Entrevista: Carlos Durans
Um boi que brilha cada vez mais
jornal Turma da Barra

 


Carlos Durans

 

O boi Brilho da Barra 
vem dançando e engrandecendo a arte folclórica barra-cordense desde 1998. 
À frente, o incansável Carlos Magno Serra Durans, 
que também é professor no colégio Nossa Senhora de Fátima.
Durans, como é mais conhecido, é um apaixonado e defende que arte é arte
 e não deve visar lucro.
Este ano a temporada do boi Brilho da Barra foi de muita dança. 
Se apresentou em várias cidades próximas de Barra do Corda e até em São Luís. 
A temporada que começou em junho e só deve terminar em setembro, 
o que no linguajar do “boi” chama-se “morte do boi”. 
O TB entrevistou o mestre Durans, 
que tem um trabalho árduo, 
no mínimo ele trabalha com 50 e poucas pessoas
 entre adolescentes e adultos. 
Veja a entrevista:

 

- Este ano, pode-se dizer que o “Brilho da Barra” se consolidou com uma das maiores manifestações culturais barra-cordense? 

Durans: Sim, pois todo trabalho que foi realizado por nós (organização e corpo de baile) a frente deste grupo é feito com muito amor pela cultura, pois sem amor e sem Deus em nosso coração nada disso seria possível.

- Quais as cidades que o Brilho da Barra se apresentou este ano?

Durans: Barra do Corda, Grajaú (2 vezes), Fernando Falcão, Capinzal do Norte, Esperantinópolis, Jenipapo dos Vieiras e São Luís, faltando ainda ida a cidade de Codó na festa do babalorixá Bita de Barão. Em todas as cidades a recepção foi calorosa com destaque às cidades de Esperantinópolis, Grajaú e São Luís.

- A arte cultural e folclórica barra-cordense está em ascensão? Para melhorar, quais os passos a serem dados?

Durans: Buscar inovar e fazer um trabalho com muita antecedência e não deixar para última hora. Mas o principal não visar lucros e sim terem amor pela cultura.

- A participação dos jovens na dança ajuda a afastá-los do mundo da droga?

Durans: Sim, pois mesmo que ele já esteja neste mundo o tempo que ele estiver no grupo estará livre por um tempo e nesse curto espaço, tentamos injetar valores do bem. Isso acontece em nosso grupo com um integrante, mas trabalhamos constantemente contra essa chaga que ora cresce a cada instante. O que não podemos é excluir ninguém no grupo, devemos sim aceitá-los e tentar trazê-los para o lado do bem.

- Dançar “boi” é bom? Faz bem? Melhora por exemplo o rendimento escolar?

Durans: Sim, faz muito bem a saúde pois dançar melhora os batimentos cardíacos além de proporcionar melhor condicionamento físico. Enquanto ao rendimento escolar, melhora sim desde que quem esteja à frente do grupo crie estratégias para incentivar os integrante da importância dos estudos.

- Por fim, gostaríamos de saber quando foi fundado o "Boi"?. Quantas pessoas fazem parte?. Se algum jovem, homem ou mulher, quiser participar, o que fazer?... Se há perigo do Boi não sair o ano que vem?...

Durans: No ano de 1998, muitas pessoas fazem parte do grupo porém este ano o grupo apresentou nos arraiais com 48 componentes entre bailarinos e músicos. Aceitamos todos que quiserem participar, não temos preconceito de nenhuma espécie. O que colocamos diante dos que ingressam no grupo que não aceitamos a falta de respeito aos outros. Enquanto ao ano que vem já estamos nos mobilizando para não corrermos o risco do insucesso do grupo. Adiantando a vocês que já temos o tema para 2014. Vamos falar do amor em todas as formas. Nossas índias serão a deusa do amor Afrodite, nossos índios serão os cupidos representante do amor. Os vaqueiros representam mensageiros do amor. Obrigado por tudo esperamos contar com seu trabalho na divulgação do nosso grupo e colocamo-nos a sua disposição.

 


Boi Brilho da Barra


Boi Brilho da Barra
 


Boi Brilho da Barra


Boi Brilho da Barra


Boi Brilho da Barra


Boi Brilho da Barra

(TB11ago2013)