do Corda perdia um filho como poucos: que seu nome era Fernando Falcão.
- Adeus Fernando Falcão, pronunciava com emoção.
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