Comemoração
Aciran e Ana Lúcia fazem 50 anos de casados
jornal Turma da Barra

 


Aciran e Ana Lúcia brindam 50 anos de casamento

 

Os barra-cordenses Aciran Martins e Ana Lúcia 
comemoraram em Brasília 50 anos de casados com a presença das três filhas (Luciana, Liana e Larissa), netos, familiares e amigos.
Durante a comemoração, o saxofonista Ivanildo, o sax de ouro, 
fez uma apresentação especial. Vários barra-cordenses se fizeram presentes, 
entre eles o deputado Tatá Milhomem e sua esposa Clélia Moraes, o empresário Gilson Pacheco, o médico Pedro Andrade e outros amigos do casal.
 A festa Bodas de Ouro foi feita durante o dia no salão de eventos do bloco onde o casal mora em Brasília no sábado 4 de agosto.
A pedido do TB, Aciran Martins escreveu uma crônica especial
em que lembra como conheceu a esposa Ana Lúcia
e o significado desse casamento, 
quando se comemora 
50 anos de união

 

“Para viver um grande amor”

*Aciran Martins

            Em uma noite longínqua do mês de outubro de 1959, encontrava-me no bar do Juca, por volta das dezenove, dezenove e meia, bebendo com o professor Francisco Brandes, quando entrou no bar uma moça, para mim desconhecida, cuja beleza me deixou em choque. Olhos verdes estonteantes em um rosto de madona, todo o conjunto encantava. Perguntei ao professor Chico se a conhecia e ele, surpreso, respondeu: “Ora Aciran, é a Ana Lucia, irmã do Illnar”.
            Acostumado a ver nela uma menina, com a superioridade de quem se julgava adulto (havia recém-completado 16 anos), não me dera conta da transformação comum nas meninas que se tornam moças. Ademais, ela estava chegando de uma temporada em Presidente Dutra (ou São Luis), na casa da irmã Ironilde e sua longa ausência certamente contribuiu para minha nova visão.
            No mesmo momento confidenciei ao professor Brandes que iria tentar namorá-la. Profeticamente disse-lhe que, se desse certo, ela certamente seria a mulher de minha vida. Na ocasião, meu comentário mereceu apenas um sorriso superior do meu interlocutor.
            Pois bem: o namoro logo começou e embora eu tenha me deslocado para São Luís em seguida para cursar o científico, a distância em nada afetou nossos sentimentos e os reencontros eram cada vez mais ardentes.
            Após mais de dois anos e meio de namoro, cada vez mais apaixonados, já considerávamos assente que o casamento ocorreria logo que eu me formasse ou mesmo ingressasse no Banco do Brasil, alternativa que minha ansiedade examinava como melhor solução.
            Nas minhas férias de julho do último ano do científico, em 1962, um episódio rasteiro e até vulgar pela sua inverossimilhança, me colocou em campo oposto ao de sua mãe e vimo-nos na iminência de nos separarmos.
            Com as malas no caminhão do Herculano para retornar a São Luis, obtive dela um último encontro e, neste, resolvemos que não poderíamos nos separar daquela forma.
            Assim, de comum acordo, eu a raptei, levei-a para a casa dos meus pais (o Velho estava ausente), de onde saímos para a igreja às seis da manhã do dia seguinte, após ela dormir castamente em companhia de minhas irmãs.
            A igreja Matriz estava deserta assegurando a desejada discrição — que foi quebrada, diante da repercussão do episódio na cidade, na saída do templo, pela presença da totalidade dos alunos do Ginásio Nossa Senhora de Fátima, situado justo ao lado da igreja, os quais, em gozo daquela sensacional notícia, deram o tom que faltava ao rapto da Sabina.
            O resto é sabido. Após empregos na Fundação SESP e Banco do Estado do Maranhão, ingressei no Banco do Brasil em Itapecuru-Mirim de onde, após seis anos, fui transferido para Brasília onde vou completar 40 anos de residência, onde criei minhas filhas e onde nasceram, cresceram e crescem meus netos.
            No dia 3 de agosto passado completamos as bodas de ouro, que foram comemoradas no dia seguinte numa festa-surpresa organizada pelas minhas filhas: um almoço dançante para a família e os amigos íntimos, acompanhado pelo saxofone de Ivanildo.
            Não são “já” cinquenta anos de casados, mas “apenas” cinquenta anos de casados.

*Aciran Carvalho Martins é filho da dona Corina Carvalho e Antonio Martins, mora em Brasília (DF)

 

 


As flores e o cartão das Bodas de Ouro


No centro, o saxofonista Ivanildo ladeado por Aciran, Ana Lúcia e filhas


Ana Lúcia, saxofonista Ivanildo e netos

Atenção: Veja mais fotos das Bodas de Ouro de Aciran e Ana cia: Clique aqui

 

(TB3jun2012)