Artigo
Para sempre Antônio Almeida
jornal Turma da Barra


Francisco Brito

"Antônio Almeida era um sujeito irrequieto e perfeccionista quando produzia. 
Passava dias e noites, às vezes para concluir um traço delineado de suas criações. Quando finalizava poderíamos até imaginar que um Pablo Picasso havia traçado aquela magistral obra
"

*Francisco Brito

            Acordei sentindo saudade. Aliás, eu sou um ser em permanente estado de “saudades”!
            Por este motivo, excepcionalmente acessei o meu perfil do face, apesar de estar temporariamente afastado daqui, por uma razão especial me trouxe de volta para tecer breves comentários acerca de um grande amigo, com todas as letras maiúsculas, desses que a gente pouco se encontra no mercado humano dos tempos hodiernos.
            Trata-se de Antônio Alves de Almeida. Pintor, poeta, barra-cordense, nascido na Lagoa do Jacaré, aos 27/05/1922. Hoje faz exatos cinco anos que ele partiu numa viagem sem volta, levando consigo seus pincéis e a sua aura magistral de artista.
            Mas, retratá-lo apenas como rasa lembrança, de muitas e inventivas obras que Almeida deixou nas artes plásticas do Maranhão, seriam grosseiramente superficiais, quando apreciamos com o olhar contemplativo e sentimos seus quadros, murais, tapeçarias, cerâmicas, e por último, seus dois livros de poesias e prosa, autenticando sua marca como um dos maiores gênios criativos da moderna pintura maranhense, e quiçá, do Brasil. E não seria nenhum exagero ou paternalismo, comparado ao que observamos na recente produção das artes plásticas da atualidade por este mundão afora.
            Antônio Almeida era um sujeito irrequieto e perfeccionista quando produzia. Passava dias e noites, às vezes para concluir um traço delineado de suas criações. Quando finalizava poderíamos até imaginar que um Pablo Picasso havia traçado aquela magistral obra.
            Suas obras estão espalhadas na capital maranhense, alguns Estados e fora do país. Almeida fora um artista muito além do seu tempo. Todavia, admirava a arte em sua essência. Quando tive a oportunidade de morar em sua residência, por quase dois anos, a convite do seu filho Marco César, meu amigo das boemias barra-cordenses da metade dos anos 70, acompanhei atentamente algumas de suas produções. Foi a partir dali que se estabeleceu em mim, o gosto pela literatura e a arte em geral.
            Gosto de uma definição, com um toque cortante do poeta Luís Augusto Cassas, sobre o artista: “Antônio Almeida é do clã dos desesperados do sublime. Escreve quadros com a navalha ensanguentada que herdou de Van Gogh após decepar a própria orelha e pintar o seu autorretrato”.
            Ou, ainda do poeta Nauro Machado, justificando a genialidade do amigo Almeida: “... é um dos poucos pintores a livrar-se desta homogeneidade de pobreza redutiva, deste cromatismo igual e como que feito para encantar turista, visando exclusivamente atraí-lo para a compra do quadro”.
            Ganhador de vários prêmios, inclusive do logotipo da CAEMA - Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão, no governo de José Sarney em 1966, curiosamente extinto pela filha, Roseana, e outros monumentos em São Luís com total abandono pelo poder público, Antônio Almeida foi membro da Academia Maranhense de Letras e da Academia Barra-Cordense de Letras.
            Mas, temos uma certeza. A obra almeidiana ficará perpetuada em cada olhar. No silêncio da noite. Nos raios de sol de cada manhã. Nas mesas de bares e dos cabarés. Na boemia são-luisense. Mas, principalmente na rua Miguel Couto, número 46 no bairro do Monte Castelo em São Luís. Ali estarão as suas pegadas que, embora venham a ruir com o tempo, este mesmo tempo se encarregará de eternizar os pincéis e das tintas em convulsões da memória do homem simples, caboclo das matas do jacaré, e do artista extraordinário “imortal”, Antônio Almeida.

*Francisco Brito é poeta barra-cordense, mora em São Luís (MA)

(TB9jan2014)

 

Artigo
Pintor Antônio Almeida completa 91 anos
jornal Turma da Barra

"Nos últimos anos de vida, já cego e impedido de continuar a pincelar a própria vida, começa a escrever poesia, vindo a publicar dois livros de sua lavra criativa: Rastros de Procura (1993), e Vida a Ir-Mensurando o Imensurável (2001). E o terceiro Sargaços (inédito)"

*Francisco Brito

            Em 27 de maio, se vivo estivesse, o pintor Antônio Alves de Almeida estaria completando 91 anos de idade.
            Segundo o poeta Nauro Machado, Almeida foi um gênio da criatividade nas artes plásticas maranhenses da última metade do século 20.
            Nascido na Lag
oa do Jacaré, povoado de Barra do Corda, Antônio Almeida foi um artista inquieto na sua completude. Pintor, escultor, ceramista, entalhador, ilustrador deixou diversas obras espalhadas nos logradouros e residências de amigos, intelectuais e políticos na capital maranhense.
            Nos últimos anos de vida, já cego e impedido de continuar a pincelar a própria vida, começa a escrever poesia, vindo a publicar dois livros de sua lavra criativa: Rastros de Procura (1993), e Vida a Ir-Mensurando o Imensurável (2001). E o terceiro Sargaços (inédito).
            Entre outras obras estão o grande Mural Crença e Trabalho, afixado na lateral do antigo prédio-sede do Banco do Estado do Maranhão-BEM à rua do Egito, e o extinto (inescrupulosamente) logotipo da CAEMA.
            Almeida morreu a 2 de janeiro de 2009 e deixou um grande legado às artes plásticas e à literatura maranhenses. Foi membro da Academia Maranhense de Letras-AML e da Academia Barra-Cordense de Letras-ABL.

*Francisco Brito é poeta barra-cordense, mora em São Luís (MA)

(TB27mai2013)

Artigo
Todo fim necessita de recomeço
jornal Turma da Barra

 

"Não existe nenhum segredo para atingirmos nossos alvos futuros. 
Uma boa receita de otimismo, de perseverança, de atitude, de fé e amor, é o que nos direciona a uma caminhada de su
cesso durante o ano que está chegando."

*Francisco Brito

            Faltam dois dias para o fim de 2013. Eu não gosto de dizer adeus, muito menos a alguém. Mas, neste caso específico é a melhor maneira de nos desvencilharmos deste ano, embora tenha sido tempos de algumas realizações, noutros decepções, e trocarmos por roupas novas.
            Para isto, também, o ano que finda é um grande aliado para refletirmos o que concretizamos como metas de sonhos acalentados ao longo de nossa jornada anual. E, sobretudo, analisarmos com o olhar clínico, por dentro de nós mesmos, o que deixamos para trás e não conseguimos realizar.
            Todo alvorecer de um novo ano, eu sempre creio que será bem melhor do que o ano que vai embora para sempre. E determino tal sentença, como uma prioridade nas rotinas durante o próximo ano, na escalada rumo a novos horizontes, alicerçado sempre pela Palavra de Deus em minha vida.
            Não existe nenhum segredo para atingirmos nossos alvos futuros. Uma boa receita de otimismo, de perseverança, de atitude, de fé e amor, é o que nos direciona a uma caminhada de sucesso durante o ano que está chegando. Reprogramar nossa agenda anual é mais que necessário. Possibilita-nos avançarmos para um amanhã promissor de nossas metas.
            Sonhos são para ser sonhados, e não dormidos, principalmente para a sua real materialização. Quem se exclui deste contexto dificilmente será bem sucedido em suas investidas na luta do dia a dia. Enquanto somos matéria – dependente e insuficiente para ser eterna – temos que nos destravar de tudo aquilo que está impedindo os caminhos tapando nossos poços de esperança.
            A grande realidade é que temos de olhar com o coração que a nossa jornada terrena é curta. O tempo já me levou algumas pessoas queridas. Senti o frio seco corroendo as minhas entranhas. Resisti na força e esperança em Cristo Jesus. Sem Ele não teria vencido os vários obstáculos que se apresentaram diante de mim. Todavia, não fiquei estacionado no ponto inicial. E continuo a caminhar com determinismo incomum. Não pretendo ser fraco que os fortes abatem, como na canção idílica gonçalvina.
            Embora ultrapassando meio século de existência, no entanto, admito ser jovem. Não me sinto e nem serei um sujeito de terceira idade consentindo a minha concepção cronológica como finalizada. Um velhinho rabugento, insosso e sorumbático. Enquanto, os meus órgãos vitais - coração e cérebro – estiverem em pleno funcionamento rejeitarei as bengalas da vida imposta por nossas ideologias fora de moda.
            Só tenho uma convicção. O que Deus permitir, isso eu farei. Ademais, deixarei que o tempo se encarregue de voar com suas asas da imaginação. E permitir-me, que a exemplo de Pablo Neruda, aquele elegante poeta chileno, escreveu certa vez: “o mundo, é hoje minha alma”. Abençoado 2014, e feliz último domingo de 2013!

*Francisco Brito de Carvalho é poeta barra-cordense, mora em São Luís (MA)

(TB1jan2014)

 

Artigo
Começa em Lago da Pedra
semana de literatura e arte

jornal Turma da Barra

 

"Estarão participando deste mega evento cultural, poetas, escritores e educadores de regiões circunvizinhas a exemplo da educadora e poeta de Esperantinópolis, Ana Néres Pessoas Lima Góis, da professora e mestra em Literatura, Rita Pereira de Oliveira e o poeta Samuel Barreto, ambos da Academia Pedreirense de Letras - APL

*Francisco Brito

            A Academia Lagopedrense de Letras e Artes – ALLA -, em parceria com a prefeitura municipal e a iniciativa privada da cidade, promovem nos dias 18, 19 e 20 de abril, a 1ª Semana Lagopedrense de Literatura e Artes, com o tema: “Artes e Literatura fazendo a cultura lagopedrense”, no Colégio São Francisco de Assis, local onde será realizado todo o evento literário e cultural.
            Acontecerá uma vasta programação como palestras, exposições, oficinas, lançamentos de livros, feira literária, além de apresentação de peças de teatro e shows com cantores da terra, sempre no horário das 19h.
            Estarão participando deste mega evento cultural, poetas, escritores e educadores de regiões circunvizinhas a exemplo da educadora e poeta de Esperantinópolis, Ana Néres Pessoas Lima Góis, da professora e mestra em Literatura, Rita Pereira de Oliveira e o poeta Samuel Barreto, ambos da Academia Pedreirense de Letras - APL.
            O presidente e vice-presidente da Academia Bacabalense de Letras-ABL, respectivamente, os poetas Zezinho Casanova e Costa Filho deverão comparecer como ilustres convidados.
            O presidente da ALLA e organizador do evento, João Gomes, está eufórico quanto ao sucesso da Semana Cultural onde espera a participação em peso da comunidade e dos apreciadores culturais de Lago da Pedra e regiões vizinhas. De acordo com Gomes “É uma tentativa de resgatar e incentivar a literatura e as artes lagopedrenses dando maior importância à cultura local” justifica.

*Francisco Brito de Carvalho é poeta barra-cordense, mora em São Luís (MA)

(TB18abr2013)

Artigo
Profissão: Jornalista
jornal Turma da Barra

 


Poeta Brito (de vermelho) estudante de Jornalismo em São Luís


"Ser jornalista... não é só escrever uma notícia e aparecer no ecrã. Ser jornalista requer muitas horas de leitura, livros, jornais, blogs...” (Sofia Teixeira – Jornalista)

*Francisco Brito

            Hoje é o dia do jornalista no Brasil. Esta data foi instituída no ano de 1831 para homenagear João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, que morreu assassinado por oponentes políticos no dia 22 de novembro de 1830 em São Paulo. Corre se nos bastidores que o movimento popular suscitado por sua morte resultou na abdicação de D. Pedro I em 7 de abril de 1831.
            Mas, o jornalismo evoca a Roma antiga, pelo imperador Júlio César que era um bom marqueteiro. Foi ele quem criou a Acta Diurna, o primeiro noticiário impresso de que se tem conhecimento no mundo. Este informativo do Império Romano deu-se em 59 a.C, no período do governo de César.
            A atividade jornalística, no entanto, deu um grande salto na Idade Média, através da prensa de papel criada pelo alemão, Johannes Gutemberg quando publicou a sua Bíblia em 1455 d.C. Foi a partir daí que houve o despertamento para o jornalismo profissional.
            No período compreendido entre 1890 e 1920 é conhecido como a “Era de Ouro dos Jornais”. O jornalismo e os jornais atingiram seu ápice de glória e expansão nos lares. Pesquisas da época apontaram que entre 2 americanos, 1 lia jornal impresso.
            Nos quatros cantos do planeta eclodiu o despertamento para este novo “produto”, que se instalava em definitivo através das tecnologias cada vez mais em ascendimento.
            Diante dos avanços que se notabilizaram na imprensa ao longo de sua aparição e seu boom, os meios de comunicações não permaneceriam se não houvesse por trás da informação o seu astro principal. O jornalista.
            Esse profissional que diuturnamente acorda e levanta, e deita e come, e cospe e sonha, anda e desanda nos labirintos das notícias, mesmo na ausência delas se faz uma informação. Ser jornalista é sair às ruas à cata de seu alimento que é o fato noticioso.
            Foi-me bastante benéfico quando experimentei ainda em Brasília, o fazer jornalístico, mesmo que ainda amadoristicamente, através dos mensários da época na Colônia maranhense, em sua maioria de barra-cordenses, os informativos produzidos em papel estêncil e copiados num mimeógrafo, o Pausa, Alternativa e Jornal do MIM, com os acadêmicos de jornalista à época Heider Moraes, Murilo Milhomem e o poeta Olímpio Cruz Júnior. Obrigado guerreiros de uma batalha infindável. Foram vocês que me impulsionaram para esta estrada da beleza incomensurável da comunicação. Sentenciaria que este caminho não tem curvas nem retornos.
            Silêncio e respeito... a este bravo profissional dos meios de comunicação. Sem eles o desenvolvimento e o apogeu dos novíssimos processos tecnológicos jamais teriam vindo à luz dos nossos olhos, ouvidos, boca, enfim, se instalado ao redor do planeta terra e em nosso cotidiano!
            Estou me deleitando estudar em minha melhor idade essa fantástica ciência que instiga, coleta e publica notícias, fatos na divulgação de informações precisas e verdadeiras, e que desconhece a velocidade do tempo, que inevitavelmente, se consolida como grande veículo de comunicação de massa.
            E a cada dia. Cada aula ministrada pelas mestras Lidiane Santos, Claudia Archer, Josie Bastos e Selma Cavaignac, me deixam em estado constante de contentamento. Instantes de novas descobertas e sensações que nos permitirão em um futuro breve transitar no intrincado universo da arte de esquadrinhar a informação, divulgando-a com seriedade e competência. E que venham dias melhores na permanente caça informativa mais auspiciosa e alvissareira!
            Finalizo agradecendo aos amigos e companheiros jornalistas dos quais convivi, e ainda permito a estar no meio deles, para poder assimilar com total desvelo essa dignificante profissão. A Nonato Cruz (in memorian), ao mestre Nonato Silva, Celso Araújo, Heider Moraes, Sergio Murilo Milhomem Nava, Antonio Carlos Lima (Pipoca), Olímpio Cruz Neto, Fernando Brasil Cruz, Jorge De Paula Abreu Silva, Aristides Milhomem, Félix Felix Alberto Lima, Aurilene Alencar, Fagner Barbosa, Edileide Bílio, Fúlvio Costa, Michel Sousa, Ademir Santos, e a todos os jornalistas espalhados por este mundão de brasis. Merecidos aplausos! Exultante dia e ótima semana de boas notícias!

*Acadêmico de jornalismo 1º período – Universidade CEUMA – São Luís


(7abr2013)

 

Artigo
A essencialidade da água
jornal Turma da Barra


Poeta Brito no porto da Sapucaia
Barra do Corda (MA)

"Em 2009 a Organização das Nações Unidas – ONU 
revelou que daqui a 20 anos faltará água potável para 60% da população mundial. 
De igual modo, cientistas afirmam categoricamente que em menos de 100 anos o nosso planeta estará totalmente desprovido desta importante fonte de saúde, vida e sustentabilidade para o nosso habitat e seus habitantes

*Francisco Brito

            Nesta sexta-feira, 22, se comemora o dia Mundial da Água. Nas últimas décadas, ela tem sido alvo de muitas controvérsias. Por este motivo, existe um pavor de que este valiosíssimo líquido venha a desaparecer da face da terra, culminando desta forma, uma falta irreparável para os seus bilhares de consumidores.
            Em 2009 a Organização das Nações Unidas – ONU revelou que daqui a 20 anos faltará água potável para 60% da população mundial. De igual modo, cientistas afirmam categoricamente que em menos de 100 anos o nosso planeta estará totalmente desprovido desta importante fonte de saúde, vida e sustentabilidade para o nosso habitat e seus habitantes.
            A água é tão essencial em nosso cotidiano que seria impossível imaginarmos viver sem ela. Está presente em quase todos os nossos afazeres diários. Beber, banhar, abastecer e lavar, são alguns dos verbos que usamos costumeiramente nas tarefas do dia a dia.
            A jornalista Marília Scalzo, da revista Cláudia, faz uma interessante advertência sobre o assunto: “Assim como a Terra, nosso corpo é composto por cerca de 70% de água. Cabe a nós não poluí-la cuidando do que ingerimos para não envenenar nossos rios internos”. A água também é responsável para suster as inumeráveis plantações existentes na terra para gerar seus frutos.
            No mundo inteiro ações têm sido tomadas pelos governos, ONGs e alguns abnegados solitários preservadores e ecologistas para evitar a poluição, culminando assim, com a morte em pouco tempo de rios e lagos.
            Na contramão deste presente da natureza, curiosamente observamos os vários descasos no cuidado que todos deveriam adotar em relação aos rios. Exemplo dessa irracionalidade, impotente vê-se na grande São Luís, compreendendo os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, a maioria dos seus mananciais sendo agredidos pelo homem despejando criminosamente dejetos de toda espécie, causando poluição sem precedentes em todo seu curso.
            Nas grandes e pequenas cidades somos espectadores de todos os dias, quando assistimos alguns casos desnecessários de consumo d’água. São vizinhos que lavam automóveis, calçadas, tapetes, tralhas. Tubulações antigas que se rompem em ruas e avenidas, causando enormes vazamentos de água. Enfim, desperdiçando indiscutivelmente, aqueles metros cúbicos de água que deveriam ser poupados para um eventual racionamento no futuro.
            Diante deste quadro atemorizador e, contrariando as estimativas de cientistas e órgãos especialistas do ramo, provavelmente as suas projeções estarão ocorrendo em curto prazo, principalmente, se não houver uma adoção de medidas enérgicas por parte do governo e da população, para a preservação e o uso racional e adequado da água, que inevitavelmente afetará as gerações futuras.
            A água é um bem natural que deve ser preservado e disto temos que ter consciência!
            Um bom final de semana e abençoada semana a todos, se refrescando nas águas dos rios ou dos mares bravios!”

*Francisco Brito de Carvalho é membro da Academia Barra-Cordense de Letras e da Arcádia Barra-Cordense

(TB22mar2013)

 

 

Artigo
AEL lança antologia “Talento Estudantil”
jornal Turma da Barra

"Parabéns à “Casa da Luz”, assim denominada a AEL, em referência ao antigo prédio cedido onde abrigava o gerador que fornecia energia para a cidade, e referência maior da cultura esperantinopense, por acolher tão nobre iniciativa dos educadores da terra, e ponto de partida para qualquer empreendimento de envergadura literária

*Francisco Brito

            Era pra ser uma noite brilhante... E foi! Assim eu destaco o lançamento da I Antologia Talento Estudantil promovido pela Academia Esperantinopense de Letras - AEL e organizado pela educadora e poeta Ana Néres Pessoa Lima Góis, na noite de 29 de dezembro.
            Passava pouco mais das 20 horas quando a própria Ana Néres, apresentadora do evento, iniciou a sua fala para um auditório lotado do Centro de Ensino Antonio Corrêa, composto por membros da AEL, convidados, professores, pais e alunos de Esperantinópolis.
            Inicialmente foi projetado um vídeo que narra a saga da literatura esperantinopense desde sua oralidade, formações de agremiações culturais e literárias até os dias atuais. Na cerimônia as escolas participantes foram contempladas com exemplares da Antologia, os professores-monitores com certificados de participação e os autores participantes mirins e juvenis, com certificados e exemplares do livro.
            O livro teve boa aceitação perante o público, e arrecadaram-se fundos com as vendas da noite, a fim de que, como sendo uma produção independente, pudesse se cobrir os custos financeiros da impressão.
            Concluído desde fins do ano de 2011 o projeto que fora desenvolvido dentro das escolas parceiras num sistema de oficinas poético-literárias, com o apoio de pais, educadores e dos próprios estudantes-autores. São mais de 70 poetas, cronistas e contistas, em sua maioria predomina os veios talentosos das mulheres, espalhados nas 108 páginas de inspiração e singeleza de pensamentos. Existem nestas mentes, embora ainda no frescor de primaveril juventude e simplicidade, latentes vozes subtraindo algo que falta a muitos mestres da literatura contemporânea. A pureza de coração externada em cada frase, em cada verso rimado ou não.
            A diagramação da obra ficou por conta da Gráfica e Editora Mearim, sediada em Pedreiras, que por motivos da correria em imprimi-la cometeu alguns erros de digitação e revisão textual. No entanto, é um livro acabado artesanalmente. Por esta razão, não poderíamos tecer críticas ilegítimas quanto à formatação da presente Antologia.
            Esta coletânea reúne além destes bardos desbravadores de novas descobertas em suas vidas, que é o despertamento para a própria existência, a colheita de bons frutos num futuro próximo, e arrisco afirmar alguns destes escritores deverão ser norteados no seio da região do Médio Mearim, despontando com inigualável pendor para as letras, características próprias do bom maranhense, cultor maior dos vernáculos da língua pátria na oratória e na escrita.
            Parabéns à “Casa da Luz”, assim denominada a AEL, em referência ao antigo prédio cedido onde abrigava o gerador que fornecia energia para a cidade, e referência maior da cultura esperantinopense, por acolher tão nobre iniciativa dos educadores da terra, e ponto de partida para qualquer empreendimento de envergadura literária.
            Meu agradecimento especial ao poeta e escritor Raimundo Carneiro Corrêa e família, que me abrigou e me tratou como um “Lord” em sua aconchegante residência, desde que meus pés pisaram naquela terra das “Boas Esperanças”, até a madrugada quando retornei a São Luís.
            À minha amiga e irmã em Cristo Jesus, Ana Néres e o seu esposo Wilame, cicerones dignos de aplausos! E a todos os novos amigos: Nilton Lee e esposa Sandra, Manoel Santana e Rita Pereira, Sandra Gomes Ibiapina, Samuel Barreto, e aos que revi Albertina e Edmar Arruda. Restaram enormes saudades!...
            E, por último à cidade de Esperantinópolis que os meus olhos puderam contemplar com as suas ladeiras íngremes e serras verdejantes. Povo ordeiro que merece o respeito das autoridades dos poderes constituídos, que olhem com especial carinho e atenção àquela terra que se não é destaque na economia do estado, pelo menos leva uma grande vantagem. Lá se respira e inspira sinceridade, amor e poesia. E, posso bradar com o coração exultante de alegria. Eu estive lá!

*Francisco Brito de Carvalho com colaboração de Ana Néres Pessoa Lima Góis da Academia Esperantinopense de Letras

(TB8jan2013)