Goleadas e vitória maranhense
na Copa São Paulo

jornal Turma da Barra

Por Fagner Barbosa


            O time do Juventude encerrou sua participação na Copa São Paulo com mais um triunfo adverso. Desta vez a terceira goleada sofrida foi para o Cacerense (MT) por 6 a 0. Em três jogos, o time sofreu 19 gols e não conseguiu marcar nenhum, registrou o pior saldo de gols dentre todos os 92 participantes.
            Sem chances de classificação o Marabuna (metade Marília-MA e metade Itabuna-BA) jogará hoje contra o Ji-Paraná somente para cumprir tabela.
            O IAPE garantiu a primeira vitória aos maranhenses, derrotou o time União Barbarense (SP) por 3 a 1.
            Apesar de obter os mesmos 3 pontos que os dois concorrentes diretos, o IAPE garantiu o segundo lugar do grupo pelo critério de desempate (saldo de gols). Mesmo estando em segundo, os 3 pontos não garantiram a classificação entre os nove melhores colocados do torneio.
            O time começou a copinha jogando nervoso, depois fez uma grande partida contra o Cruzeiro – MG, perdendo somente no final do jogo e encerrou sua participação com uma grande vitória.
            O IAPE foi o time que melhor representou os maranhenses. Este é o futebol de base do Maranhão a ser observado. Vale ressaltar que o time recebeu um convite da Federação Paulista de Futebol para participar da Copinha. Parabéns IAPE!

(TB/12/jan/2011)

 

 

Só deu times maranhenses
na tela da TV

jornal Turma da Barra

O placar é de 23 a 4 para os adversários em seis partidas

Por Fagner Barbosa


            Devido à grande importância dos adversários dos times maranhenses na Copinha, as partidas foram transmitidas ao vivo e reprisadas. Os jovens jogadores maranhenses pareciam assustados com a grandiosidade do torneio e o barulho das torcidas paulistas. Os atletas se esqueceram de apresentar o bom futebol e só apareceram na telinha da TV.
            Uma derrota seguida de outra, assim vão seguindo os times maranhenses na Copinha.
            Nos dois jogos do Juventude foram só goleadas, pena que para os adversários. O time sofreu um revés de 5 a 0 para o Barueri e teve a rede balançada 8 vezes pelos corintianos. O clube cumprirá tabela no dia 11, contra o Cacerense (MT) as 19h00, na Arena Barueri. O Juventude amarga o pior saldo de gols da competição, menos treze. Que este número seja de sorte no último jogo, fazendo com que o time possa não só fazer o gol de honra, como também vencer a partida.
            O Itabuna/Marília, que passou por uma intensiva preparação na cidade de Imperatriz, começou o torneio perdendo de 1 a 0 para o Inter de Limeira (SP). Já no segundo jogo, enfrentou o São Paulo (atual campeão) e fez o primeiro gol dos maranhenses, porém terminou a partida perdendo por 3 a 1. Sem chances de classificação para a próxima fase, o Itabuna/Marília cumprirá tabela contra o Ji-Paraná, quarta 12, as 19h, na cidade de Limeira.
            Enquanto isso, no grupo O, o IAPE (Instituto Avançado de Pesquisas Educacionais) de São Luís, começou sua participação na Copinha com uma derrota para o União São João por 3 a 1. No segundo jogo, contra o Cruzeiro, o time começou na frente aos 3 minutos, logo sofreu a virada, mas jogou de igual para igual chegando ao empate, no final os mineiros garantiram a vitória. O próximo confronto do clube será hoje, às 19h00, contra o União Barbarense.
            Apesar de duas derrotas, o IAPE marcou 3 dos 4 gols maranhenses na competição e vencendo o último jogo, pode ainda sonhar com uma classificação caso o Cruzeiro também vença. Seguindo a matemática com esses resultados, o Cruzeiro seria líder, com 9 pontos e cada um do três times concorrentes diretos somariam 3 pontos, sendo então definido o segundo colocado pelo saldo de gols. Pelo volume de jogo e poder de reação que o IAPE apresentou contra o Cruzeiro (um dos favoritos ao título) o time poderá vencer, convencer e garantir o segundo lugar no grupo.

(TB/10/jan/2011)

 

 

Copa São Paulo tem dois times e meio do Maranhão
jornal Turma da Barra

Na Copa São Paulo Júnior, maior competição do futebol brasileiro na categoria de base,
a qual reúne 92 times de todos os estados brasileiros, 
o Maranhão é representado por dois times e meio: 
Juventude, IAPE e o Marília, 
que fez parceria com o Itabuna, da Bahia.


Por Fagner Barbosa


            A Copa São Paulo de Futebol Junior é a maior competição das categorias de base no Brasil. São 92 times que representam todos os estados do Brasil. Estão divididos em 23 grupos, onde os líderes e os nove melhores segundo colocados avançam para a segunda fase.
            O Maranhão será representado por dois times e meio.
            O primeiro é o Juventude, atual campeão da Copa Federação Maranhense de Futebol Sub-18. O segundo representante é o IAPE que foi convidado pela Federação Paulista de Futebol. Já o terceiro selecionado maranhense enviado à competição é o Marília. Uma das melhores equipes de base do futebol maranhense fechou parceria com o Itabuna-BA. Os jogadores maranhenses defenderão as cores do time baiano.
            O primeiro jogo do Juventude será hoje, às 16h contra o time de Barueri, na arena da cidade.
            O time está no Grupo C – juntamente com o Cacerense e o Corinthians, maior campeão da copinha (sete títulos). O gramado da Arena Barueri está em perfeitas condições, garantindo assim um bom espetáculo.
            O “Marabuna” – mistura de Marília (MA) com Itabuna (BA), jogará hoje com o Inter de Limeira(SP), as 19h. O time está no grupo M, ao lado do Ji-Paraná (RO) e do atual campeão da Copa, o São Paulo Futebol Clube. O time teve forte preparação na cidade de Imperatriz.
            A cidade de Araras (SP) é a sede do Grupo O. O maranhense Iape jogou ontem contra o União São João (SP) – foi derrotado pelo placar de 3 a 1. Completam o grupo o União Barbarense (SP) e o Cruzeiro (MG).  O próximo jogo do Iape será contra o Cruzeiro, dia 07, às 19 horas.
            Sorte e arte no futebol a ser apresentado pela garotada brasileira nas cidades paulistas.

(TB/5/jan/2011)

 

 

Desrespeito:
De volta para casa após noite na fila

jornal Turma da Barra

Uma moradora do Ipiranga, e seis outras pessoas,
depois de passarem uma noite na fila em frente ao posto de Saúde da Tresidela,
não são atendidas e as senhas sob protestos vão para escolhidos da politicagem.


*Fagner Barbosa


            Uma moradora do povoado Ipiranga, Maria Vitória Brito, viúva, 49 anos, saiu rumo à UBS - Unidade Básica de Saúde de Barra do Corda, nas primeiras horas desta quarta 11 porque necessitava de um atendimento emergencial odontológico para sua filha Mônica Brito, 12 anos, estudante da 5ª série.
            Desembarcaram na cidade na manhã de quarta-feira, hospedaram-se na casa de amigos e durante à tarde descansaram para que no início da noite fosse fazer plantão na porta da UBS na Tresidela.
            A mãe chegou à porta da UBS por volta da meia noite, onde passou toda a madrugada. Na manhã desta quinta 12, uma informação desanimadora: o funcionário disse que as quatro senhas que são distribuídas pela manhã já tinham dono e, somente restavam outras quatro para o período da tarde.
            Além da dona Maria Vitória, mais seis pessoas pernoitaram em frente a UBS, uma delas é moradora do povoado Três Lagoas do Manduca. “Passamos toda a noite sentada à beira da pista enrolados em cobertor para chegar a essa hora e ouvir um não”, disse indignada Maria Vitória.
            Descaso como esse no atendimento ao público leva de imediato à irritação misturada com indignação: “Deveriam informar que as senhas já haviam sido distribuídas, assim não passaríamos a noite toda aqui esperando por um milagre. Só consegue atendimento quem adula esse povo” [em referência ao prefeito], observou a ipiranguense.
            O funcionário da UBS ao ouvir as queixas tornou a informar que as senhas já haviam sido distribuídas: “Minha senhora, aqui é assim mesmo. Esse povo quando diz que pau é pau e pedra é pedra não tem para onde correr. A dentista é neta do prefeito”.
            Mas dona Maria Vitória estava inconformada, elevou o tom, disse que tinha vindo do Ipiranga, passado à noite em claro, e arrancou uma senha para o período da tarde. Mas teve que desistir do atendimento, pois não poderia perder o carro de volta para casa, estava preocupada com seus outros dois filhos de 8 e 13 anos a esperavam.
            Dona Maria Vitória disse que tentará voltar no final do próximo mês de setembro, e a filha será obrigada a aguentar a dor de dente, pois irá rezar e pedir a Deus para que tudo dê certo na próxima vez.
            Fica a seguinte indagação: Se no posto conhecido como UBS para se conseguir atendimento é assim, imagine como deve ser no hospital geral Edison Lobão, localizado na Altamira.
            Barra do Corda tem fama de que o paciente ao conseguir ser atendido, já saia com virose como diagnóstico. E a frase surrada que a maioria costuma ouvir: Leve pra casa, substituída para uma outra: Tira pra fora porque aqui não tem jeito.
            Enquanto a campanha política mostra sua cara com berrante volume de carros de som e foguetes pela cidade, clima de festa nas ruas de Barra do Corda, anunciando ao que parece mais o poder dos imperadores, que regem a política, o povo humilde, principalmente vindo dos longínquos povoados, enfrenta fila durante a noite toda para ao amanhecer e ouvir que não será atendido, pois outras pessoas foram escolhidas por meio da injusta e malévola politicagem.

*Fagner Barbosa é jornalista, mora em São Paulo (SP)

(TB/13ago2010)

 

 

Educação pública de Barra do Corda é reprovada
jornal Turma da Barra

*Fagner Barbosa

 

Segundo o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB), que é subsidiado pelo desempenho nas avaliações da Prova Brasil ao lado das taxas de aprovação em  cada município, estado, Distrito Federal e, conseqüentemente do Brasil, a educação pública de Barra do Corda piorou excessivamente nos últimos anos.  A avaliação da “Prova Brasil” é realizada de  2 em 2 anos pelo Ministério da Educação e avalia alunos de 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental da rede pública e urbana de ensino desde 2005,  a segunda avaliação foi aplicada no ano de 2007 e terá seu terceiro teste aplicado no segundo semestre de 2009.

     Do ensino de 1ª  a 4ª série, a situação das escolas públicas de Barra do Corda é a seguinte: A UE Edison Lobão é a escola que mais decaiu referente à primeira avaliação realizada em 2005, foram 0,8 décimos perdidos em sua nota final, seguida pelas escolas UI Deputado Galeno Edgar Brandes, UI Frei Jezualdo Lazzari e CE Dom Marcelino de Milão com 0,6 negativos, logo atrás a escola UI Isabel Cafeteira com menos 0,5 , a UI Frederico Figueira com - 0,4  seguida pelas escolas UE Maria Emídia Brandes Caldas com - 0,2 e pela UI José Nogueira Arruda com - 0,1. A UI Deusdedith Cortez Vieira da Silva foi a única escola que manteve o mesmo nível, pois tanto em 2005 quanto em 2007, obteve a nota 2,8 nas avaliações.

     Há  também as escolas que melhoraram o índice de avaliação: O melhor resultado foi da UI Santo Antônio, elevando a nota em 6 décimos, seguida pela UE Leoneis Chaves Freitas que acrescentou 4 décimos, pela escola UE Professora Otavia Bandeira que somou 3 décimos, pela escola UI Governador Luiz Rocha que acresceu 2 décimos e pelas escolas UI Enoc Vieira, UI Maria Safira da Silva e UI Professor Galeno Edgar Brandes que melhoraram em apenas 1 décimo.

     Com relação às que atendem da 5ª a 8ª série, são onze escolas públicas, destas, apenas três melhoraram a nota referente à  avaliação anterior. A UI Isabel Cafeteira foi a que melhor aprimorou sua nota, acresceu 3 décimos, seguida pelo CE Ardaliao Américo Pires e CE Dom Marcelino de Milão que acresceram 2 e 1 décimos, respectivamente.

     Na lista das oito escolas que despencaram na avaliação a liderança foi obtida pela UI Deputado Galeno Edgar Brandes que perdeu 1,6 em sua nota. Em seguida a escola UI Professor Galeno Edgar Brandes que subtraiu 0,9 e o CE Pio XI que perdeu meio ponto, com menos 0,4 a UI Deusdedith Cortez Vieira da Silva e a UI Maria Safira da Silva, com menos 0,3 a Unidade Integrada Enoc Vieira e o CE Wolney Milhomem – CAIC e com 0,2 abaixo da nota anterior a UI Frederico Figueira completando a situação das escolas públicas de Barra do Corda. As escolas CE João Pedro Freitas da Silva e CE Arlindo Ferreira de Lucena por serem escolas novas participarão da avaliação pela primeira vez este ano.

     A média da nota obtida por Barra do Corda de 1ª a 4ª série é 3,2 e de 5ª a 8ª série é 3,1. Este resultado é o pior em se comparando a algumas cidades da região. Lendo-se primeiramente a nota equivalente de 1ª a 4ª série e posteriormente de 5ª à 8ª série: Dom Pedro possui média 3,5 e 3,7 – Grajaú 4,6 e 3,4 – Porto Franco 4,5 e 4,0 – Fernando Falcão 4,1 e 3,5 – Jenipapo dos Vieiras 3,8 e 3,1 Presidente Dutra 3,4 nas duas classes.

 

Veja no quadro abaixo as notas obtidas pelas escolas e as metas para a prova que será realizada ainda este ano:

 

1ª  a 4ª série

 

5ª  a 8ª série

 

 

2005

2007

Meta 2009

2005

2007

Meta 2009

CE Dom Marcelino de Milão

3.8

3.2

4.2

3.0

3.1

3.1

CE Ardaliao Américo Pires

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3.5

3.7

3.7

CE Pio XI

********

*******

*******

4.0

3.5

3.5

CE Wolney Milhomem - CAIC

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*******

*******

3.6

3.3

3.3

UI Frederico Figueira

4.7

4.3

5.1

4.2

4.0

4.0

UE Edison Lobão

3.4

2.6

3.8

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*******

*******

UE Leoneis Chaves Freitas

3.5

3.9

3.9

********

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*******

UE Maria Emídia Brandes Caldas

3.2

3.0

3.6

********

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*******

UE Professora Otavia Bandeira

3.0

3.3

3.4

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UI Deputado Galeno Edgar Brandes

3.5

2.9

3.9

3.9

2.3

2.3

UI Deusdedith Cortez Vieira da Silva

2.8

2.8

3.2

2.9

2.5

2.5

UI Enoc Vieira

2.8

2.9

3.2

3.1

2.8

2.8

UI Frei Jezualdo Lazzari

3.5

2.9

3.9

********

********

*******

UI Governador Luiz Rocha

3.6

3.8

4.0

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********

*******

UI Isabel Cafeteira

3.4

2.9

3.8

2.9

3.2

3.2

UI José  Nogueira Arruda

3.5

3.4

3.9

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********

*******

UI Maria Safira da Silva

2.9

3.0

3.3

3.0

2.6

2.6

UI Professor Galeno Edgar Brandes

3.3

3.4

3.7

3.7

2.8

2.8

UI Santo Antônio

2.9

3.5

3.5

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Fonte: IDEB

* Fagner Barbosa é estudante de comunicação social - jornalismo, mora em São Paulo

 

 

Artigo
Escravos de todos os séculos
jornal Turma da Barra

 

*Fagner Barbosa

            O mês de maio já se foi e com ele uma data marcante, o dia 13, da assinatura da Lei Áurea em 1888, quando pôs fim a escravidão da população negra. Esta data perdeu um pouco o seu valor devido ao dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, que marca a morte de Zumbi dos Palmares, um quilombo que resistiu intensamente em defesa da liberdade de um povo oprimido.
            O Brasil já teve 80% de sua formação composta pela etnia negra. Hoje em dia, a ação de libertação vai além da etnia, mas não podemos deixar de mencionar que não há discriminação pela tonalidade da pele, porém, ela se torna invisível perante o auto poder aquisitivo.
            Tentar corrigir as ações erradas no passado para com a classe afro-descendente como cotas nas universidades e até nas passarelas dos mais renomados desfiles de moda é um dever do Estado, pois isto demonstra a busca pela igualdade e a descentralização de renda daquele que projeta ser um país de fato democrático.
            Passado fevereiro, o mês da fantasia que é o carnaval brasileiro, onde hoje em dia muitos foliões se fantasiam de políticos e satirizam as ações tomadas pelos mesmos e para o benefício do próprio político, caso recente do senador José Sarney (PMDB), mesmo morando em residência própria e com outra oficial a seu dispor, recebia uma verba de 15 mil reais para por nós contribuintes com a finalidade de custear despesas de moradia.
            Na época da escravidão a comemoração do carnaval não foge muito da atualidade, os proprietários dos negros os libertavam para que pudessem sair pelas ruas brincando o carnaval e sonhando com a liberdade. Os negros tiravam o uniforme de xita e vestiam as roupas e calçavam os calçados dos brancos. Uma felicidade imensa mesmo que por algumas horas.
            Após serem completados 121 anos da Lei Áurea, podemos ver que o mês de maio abre as comemorações de uma libertação inesgotavelmente perseguida por todos aqueles grupos da sociedade que são reféns de um modelo social fincado pela estaca da regalia e do poder. Não importa se é índio, negro ou branco, gay, protestante ou do candomblé, morador da favela do Morumbi, nordestino brasileiro ou do Congo, a escravidão sempre pairar sobre os pobres. Não é mais surpresa numa época em que pouquíssimas pessoas ditam as ordens, na verdade àquelas que detêm a totalidade das riquezas geradas. Assim, as sucessivas centenas de pessoas dessa “geração poderosa” poderão desfrutar do conforto sem se preocupar com o escargot ou caviar que virou detrito, enquanto isso os milhões de menos favorecidos estão revirando as latas de lixo em busca de saciar a fome.
            A falta de poder é sinônimo da escravidão.

*Fagner Barbosa é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, mora em São Paulo

(TB/30/maio/2009)

 

 

Barra perde 253 vagas
no mercado de trabalho

jornal Turma da Barra

 

*Fagner Barbosa


            Durante 2008, Barra do Corda fechou com saldo negativo no mapa do emprego divulgado pelo ministério do Trabalho. Na estatística oficial, a cidade perdeu 253 vagas de trabalho: foram admitidos 984 trabalhadores, mas demitidos 1.237.
            O setor agropecuário foi o que mais demitiu na Barra com saldo negativo de 157 desempregados. A indústria também apresentou um quadro negativo, com 128 postos de trabalho a menos. O setor de serviços contribuiu com apenas dez postos de trabalho fechados.
            No comércio, houve um saldo positivo: gerou 143 admissões e demissão de 102 trabalhadores. Em Serviços e Utilidade Pública, houve admissão de 3 trabalhadores, mas 2 foram demitidos.
            Entre as cidades maranhenses que mais desempregou está Barra do Corda com saldo negativo de 253 menos trabalhadores no ano de 2008. Em segundo lugar, está Santa Luzia com 112. Tuntum, menos 52. São José de Ribamar, menos 24. Coroatá, menos 15. Barreirinhas, menos 11. Amarante do Maranhão, menos 2 e São Domingos do Maranhão, menos 1.
            A capital São Luís lidera o ranking da que mais empregou em 2008: gerou 10.907 empregos. Em seguida, vem Imperatriz com 1.989. Timon, 441. Santa Inês, 314. Açailândia, 166. Bacabal, 260. Caxias, 258. Presidente Dutra, 201. Codó, 185. Viana, 51. Pedreiras, 50. Grajaú, 20. Colinas, 13. Cururupu, 7 e Penalva com saldo de 1 emprego.

*Fagner Barbosa é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, mora em São Paulo

(TB/9/fev/2009)

 

 

Viagem tensa
de Barra do Corda a Grajaú

jornal Turma da Barra

 

*por Fagner Barbosa


            Viagem significa passeio, excursão, turnê. Mas quando trafegamos entre Barra do Corda e Grajaú podemos dizer que o trecho indígena significa aversão do que chamamos de viagem.  Eu estava com a passagem reservada para a noite de segunda 5. Mas com os últimos acontecimentos, achei melhor antecipá-la para que fosse feita durante o dia.
            Foi quando saí num microônibus às 14h, o veículo transportava 17 passageiros, além do motorista. Com o bate-papo informal, observei que a grande maioria viajaria no período noturno e por precaução decidiu viajar durante o dia, “os atos dos índios” era o assunto que pairava.
            Por volta das 16h, após a passagem do povoado Santa Maria, começou o temor de todos os passageiros, pois viria à frente o percurso mais vagaroso de todo o trajeto, que é travado pelas inúmeras lombadas seqüenciais e rodeado de aldeias indígenas.
            Entre as aldeias Betel e Coquinho pude ver que um carro à frente fazia o retorno e quando se aproximou, o motorista nos avisou gritando: “os índios estão fechando a estrada”. Foi então que o motorista do microônibus seguiu adiante e observei que se tratava de um índio que caminhava no meio da estrada rumo ao microônibus e tinha a sua mão uma foice e a companhia de duas índias que tentavam impedi-lo de querer parar o automóvel.
            Lá adiante, na outra ponta da estrada uma caminhonete de cor verde dava meia volta no sentido de Grajaú. Naquele momento de decisão alguns passageiros começaram a gritar “vai em frente e passa por cima”. Outros berraram: “Dá meia volta! Dá meia volta”.
            O momento era tenso, um dos raros em que esqueci da câmera fotográfica, falei ao motorista não passe por cima, os índios estão na mata e logo à frente eles poderão fechar a estrada. O motorista foi rumo ao índio a fim de amedrontá-lo e logo acelerando desviou. O índio ainda tentou impedir a passagem de dois automóveis que também conseguiram passar e durante todo o trajeto indígena seguimos em comboio.
            Avistei alguns índios na mata que só olhavam o que estava acontecendo. Após o susto, alguns passageiros riam, outros falavam da cara de pau dos índios de atacarem a fim de se apoderarem dos bens que não os pertence e até mesmo dos abusos cometidos. Um passageiro chegou a dizer: “sempre somos vítimas, quando matamos um cabra desses a lei os defende”.
            O problema é grave e se arrasta por décadas, fazendo com que a região de Barra do Corda perca em desenvolvimento e progresso. A solução parece difícil, pois a moral dos governantes praticamente não existe, sabem dos inúmeros fatos ocorridos e cruzam os braços, fingem-se de cegos ou pior não assumem nem a responsabilidade, continuando assim o jogo de empurra-empurra que não tem hora para acabar.

*Fagner Barbosa é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, mora em São Paulo

(TB/9/jan/2009)

 

 

Maurren mágica
jornal Turma da Barra

 

*por Fagner Barbosa


            Depois de 24 anos, o Hino Brasileiro foi ouvido no Estádio Olímpico. A medalha de ouro conquistada a pouco pela brasileira Maurren Maggi traduz a superação de quem em 2003 foi suspensa das competições internacionais por doping causado por um creme que foi usado para depilar as belas pernas da brasileira. Após esta frustração, Maurren pensou em desistir das competições e o tempo a mostrou que ela deveria continuar, pois a sigma de vencedora a perseguia sempre e uma campeã nunca pode desistir de seus sonhos.
            Durante o Troféu Brasil de Atletismo realizado em Março, no Estádio do Ibirapuera, perguntei a Maurren Maggi, após brilhar como uma das líderes no ranking mundial, logo depois ter sido afastada, neste seu retorno qual é o seu grande sonho? Ela simplesmente respondeu: “Dar a volta por cima, sendo campeã olímpica”.
            Hoje, sexta 22, o Brasil acordou do pesadelo de algumas decepções, Maurren Maggi se tornou a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha de outro olímpica em esporte individual, saltou 7m4cm, apenas 1cm a mais que a russa Lebedeva.
           
Um campeão olímpico não pode ter apenas o melhor preparo físico, jogar com a mente, pressionar e suportar pressões faz parte das qualidades de um campeão.

*Fagner Barbosa é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, mora em São Paulo

(TB/22/ago/2008)

 

 

Nossos atletas
nas Olimpíadas de Pequim

jornal Turma da Barra

 

*por Fagner Barbosa

 

            Nas Olimpíadas de Pequim, a delegação brasileira que é composta por 277 atletas, estarão 4 atletas maranhenses:
            Da cidade de Codó, o atleta que completou 23 anos no último dia 20, José Carlos Moreira que irá participar dos 100m e revezamento 4x100.
            São Luís é a origem dos outros três atletas maranhenses. A zaga da seleção de futebol feminino será mais uma vez responsabilidade de Tânia Ribeiro Maranhão, 33 anos, atleta medalha de prata em Sidney e ouro no Pan do Rio de Janeiro.
            Na equipe de handebol feminino, teremos Ana Paula Rodrigues, 20 anos, que teve o grande feito de entrar na seleção e garante que será a sua estréia em Olimpíadas de muitas que virão.
            Na natação teremos Henrique Barbosa, 24 anos, que garantiu a disputada vaga  nos Jogos Pan-americanos do Rio. Irá cair na piscina para disputar os 100m peito e também fazendo parte da equipe de revezamento 4x100m medley.
            A atleta Iziane Castro Marques, seria a quinta representante maranhense, porém, por problemas de relacionamento foi cortada da seleção de basquete pelo técnico Paulo Bassul.
            O Piauí será representado por dois atletas de Teresina, o maratonista José Teles de Souza, 37 anos e a judoca Sarah Menezes, de apenas 18 anos que disputará a categoria ligeiro (-48kg).
            A cidade de Belém (PA) levará a Pequim o boxeador Myke Carvalho, 24 anos, que concorrerá a categoria meio-médio ligeiro (-64kg) - garantiu a classificação no 2º Torneio Pré-olímpico continental, na Guatemala, em abril de 2008. Outra atleta de Belém é Luana Moreira da Cunha Faro, 18 anos, que fará parte da equipe de Ginástica Rítmica.
            O Ceará enviará dois representantes de Fortaleza: Thiago Monteiro, 27 anos, irá disputar o tênis de mesa e também Márcio Henrique Barroso que fará dupla com o capixaba Fábio Luiz na disputa por medalhas na modalidade vôlei de praia.
            A Distrito Federal, levará 10 atletas a Pequim, sendo 5 homens e 5 mulheres. Com destaque para Hudson de Souza que disputará os 1.500m. - Marílson Gomes dos Santos que irá correr os 10.000m e maratona – os judocas Luciano Correa que irá disputar a categoria meio-pesado (-100kg) e Érika Miranda que lutará na categoria meio-leve (-52kg) – No Trampolim de 3m. Cesar Castro e a ponteira da seleção de voleibol feminino Paula Pequeno. Todos os atletas brasilienses citados são real chance de medalhas.
            Segundo o COB – Comitê Olímpico Brasileiro, o Estado do Tocantins não enviará nenhum atleta às Olimpíadas de Pequim.
            Durante pouco mais de duas semanas estes e muitos outros atletas ajudarão a preservar e fortalecer o espírito olímpico e você não pode ficar de fora desta emoção.  Acompanhe e torça.

*Fagner Barbosa é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, mora em São Paulo

(TB/8/ago/2008)

 

 

Olimpíadas de Pequim
jornal Turma da Barra

 

*por Fagner Barbosa

 

            Dia 8 de Agosto de 2008, o mundo voltará a sorrir e se emocionar um pouco mais com as Olimpíadas de Pequim.
            O maior evento do mundo capaz de reunir diferentes culturas e colocar frente-a-frente atletas, representantes de seus países que podem estar em crise econômica onde as pessoas não têm emprego e conseqüentemente dinheiro para comprar alimentos, outras sentem a necessidade ao acordar, pois não tem o que comer e nem água para beber.
            O mundo vem sofrendo com a mão pesada da natureza, passando por ataques terroristas sendo numa guerra aberta e documentada ou até mesmo numa guerra fria e não declarada onde muitos inocentes são encontrados vítimas de balas perdidas, guerras estas organizadas por milícias ou facções criminosas e mantida pelo tráfico de pessoas e de drogas.
            Isto é um pouco da realidade deste mundo que nos cerca e que será um pouco deixado de lado, pois o sorriso da conquista, a emoção, a vibração, as lágrimas de ter deixado escapar a tão sonhada medalha olímpica, a certeza de ter alcançado o objetivo, a garra e a superação serão divulgadas a todo instante durante a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, que terão a participação de diversos povos de quase todos os países, unindo as mais variadas culturas e crenças com um único objetivo, fazer o melhor em respeito ao seu país.
            A China é o palco da vez. O país está parado! Não produz e não constrói em função da melhoria das condições do ar. O país comunista abusou da modernidade, como exemplo o Aeroporto de Pequim, segundo a agência de notícias Xinhua está pronto para receber os mais de 100.000 passageiros que irão ver de perto as Olimpíadas e ao desembarcar o comprimento de boas-vindas ficarão por conta dos robôs caracterizados com trajes dos mascotes olímpicos e que também auxiliarão a todos os questionamentos dos visitantes com tradução em cinco línguas. Durante o vôo, os passageiros assistirão um vídeo que relata como devem se locomover e utilizar as dependências do Aeroporto de Pequim. No último dia 27, o Comitê Organizador informou que os ingressos foram esgotados.
            Fatos ficarão marcados na memória e registrados na história do esporte, pois cerca de mil jornalistas foram credenciados pelo Comitê Olímpico Internacional a realizarem a cobertura do evento.
 
            Os primeiros componentes da delegação brasileira que chegaram na manhã de terça 29, à Vila Olímpica, foram três mulheres e três homens que formam a equipe de Remo, grupo liderado pela brasiliense Camila Carvalho e pelo capixaba Thiago Almeida. 
            Nas Olimpíadas de Pequim, o Brasil bateu recorde de atletas inscritos, o país será representado 277 atletas, 30 a mais que em Atenas 2004, onde foram conquistadas 5 medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze, totalizando 10 medalhas que asseguraram a 16ª posição no quadro geral de medalhas (melhor posição do Brasil em Olimpíadas). Segundo Carlos Artur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, os brasileiros podem esperar mais desta Olimpíada, “fizemos um trabalho de melhoria na qualidade dos atletas e com o PAN no Rio de Janeiro, tivemos como aperfeiçoar o trabalho realizado durante quatro anos e vamos conquistar mais medalhas e uma melhor posição na tabela”. 
            Assim como em Atenas, as grandes estrelas e prévias certezas de conquista de medalha de ouro, podem falhar, seja por inexperiência, falta de concentração ou até por não suportar a pressão pelo favoritismo ou confiança depositada.
            Por outro lado, surpresas sempre serão bem-vindas, como a pernambucana e medalhista de ouro no Pan 2007 - Yane Marques, atleta do pentatlo moderno. Esta medalha poucos a esperavam até mesmo por desconhecer Yane e mesmo a modalidade que exige além de corrida e natação, o tiro, a esgrima e o hipismo, muita exigência técnica e estrutural para uma atleta do interior do Nordeste. Assim é mais valioso e melhor reconhecido!
            Esperamos que não haja pânico causado por rebeldes e grupos terroristas e que a batalha seja somente entre as quatro linhas, nas quadras, tatames, águas e ringues, onde o vencedor seja o torcedor que poderá acompanhar o espetáculo “esporte” que será apresentado de Pequim para o mundo.

            Ficaremos na torcida por todos os atletas e que o Brasil seja agraciado pelas medalhas de acordo com o nível de investimento.
            Boa sorte a todos.

Fagner Barbosa é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, mora em São Paulo

 

 

Sport jogou bonito
e se tornou campeão

jornal Turma da Barra

 

*por Fagner Barbosa

 

Os corintianos ficaram aflitos e o Sport se tornou o primeiro time do Nordeste
campeão da Copa do Brasil


Sport – Campeão da Copa do Brasil 2008
 

            Do sétimo andar da Universidade Paulista, campus Parque São Jorge (onde estudo) tive uma visão privilegiada da movimentação no Clube do Corinthians. Pude observar a grande circulação dos torcedores antes e durante boa parte do jogo, todos ali presentes já comemoravam o título. No início da noite, a cidade de São Paulo parecia comemorar o reveillon, tamanha a quantidade de fogos. A alegria transbordante daqueles que já se diziam campeões, começou a se transformar em tensão, nervosismo e lágrimas de decepção, pois os corintianos viram o Sport Recife erguer o troféu de Campeão da Copa do Brasil. Logo no início do segundo tempo, fui para casa, pois pensei que em protesto, os corintianos quebrariam as dependências do clube, o que para minha surpresa não aconteceu. Parabéns aos torcedores do Corinthians por reconhecerem o esforço do seu time e pela consciência de que nem sempre podem vencer, afinal é uma grande façanha chegar a disputar ao título da Copa do Brasil pra quem disputa a segunda divisão do futebol brasileiro.


Torcida do Corinthians no Clube do time

            A campanha do time de Pernambuco foi incontestável, foi derrotando um a um. Começou empatando por 2 a 2 com o Imperatriz (MA) e no jogo de volta goleou por 4 a 1, venceu duas vezes  o Brasiliense (DF), quando enfrentou o Palmeiras (SP) o placar do jogo de ida não foi alterado, já no segundo jogo o placar trabalhou um pouco e registrou 4 a 1 para o Sport, em seguida não tomou conhecimento do adversário e derrotou o campeão mundial, Internacional (RS), por duas vezes, já na semifinal enfrentou o Vasco (RJ) e a disputa da vaga na final foi para os pênaltis, onde o ídolo do time carioca (Edmundo) chutou pra lua e fez a alegria dos rubro-negros de Pernambuco, no primeiro jogo da grande final, enfrentou o Corinthians (SP) e sua grande torcida em pleno Estádio do Morumbi, o time sofreu a pressão e perdeu por 3 a 1. Chegando no segundo jogo o Sport mostrou que não havia jogado a toalha como todos os comentaristas esportivos da mídia em geral expressavam, o time jogou bonito, usou da maturidade e mostrou para o Brasil que respeito é para todos, venceu àqueles que pareciam ter esquecido o que é jogar futebol. 
            No estádio dos Aflitos (PE), os torcedores corintianos já antes do final da partida escondiam a faixa com a frase: Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2008 e levantaram outra – Corinthians, eu nunca vou te abandonar!
            Hoje, os jornais esportivos em São Paulo mostraram uma grande falha, a foto tirada para que fosse publicada como pôster do Sport não foi especialmente formulada e tirada com esta finalidade, se preocuparam com o “Timão”, mesmo assim, estão sendo vendidos “como água” para aqueles que torceram pelo Sport, olha que foram muitos, quase não havia mais jornal à venda logo cedo. Os torcedores do São Paulo e Palmeiras usam camisetas com a frase: Eu nunca vou parar de rir! Andando pelas ruas ouve-se: Não
chora! Não chora! Não chora! Não chora! 
            Tradição e favoritismo não significam vencer, as regras foram feitas para serem quebradas e refeitas, São Jorge não venceu o Dragão e os gaviões mesmo com grandes asas, não conseguiram voar e foram mortos pelo LEÃO.
            Os times do Nordeste só precisam de uma melhor estrutura para alcançar uma maior representatividade em âmbito nacional e agora na Libertadores.
            Parabéns ao Sport!

Fagner Barbosa
 é estudante de Comunicação Social - Jornalismo, mora em São Paulo

 

 

Primeiro de abril
Dia da mentira

jornal Turma da Barra

 

*Fagner Barbosa

            No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.
            “O dia da mentira deveria ser o único dia em que os políticos pudessem fazer campanhas eleitorais”
            A mentira é uma das coisas mais antigas do planeta, todo mundo já deve ter mentido ou ainda será um mentiroso, mesmo que seja uma mentira em função de alegria ou por amor.
            Quando a mentira é bastante repetida, se torna até verdade. Como exemplo único, podemos citar os políticos, eles acreditam que tudo que fazem é para o bem do povo, quando na verdade mentem, porém, não são bobos, não enganam o próprio bolso.
            Vejamos algumas mentiras ditas em palanques em toda campanha:
            “Irei construir escolas para que todos tenham acesso à educação”
            “Todas as ruas da cidade serão asfaltadas”
            “A saúde será primordial no meu mandato”
            “Não faltará emprego na cidade”
            Prometem, prometem... Quando eleitos, se sentem os poderosos e massacram a população como o atual prefeito e sua família fazem.
            O dia 1º de abril se estenderá em Barra do Corda por toda a campanha eleitoral e no dia da eleição, deveremos lembrar que os que já sentaram na cadeira de “comandante da cidade”, mentiram desde o 1º dia de campanha e não colocaram as idéias em prática, se é que foram formuladas, pois falar é fácil... Mentir é fácil – acreditar mais uma vez nas mentiras que cansamos de ouvir enumeras vezes é fazer parte da máfia e do poder.
            Hoje, dia da mentira, pense e chegue a uma conclusão verdadeira, eles não me enganarão mais! O futuro prefeito deverá ser uma pessoa com novas idéias e que tenha os jovens ao seu lado para que a Barra do Corda entre de vez na tecnologia que o mundo oferece, facilitando a vida de todos os barra-cordenses.
            A contabilidade do município deveria ser transparente, aberta ao público por algum canal de comunicação ou até mesmo pela Internet, assim o prefeito poderia ter uma avaliação. Porém, as contas são guardadas a sete chaves e em cofre, cujo segredo jamais pode ser revelado, ao menos que a justiça anos mais tarde resolva abrir o cofre e ver o buraco negro da cidade. É desagradável um prefeito terminar o seu mandato e não poder concorrer ao próximo, isto demonstra irregularidade, improbidade administrativa, superfaturamento em obras... Estas sim, infelizmente são verdades.
            A honestidade é um dom que poucos a seguem.
            Ser verdadeiro com os outros é ser consigo mesmo.
            
*Fagner Barbosa é estudante de Jornalismo em São Paulo (SP)

(TB/1º/abr/2008)

 

 

Dia mundial da água
jornal Turma da Barra

 


Encontro dos rios Corda e Mearim

Não podemos deixar esta foto do encontro dos rios Corda e Mearim ser apenas uma imagem do passado

 

*Fagner Barbosa


            A data de 22 de março foi escolhida como Dia Mundial da Água em 1992, quando a ONU publicou a “Declaração Universal dos Direitos da Água”, em meio aos debates da Eco 92 – Conferência que reuniu líderes de todos os países no Rio de janeiro.
            Devemos comemorar que o Brasil é o país com o maior volume de água doce natural do mundo e que detém 30% dos mananciais subterrâneos? Não! Podemos dizer que Deus criou todas as coisas e aqui escolheu para espalhar boa parte das belezas naturais. Estamos numa situação privilegiada, no entanto, tal privilégio não justifica que devemos relaxar em relação ao uso racional de água e sua conservação.
            Segundo o IBGE a previsão de que a população urbana da nossa Barra do Corda cresça a cada ano, partido de quase 50 mil em 2005, passando por 59 mil em 2015 e chegando a 64 mil em 2025, a Agência Nacional de Águas (ANA) – divulgou que a situação de oferta de água até 2015 não é satisfatória e que a produção através do sistema está cada vez mais crítico. É necessário um projeto para que as águas dos rios Corda e Mearim sejam tratadas o mais breve possível e que seja distribuída para toda a população da cidade. A realidade é que a falta de água já faz parte do cotidiano do povo cordino.
            O patrimônio hídrico do Brasil é um dos mais importantes do planeta, o que nos dá uma imensa responsabilidade em relação à gestão estratégica das nossas águas. Temos que ter conscientização do valor da água para a continuidade da humanidade no planeta.
            Em nosso país há água em abundância, porém, é má distribuída e não há um tratamento adequado. Enquanto alguns a utilizam para lavar o carro e calçadas, outros não a têm nem para matar a própria sede. 
            No Iraque, somente 30% da população tem acesso à água e o valor do litro de é muito além do que o de gasolina. Com o aquecimento global a disponibilidade de água potável deverá diminuir em 60% neste século. No próprio Iraque e em países como Síria, Arábia Saudita e Turquia serão castigados pela redução de terras cultiváveis causada por secas intensas, o que deve intensificar ainda mais as tensões já existentes na região, chegando até a uma guerra pela água. Já na Europa, se paga água com um valor bem maior do que se paga no Brasil, pois, segundo as empresas que distribuem a água em nosso país, o cidadão brasileiro não paga a água como deveria ser, pois é cobrado apenas o serviço de distribuição e se fosse realmente cobrado o valor do litro de água a um custo de três reais o litro, com certeza ela seria bem mais valorizada e cuidada por todos nós, por outro lado, seria apenas para uma parcela da população. Para que isso fosse realidade falta um ótimo serviço prestado por parte das empresas para que se pudesse pensar nesta hipótese. Talvez a falta de água daqui a alguns anos faça com que seu preço seja elevado. Em alguns países a escassez já afeta o bolso dos cidadãos e não se tem água toda hora nas torneiras.
            Nossos rios e nascentes estão cada vez mais virando lenda. Quando chove no Sertão, a água parece evaporar com o nascer do sol, falta uma política de distribuição. Já nas regiões metropolitanas, em muitas com um alto nível de chuvas, basta garoar um pouco mais forte que há enchentes, pois ali há uma boa distribuição de água, o que falta são projetos que fazem com que a água seja drenada para um espaço onde seja armazenada, sendo até reaproveitada. As enchentes causam vários transtornos a sociedade, como: a perca de tudo que se construiu em um lar, doenças que são transmitidas pela água contaminada ou até mesmo ao afogamento. Já a falta de água leva o ser humano a morte. 
            Não posso deixar de registrar a falta de educação que o cidadão demonstra ao jogar lixo nas ruas por onde passa, seja nas metrópoles ou nas regiões de mata fechada. Educação não é para ser usada em locais que você possa escolher, que a têm a usa de maneira espontânea e sem perceber que está fazendo o que é certo.
            Alertas para uma boa utilização da água:
            Um minuto de chuveiro aberto à toa gasta três litros de água;
            Se for uma ducha forte, lá se vão ao menos sete litros.
            Quinze segundos de torneira aberta enquanto se escovam os dentes despejam também três litros de água.
            Diminua a quantidade de produtos de limpeza na hora da faxina. Usando apenas a quantidade necessária destes produtos, você irá precisar usar menos litros de água para remover os produtos.
            Usar 10 minutos de mangueira equivale a gastar até 186 litros. Prefira molhar as plantas com regador em vez de usar uma mangueira.
            Usar a lavadora de roupas com capacidade mínima é um grande desperdício de água. Lembre-se de reutilizar a água do enxágüe para outras tarefas.
            Se um cano tiver um buraco de 2 milímetros, o vazamento de água por um ano será de 1,15 milhão de litros. Se eliminarmos essa perda em 5 mil residências, será poupada a água para abastecer 20 milhões de famílias por um dia.
            Seja um cidadão consciente!

*Fagner Barbosa é estudante de Comunicação Social, mora em São Paulo