Aniversário
Barra faz 178 anos
Jornal Turma da Barra

 

Esta sexta-feira, 3 de maio, Barra do Corda faz 178 anos.
Hoje foi o dia em que Manoel Rodrigues de Melo Uchoa, em 1835, declarou fundada Barra do Corda
no porto da Sapucaia, na confluência dos rios Corda e Mearim.
Atualmente o município conta com uma população de 84.180 habitantes, 
segundo estimativa do IBGE em 2012. 
Também com estimativa do IBGE em 2010, o PIB (Produto Interno Bruto) do município cordino é de R$ 493 milhões. Em 2009, o PIB foi de R$ 392 milhões. 
Os setores agropecuário e de serviços reagiram em 2010 recolocando o PIB no patamar de 2008 (de R$ 433 milhões), 
quando em 2009 se registrou queda expressiva (de R$ 392 milhões).
Barra do Corda lidera a região central maranhense em termos de PIB, situando-se entre as 15 maiores economias do estado.
Barra do Corda tem
17 bairros, 8 vilas e cerca de 25 povoados. Alguns desses povoados têm população acima de 5 mil habitantes, caso de Três Lagoas do Manduca, Santa Vitória e Ipiranga. 
Mas tem déficit em emprego e renda, quando o índice Firjam (2011, ano base 2009), que mede qualidade de vida, revela que Barra do Corda está classificada em 153º lugar entre as 217 cidades maranhenses.
A natureza doou à cidade riquezas turísticas, potencial agrícola e devida a sua localização estratégica, no centro do Maranhão, poderia se tornar uma cidade universitária  ou investir em um polo de informática.
Mas faltam políticas públicas, gestores e formadores de opinião com visão de futuro e, principalmente, políticos comprometidos com o povo barra-cordense.

Este ano, o TB lembra e saúda o ex-administrador da Colônia Agrícola Nacional - atual Incra -, Eliézer Rodrigues Moreira, que deixou obras importantes para Barra do Corda, 
como por exemplo, as pontes do rio Corda, Mearim e Flores, estradas vicinais, divisão de glebas aos agricultores, 
várias escolas, primeiro aeroporto, manutenção dos rios para navegação e quase inaugurava a obra maior, 
que seria a hidrelétrica do rio Corda, atualmente pode-se conhecê-la ao visitar a Cachoeira Grande, 
a 25 quilômetros do centro urbano barra-cordense.
Parabéns, Barra
do Corda!

Barra do Corda: 178 anos
jornal Turma da Barra

*Nonato Silva

            Haec dies, quam fecit Dominus;
            exultemus et laetemur in ea:
            Este o dia que fez o Senhor; exultemos
            e alegremo-nos nele ( Sl 117,24).

            Hoje, muito cedo, um acúsmata de anjos, varando o espaço sideral, desceu à cidade de Melo Uchoa, cantando alegremente: Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz ao povo de Barra do Corda, que dedilha a harpa da cultura e do progresso. 
            “a folha luzente do orvalho nitente” plasnou Barra do Corda – poema épico de um “gigante pela própria natureza”. E aí está a colmeia de intelectuais.
            Este “orvalho intente” irrigou, terra a terra, aonde chegara o bandeirante Melo Uchoa para ali erigir Barra do Corda, ao ruído e gargolejar das águas do Corda e Mearim.
            Era a 3 de maio, quando se celebra a festa de Santa Cruz, orago da cidade que tem por berço a fé e por verde alcatifa as inteligências que para ali fluíam, na trilha de Melo Uchoa.
            Oxalá, ergam-lhe um obelisco de glória.
            E assim, a cidade crescia à sombra benfazeja de uma cultura pujante. Basta lembrar o alto padrão dos colégios ali vicejantes, sobretudo o jornal O NORTE, de independência e forma, ferrenho defensor da República.
            Tanto se fez, que Barra do Corda recebeu, merecidamente, o diploma de “Princesa do Sertão”. E eu adicionei: “Atenas Maranhense”.
            Profundo povo lusófono, absorvendo, a largos sorvos, a intelectualidade do legítimo e real Helenismo.
            Parabéns, cidade de minha vida!

*Nonato Silva, 94 anos, é poeta e escritor barra-cordense, mora em Brasília (DF)

 

 

Parabéns terra amada,
Parabéns Barra do Corda

jornal Turma da Barra

Se não guardamos a data de
aniversário de quem nos é
importante na memória do coração,
não vale a pena escrevê-la na
agenda (Jeocaz Lee-Meddi)

*Sebastião Bonfim

            Dia 3 de maio de 2013, nossa amada e querida Barra do Corda, completa mais um aniversário. É um dia importante para todos barra-cordenses, pelos menos para aqueles que sabem o verdadeiro sentido de se fazer parte da história, uma história que embora não seja significativa para alguns, tem-se um valor inestimável para muitos. Nesta sexta-feira Barra do Corda está completando 178 anos de emancipação jurídica e administrativa.
            Comemorar o aniversário de minha cidade é como comemorar o aniversário de um grande amor! Sinto imensurável orgulho de minha cidade, de suas belezas e histórias incomparáveis, de localização geográfica privilegiada. Barra do Corda é, acima de tudo, um lugar de gente de bem, acolhedora. Comemorar seu aniversário me deixa extasiado. Tudo que diz respeito a ela me interessa. Cuido dela e a defendo como quem defende sua família, por isso, posso dizer que Barra do Corda é para mim um grande amor! Sei que não sou o único a orgulhar-me dela, e por isso divido essa alegria com todos vocês que se sentem assim, sei que vocês barra-cordenses de coração, assim como eu, zelam por ela e a defendem.
            Barra do Corda para mim é um lugar muito bom de se viver, embora seja uma cidade pequena sem muitas oportunidades para sua juventude, mesmo assim não há como não se apaixonar por essa cidadezinha tão boa; amo essa terra, aqui foi onde tive uma infância de verdade, tomando banho nos rios Corda e Mearim, jogando futebol na rua com amigos, brincando e paseando na praça que leva o nome de seu fundador, foram momentos de muitas alegrias no velho e saudoso Canecão, e neste dia tão especial quero desejar um feliz aniversário a minha terra amada.
            Sexta feira estarei feliz por teu aniversário, por saber que aqui, posso ainda viver, e por aqui ter conhecido minha esposa Elieide Bonfim, aqui ver nascer no Hospital São José meu primeiro filho Luiz Augusto Bonfim Neto, por aqui ter dado inicio a meus estudos, fico feliz por poder ver meus amigos, minha família, a todos os Barracodenses, e filhos adotados por esta terra fértil, e hospitaleira, com a beleza dos rios Corda e Mearim, a exuberância das palmeirais da praça Melo Uchoa, Barra do Corda te quero sempre bela, te quero sempre livre, parabéns pelos seus 178 anos de histórias desde de seu fundador Melo Uchoa, passando por grandes nomes como Galeno Edigar Brandes, Lourival Pacheco, Fernando Falcão dentre outros, que fizeram parte de sua história até os dias de hoje.
            Uma cidade é sempre mais importante do que quem a governa. Uma cidade é sempre maior do que projetos pessoais e políticos com ou sem sentido. Graças a isso e ao seu povo trabalhador, ordeiro e determinado, Barra do Corda chega aos seus 177 anos, enchendo-nos de orgulho e fazendo com que apliquemo-nos cada vez mais a defender essa terra e a nossa gente.
            Parabéns Barra do Corda! Parabéns à nossa população. Vamos nos unir ainda mais a partir desta data, porque juntos nós podemos mais, sempre!
            Feliz aniversário, minha querida Barra do Corda! Parabéns pelos seus 178 anos! Do seu filho adotivo que muito te ama, Sebastião Bonfim!

*Sebastião Bonfim é juiz de Direito, mora em São Luís (MA)

 

 

Barra do Corda, nessa festa de seu aniversário, os semblantes são de esperança
jornal Turma da Barra

'O jovem Erick Costa, Prefeito, é apenas o começo. Ele tem a responsabilidade de dar a primeira arrancada carregando a tocha do progresso de nossa cidade e a responsabilidade de passar essa tocha para outro barra-cordense ilustre e assim por diante. O Senhor Erick não tem o direito de nos decepcionar'

*Eduardo Galvão

            Hoje, nesta data especial, aos três dias de maio de dois mil e treze, estamos reunidos para comemorar o aniversário de Barra do Corda. Desta vez, em volta da mesa, nota-se os semblantes de esperança que há muitos anos não se via. Nesta festa o chefe das cerimônias é teu filho, o barra-cordense Erick Costa. A flama da esperança de desenvolvimento foi acesa e o Prefeito tem a responsabilidade de mantê-la flamejando nos próximos quatro anos. Este é o presente muito esperado: vida digna, respeito e cidadania.
            A Barra do Rio Corda existe por milênios e seus relevos foram emoldurados no transcorrer dos séculos pelos movimentos terrestres; lentamente, as suas formas geográficas se emolduraram e hoje são únicas. Antes do desbravador Melo Uchôa, a Barra do Rio Corda já servira de moradia provisória para milhares de nativos, que habitavam as margens dos rios Mearim e Corda. Agora, a cidade é nossa e todos coabitam sem distinção de raça, etnia ou coloração da pele.
            Existem muitas lendas, citações e episódios heróicos sobre Melo Uchôa, cujo ápice foi a inauguração no porto da Sapucaia. Mas na realidade, Barra do Corda já estava fadada a ser encontrada, cedo o tarde. Não importa, Melo Uchôa tem o galardão de descobridor e ele é merecedor dos louros pela bravura destemida no exato local onde é hoje.
            A comemoração do aniversário é uma homenagem aos feitos e a saga de nossas famílias, por terem enfrentado as privações e dificuldades inimagináveis naqueles tempos iniciais, que  ainda hoje se reflete nos rostos e nas personalidades dos descendentes, tendo  a solidão do sertão, os rios, as matas, contribuído, sobremaneira, para o espírito poético e saudosista dos cordinos.
            Relembrar história de filhos é comum no aniversário da mãe, tomo a liberdade de citar a minha família como homenagem a todas as outras que, igualmente, deram sua cota de contribuição à cidade e suas vidas ficaram marcardas neste torão querido:
            Por parte de pai, sou um dos membros da família Galvão. O primeiro Galvão, tataravô de meu pai, chegou por estas plagas logo após a Revolta dos Balaios (de 1838 a 1841). Ele era um dos balaios que não quiz se entregar às forças do Coronel Lima e Silva e figiu para a então Vila de Barra do Corda e se estabeleceu na região de São José, às marges do Mearim, onde montou fazenda de gado.
            A família Queiroz, da qual minha mãe descende, é de Novas Russas, Ceará, viera para Barra do Corda fugindo da grande seca, ocorrida no nordeste do Brasil na década de 1870. Aqui chegando, o primeiro Queiroz escolheu a localização Volta Grande, na beira do Rio Mearim, logo acima do povoado da Unha de Gato, e ali progrediu. Vendo a fartura de alimentos produzidos na sua fazenda, animado, mandou chamar o restante da família, que havia ficado Ceará.
            Os familiares do meu tataravô Queiroz, que era de pequena estatura, muito vermelho, e por isso fora apelidado de Micuim, concordaram mudar para Barra do Corda. Naquele tempos difíceis,  partiram de Novas Russas trazendo uma grande tropa de animais com suas bagagens. Depois de longa viagem, ao chegar às margens do Riacho Flores, acamparam para descanço. Aconteceu que todos os viajantes foram acometidos de febre, talvez malária ou febre amarela. Pois bem, o grupo foi encontrado todo morto nas margens do Riacho,,inclusive os animais que se estavam amarrados. Assim, os Queiroz de Barra do Corda são decentes de apenas um Micuim.
            As famílias Galvão e Queiroz ainda têm alguns membros proeminentes que continuam vivendo em Barra do Corda, são músicos, professores, comerciantes e funcionários públicos e outros partiram para tentar novos caminhos. Para eu e meu irmão, Osvaldo Galvão, coube o destino de correr o mundo contribuindo para o país trabalhando no exterior, outros são advogados, psicólogos, engenheiros, etc. Sinto orgulho de dizer tem Galvão, o Pedro Galvão, de 25, recebendo o grau de mestre na Harvard University,  uma das melhores do mundo, neste mês de maio.
            Tenho certeza, mais glórias virão para Barra do Corda através de seus filhos. O jovem Erick Costa, Prefeito, é apenas o começo. Ele tem a responsabilidade de dar a primeira arrancada carregando a tocha do progresso de nossa cidade e a responsabilidade de passar essa tocha para outro barra-cordense ilustre e assim por diante. O Senhor Erick não tem o direito de nos decepcionar.
            Parabéns, Barra do Corda, nesta data querida!

*Eduardo Queiroz Galvão é Vice-Cônsul do Brasil em Caiena – Guiana Francesa

 

 

Mensagem de Wilson Leite
jornal Turma da Barra

Todo dia três de maio, eu tenho motivo em dobro para me alegrar, 
pois é o dia do aniversario de minha querida Barra do Corda, 
e coincidentemente também de minha amada filha Wilma Leite, 
por esse motivo desejo virtude e felicidade em dobro para ambas. 
Wilson Ferreira Leite de São Luís Gonzaga (MA)

 

 

Barra do Corda, 178 anos
jornal Turma da Barra

*Mário Helder

            A história de uma vida começa num determinado lugar e quando esse lugar é magnético, cheio de fluidos positivos, cercado de água por todos os lados, quase uma ilha, matas verdejantes, solo fértil, mandioca de 15kg, natureza pródiga, amores incondicionais, mulheres bonitas, povo ordeiro e culto, é mais ou menos assim o nascer, viver ou conviver na minha Barra do Corda.
           
Ao completar 178 anos, quero te ver com os olhos da meninice, com a coragem da juventude, com a sabedoria dos que sabem tolerar, do perdão de quem sabe perdoar, do amor que sabe amar, quero falar coisas, geodesicamente, do coração que pulsa na calada da noite só pra quem sabe escutar:

Da brava coragem de um fundador
Nascestes bem traçada em quadrilátero
Tua forma desenhada em areias brancas
Ruas que findam de águas em águas
Lavando e enxugando nossas almas
Quem bebeu dessa fonte jamais esqueceu
Abraçada por sinuosas curvas de dois rios
Tuas matas ainda que verdejantes
Clama no calor do fogaréu de queimantes
Sob o olhar passivo de teus habitantes...
Nós filhos herdeiros dessa singeleza
Berço cultural de Maranhão Sobrinho
Presentead
os com o luar de prata viva
Dessa astuta princesa impávida guerreira
Que pulsa forte nas entranhas da tua beleza.

*Mário Helder é poeta e economista, mora em São Luís (MA)

 

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