Especial
Dona Delma Arruda Maninho fez 90 anos
jornal Turma da Barra

 


Delma Arruda Maninho
Foto do site Agito Barra do Corda

Desejamos à aniversariante, dona Delma Maninho, muita saúde e paz

*Álvaro Braga

            Aniversariou no dia 16 de novembro a senhora Delma Arruda Maninho, completando a marca festiva de 90 anos.
            A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, na praça Melo Uchôa ficou pequena para receber os familiares e amigos da digna representante das famílias Pinheiro/Arruda/Maninho por ocasião da Missa de Ação de Graças.
            A recepção festiva após a cerimônia religiosa deu-se no Clube da AABB, tradicional local de eventos da sociedade cordina.

Breve genealogia dos Arrudas


            No final do século XIX, Manoel Martins de Arruda veio do Ceará com seu irmão Orfileno, em busca de melhores oportunidades. Manoel casa-se com Emerenciana Martins, nascendo o filho José Martins de Arruda e os irmãos João e Raimundo.
            José Martins de Arruda casa-se inicialmente com Tomázia Santos Martins, tendo 6 filhos.
            De seu segundo casamento com Maria Alves de Albuquerque nasceram Deodoro Martins de Arruda, e os irmãos Eurico Euclides e José.
            Deodoro casa-se com Raimunda Pinheiro Arruda, nascendo os filhos: Maria Esther; Delma, que casou com Raimundo Maninho (Dico), tendo os filhos José Alexandre e Fernando; e Ana Amélia.
            Do segundo casamento de Deodoro Arruda com Petronília Lopes Arruda (Petinha) nasceu o filho Fernando Eurico Lopes Arruda.
            Possuidora de prodigiosa memória, dona Delma é capaz de dar detalhes do dia-a-dia religioso de Barra do Corda dos anos 30:
            “As irmãs religiosas Cândida e Filomena foram enterradas na antiga Capela de Santo Antonio, a famosa Capela Curada, a primeira igreja de Barra do Corda, que tinha por padroeira Santa Filomena, lembrança dos antigos padres da Companhia de Jesus, que precederam aos frades e freiras da Ordem dos Capuchinhos em Barra do Corda.”
            Prosseguindo, ela diz que na época da velha Capela, quando morria alguém, os sinos da igreja repicavam e os sinos das outras igrejas respondiam:
            “O Padre Odorico Braga Nogueira tocava na velha Capela de Santo Antônio; As freiras repicavam do Convento das Freiras e os meninos respondiam da velha Matriz.
            Na quaresma só se ouviam as matracas.
            Quando morria um homem, o som do 1º sino era grosso, do Convento das Freiras; o do 2º sino era fino, da Velha Matriz do centro da praça; e o 3º era a Campa, na Capela de Santo Antônio, com o padre Odorico.
            Quando morria uma mulher, o 1º sino era fino, na Matriz; o 2º era grosso, no Convento; e o 3º era o da Capela de Santo Antonio.
            Todos sabiam diferenciar se havia morrido homem ou mulher;
            Toda sexta feira às 3 da tarde, as 3 igrejas tocavam 33 batidas de sino.”
            Desejamos à aniversariante, dona Delma Maninho, muita saúde e paz.

*Álvaro Braga é escritor e mora em Barra do Corda – MA

(TB18nov2012)